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Filme entre as paredes da escola

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Por:   •  20/11/2013  •  Seminário  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  404 Visualizações

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Ao longo do caminho percorrido nesses dias de estudo foi de descobertas, admiração por uma trajetória que a história da Educação brasileira atravessou é uma história de lutas, avanços, desafios e retrocessos. O assunto se propôs a examinar a nossa Educação. Foi um estudo enriquecedor tanto do ponto de vista acadêmico quanto do ponto de vista humano, pois nos levou ao retrospecto do processo educacional brasileiro. E o quanto ainda se precisa lutar, concluímos que só Educação não é capaz de inverter nossa atual sociedade, mas com certeza sem ela a sociedade jamais conseguirá ser modificada.questionam a autoridade dos professores e não aceitam opiniões. Essa turma é composta por negros africanos, latino-americanos, asiáticos e franceses.

O professor e disciplinador François Marin, interpretado por François Bégauden, que é também autor do livro homônimo, no qual o filme é baseado, tem como meta fazer com que os alunos, além de aprenderem o idioma francês, comportem-se como uma turma homogênea, tarefa inglória e de difícil execução, devida a multiplicidade comportamental da classe, pela formação cultural, econômica e, sobretudo racial. A critica especializada aponta como ponto forte do filme a linguagem. Destacamos como exemplo desta linguagem as atuações das personagens: Khoumba, negra, é uma aluna chamada de insolente por se recusar a atender uma ordem do professor. E Esmeralda, uma mestiça, que bate de frente com o professor, participa do Conselho de Classe. E, sobretudo, a atuação do aluno Soyleumane, um garoto problemático que se indispõe com o professor e seus colegas.

Para a critica Isabela Boscov, a realidade francesa do filme mantém um distanciamento em relação ao Brasil, em relação ao preconceito, seja pelo xenofobismo exacerbado, contra imigrantes ou descendentes de ex-colônias com a aceitação e até alguma simpatia por quem tenta assimilar a cultura francesa. Para ela, o que aproxima o filme com a realidade brasileira é o conflito entre professor e alunos, que questionam e são agressivos, onde é comum o relato de desrespeito ao profissional da educação. Como exemplo ela aponta no filme o conflito do professor para impor sua autoridade leva um aluno (Soyleumane) a Conselho de Disciplina, mesmo sabendo as consequências deste ato.

Para a psicóloga Lídia Aratangy, a escola não é responsável por essas situações de injustiça, mas ela é detentora das armas mais poderosas para transformar essas crianças de vítimas em agentes de mudança. Dentro de seus muros elas encontram, muitas vezes, a única esperança de reversão da expectativa de fracasso, talvez o único modelo de convivência digna que a vida lhes pode oferecer. A escola tem o poder de ajudar a criança a fazer uma tradução crítica das vivências que traz, mostrando-lhe a possibilidade de uma nova leitura do mundo e desenvolvendo nela a esperança de um mundo mais justo.

O filme Entre os Muros da Escola é uma preciosa autocrítica de um professor sobre o fracasso da escola em atender seus alunos, uma verdadeira aula sobre o processo pelo qual a instituição, ao marginalizar seu aluno, vai fazer dele um marginal. Sutilmente, o filme mostra como as várias instâncias envolvidas na educação daqueles jovens falham em sua tarefa. Por exemplos:

• O espaço físico da escola é frio, opressivo. O pátio de recreio não tem bancos onde os jovens possam se sentar, não há uma sombra para abrigá-los e nem quadra de esporte;

• A relação da escola com os pais dos alunos é precária e desrespeitosa. Os professores, não conhecem a língua ou a cultura de origem de seus alunos; a escuta é desatenta e desrespeitosa, o discurso dos pais não é levado em consideração; a escola não se interessa pelo que se passa com seus alunos fora dos muros.

• O professor François, protagonista do filme, embora bem intencionado, é totalmente descrente da competência de seus alunos, e inadequado na sua relação com eles. Sua agressividade se revela no uso frequente da ironia e do sarcasmo, provocando nos alunos um sentimento de humilhação e vergonha, desfavorável ao processo de aprendizagem.

A escola perde oportunidades de exercer sua função educadora e formadora. A única cena do filme que retrata o professor e alunos na mesma sintonia foi quando o professor aproveitou o hábito de tirarem fotos uns dos outros, para estimulá-los a montar um álbum pessoal. Em seguida retorna a pratica tradicional fingindo ignorar os obstáculos relacionais existentes na classe.

Para a Sociologia, a escola juntamente com a família interfere no desenvolvimento do indivíduo como agente de inserção social, repercutindo normas e valores que lhe possibilitarão viver como cidadãos de “bem”. A escola consciente de seu papel social deverá promover embasada nas Leis de Diretrizes e Bases (nº 9.394/1996), o seu redesenho, pois não basta à predisposição dos alunos e esforços dos professores para criarem uma instituição que atenda as demandas dos tempos atuais.

Ao analisarmos as tirinhas propostas na Etapa 02, passo 3, percebemos o que a Sociologia propõe estudar, ou seja, a interação do homem consigo mesmo e com os outros, o meio em que vive considerando as regras e valores estabelecidos na sociedade. Conforme pontua OLIVEIRA (2005):

A Sociologia estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade, envolvendo vários aspectos, como: fatos sociais, mobilidade social, processos de cooperação, competição, conflitos na sociedade, etc.

Sendo assim, na primeira tirinha, observamos um lugar lindo, um rio que corta as montanhas com grande volume de água correndo em seu

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