Gerenciamento de Patrimônio Utilizando RFID: Simulação computacional no museu do Ministério das Relações Exteriores em Belém do Pará
Por: Pedro José • 25/4/2019 • Trabalho acadêmico • 4.906 Palavras (20 Páginas) • 270 Visualizações
A. M. Magalhães, I. P. Cavalcante, P. J. S. Monteiro, W. T. Mendes
Gerenciamento de Patrimônio Utilizando RFID:
Simulação computacional no museu do Ministério das Relações Exteriores em Belém do Pará
Resumo — Observando o avanço e aprimoramento das tecnologias, tais como o RFID (Radio Frequency Identification) que possui diversas aplicações, constatou-se a possibilidade de desenvolvimento de um sistema capaz de monitorar quantidades e deslocamento de objetos (bens). E a partir de análises feitas na PCDL (Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites) se percebeu como um sistema de gerenciamento de patrimônios seria necessário para órgãos desse tipo, tal conclusão se justifica pelo fato de documentos e bens lá alocados serem de grande importância nacional, uma vez que se trata de documentos históricos e bens históricos de valores imateriais.
Palavras Chaves — RFID, Gerenciamento de patrimônio, simulação.
Abstract —[1] Observing the advancement and enhancement of technologies such as RFID (Radio Frequency Identification) that has several applications, it was found the possibility of developing a system capable of monitoring quantities and displacement of Objects (goods). And based on the analysis made in the PCDL (first Brazilian commission of boundaries of limits) it was perceived as a system of management of Patrimones would be necessary for organs of this type, this conclusion is justified by the fact that documents and goods allocated there Be of great national importance, since it is historical documents and historical assets of intangible values.
Keywords — RFID, Heritage Management, Simulation.
INTRODUÇÃO
O
sistema de gerenciamento patrimonial tanto na área pública quanto na privada está se tornando cada vez mais eficiente e assegurando melhores resultados nos processos administrativos organizacionais. Estes recursos são bem-vindos na atual conjuntura político-econômico-social brasileira, onde se tornou indispensável à adoção de uma nova forma de administrar os órgãos públicos ou privados, garantindo mais responsabilidade, agilidade e transparência para melhor atender aos interesses da sociedade. [1]
Tem se observado um crescente aumento nas formas de controle do patrimônio e dos respectivos setores responsáveis pela sua salvaguarda e gerenciamento, seja em decorrência de mudanças ocorridas na forma de contabilizar tais ativos, ou seja, em razão de uma maior e mais eficaz fiscalização das entidades do setor público, demonstrando o quão necessário e importante se faz essas ferramentas, uma vez que se trata de materiais adquiridos através de recursos oriundos de impostos e contribuições pagos pelo cidadão. [2]
Dessa forma, visando suprir as necessidades de gerenciamento patrimonial, pesquisas relacionam com a tecnologia RFID são ideais para esse tipo de situação. O RFID é uma tecnologia para identificação automatizada de objetos ou pessoas. O dispositivo é um pequeno microchip projetado para transmissão de dados sem fio, que é geralmente anexado a uma antena em um pacote que se assemelha a um pequeno adesivo comum. O microchip em si pode ser tão pequeno quanto um grão de arroz chegando a medir 0.4 mm. [3]
A pesquisa tem como objetivo geral demonstrar a eficiência e relevância de um sistema de gerenciamento patrimonial através de uma simulação computacional de um ambiente real de museu localizado na Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, órgão do Ministério das Relações Exteriores responsável pela demarcação das fronteiras nacionais [16].
O artigo está dividido em quatro seções. A segunda seção trata dos aspectos teóricos relacionados ao tema da pesquisa, como conceitos de RFID, interface gráfica, banco de dados e antena. A terceira seção trata da metodologia de desenvolvimento da pesquisa. A quarta seção versa sobre os resultados obtidos com a simulação computacional e a quinta seção aborda as considerações finais, melhorias e trabalhos futuros.
- ASPECTOS TEÓRICOS
RFID
Identificação por radiofrequência ou RFID (Radio-Frequency IDentification) é um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID.
O sistema RFID possui três módulos (Figura 1): Identificadores ou transpondes ou TAGs são etiquetas fixadas no produto que se pretende rastrear ou controlar; Leitor (transceiver) responsável pelo envio da frequência portadora do comando de leitura e também, pela recepção e decodificação do sinal recebido, enviando-o diretamente ao computador ou microprocessador, que utilizará essa informação; e a Antena, presente nos dois módulos anteriores, serve para a eficiente transmissão e recepção dos sinais nos dois sentidos. [11]
[pic 1]
Fig.1 – Diagrama esquemático de um sistema básico RFID
Fonte: [11]
As tags RFID são um dos componentes mais importantes da tecnologia. São por meio delas que os dados podem ser enviados, recebidos e transmitidos. Desta forma as tags ficam subdivididas em três grandes grupos: tags passivas, ativas e semi-passivas. Porém serão utilizadas as tags passivas, pois são as que mais se adequam ao projeto. [7]
Segundo [8], uma etiqueta passiva não contem uma bateria, sendo que a energia é fornecida pelo leitor. Quando as ondas de radio do leitor são encontradas por uma etiqueta passiva, a antena em espiral dentro da etiqueta forma um campo magnético. A etiqueta retira a energia do leitor, transmitindo energia aos seus circuitos. A etiqueta então envia as informações codificadas na memória da etiqueta. [6]
Conforme [9] as vantagens do RFID, são citadas:
- A capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas;
- A detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o reconhecimento dos dados;
- A durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização;
- A contagem instantânea de estoque, facilitando os sistemas empresariais de inventário;
- A precisão nas informações de armazenamento e velocidade de expedição;
- A localização dos itens ainda em processos de busca;
- A prevenção de roubos e falsificação de mercadorias.
Como desvantagens do RFID, é citado que: [9]
- O elevado custo da tecnologia RFID;
- A utilização em materiais metálicos e condutivos relativos ao alcance de transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho;
- A padronização das frequências utilizadas para que os produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme;
- A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos.
Primeira Comissão Demarcadora de Limites – PCDL
As Comissões Brasileiras Demarcadoras de Limites, órgãos integrantes do Ministério das Relações Exteriores, tem por competência executar, juntamente com os delegados das Comissões estrangeiras correspondentes, os trabalhos de demarcação e de caracterização dos limites internacionais do Brasil e incumbir-se da inspeção e da manutenção dos marcos anteriormente erigidos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores através de suas Comissões Brasileiras Demarcadoras de Limites vem realizando uma obra extraordinária, sobretudo pela envergadura do empreendimento de consolidação, caracterização e demarcação dos limites internacionais do Brasil com as Repúblicas irmãs, na comunidade sul-americana, raramente comparável em todo o mundo. [16]
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