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Gestão do bem-estar: a mais recente estratégia de marketing pessoal

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Por:   •  3/4/2014  •  Tese  •  5.781 Palavras (24 Páginas)  •  364 Visualizações

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Gestão do Bem Estar: A mais nova estratégia do Marketing Pessoal

Fátima B. Bota – fbota@globo.com

A todo instante somos informados e alertados da importância de estarmos sempre bem dispostos, aparentar disposição para o trabalho e aceitarmos os conselhos de como devemos nos cuidar. Todas as pessoas têm necessidade de se destacarem naquilo que fazem, quer seja na vida pessoal ou profissional. Todos têm a chance de aprender, aperfeiçoar-se, desenvolver-se e aumentar suas habilidades. Unir essas duas realidades – estar bem e apresentar-se bem – é o objetivo pessoal, social e profissional dos indivíduos. O Marketing Pessoal tornou-se uma estratégia importante e fundamental na construção da marca pessoal. Este estudo tem por objetivo apresentar a Gestão do Bem Estar como uma nova ferramenta do Marketing Pessoal. Novos comportamentos e ações são necessários para desenvolver essa nova estratégia. A partir dessas novas possibilidades pode-se esperar o comprometimento das pessoas consigo e com a sociedade.

Palavras Chave: Saúde, Bem estar, Auto estima, Marketing Pessoal.

1- INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade divulgar a importância de estar bem e se sentir bem na execução de um trabalho. Utilizando algumas ações e conceitos como mudanças de hábitos, aliadas ao marketing pessoal, demonstram proporcionar um equilíbrio no indivíduo profissional. É um ensaio teórico de posicionamento da autora em demonstrar um novo olhar sobre a nova estratégia do Marketing Pessoal: O Bem Estar.

O artigo surgiu da necessidade percebida de que o homem é um sistema composto de corpo, mente e espírito. E como tal, precisa não somente de um “polimento” como também de possuir um auto conhecimento para que possa ser um profissional competitivo, eficiente e capaz.

A realidade globalizada em que vivemos, as rápidas transformações decorrentes desta globalização e o desenvolvimento tecnológico superando-se no tempo, constata-se a necessidade de mudanças em nossos hábitos e conceitos. Os tempos mudaram as urgências também, em face dessa dinâmica a prática dos conceitos de bem estar são fundamentais para o indivíduo desse novo século.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. A OMS criada logo após a segunda guerra mundial teve como principal preocupação descrever uma definição positiva de saúde que incluía a alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde, fatores importantes ao bem estar social bem como a saúde mental, tão importante quanto a saúde do corpo. O "bem-estar social" definido pela OMS, veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial.

Nos últimos vinte anos vivemos em tempos de contínuas transformações na sociedade em que as pressões econômicas, financeiras, sociais, políticas, tecnológicas e culturais estão afetando de forma significativa a vida das pessoas, o seu desempenho pessoal, nas organizações e nas sociedades e nos últimos tempos, as empresas, governos e indivíduos pós crise econômico-financeira, passam a rever seus conceitos e estratégias para este novo mundo.

2- REFLEXÕES: EMOÇÕES, HUMOR, OTIMISMO E FELICIDADE.

Retrocedendo mais um pouco no tempo, nos últimos 50 anos, grandes investimentos foram realizados na área da Psicologia Cognitiva, tendo como meta conhecer os processos mentais e como esses atuam na interação do ser humano com seu meio.

Vários modelos foram formulados sobre memória, atenção e representação mental, explicando como se adquirem e se organizam os conhecimentos que fazem parte da vida de todo o indivíduo. Porém, a Psicologia Cognitiva, pouco investiu em estudos sobre as funções de alegria, do prazer e de seus opostos, tristeza e desprazer, principalmente quando se compara com estudos sobre memória e atenção (Kahneman, Diener, & Schwarz, 1999).

Giacomoni (2002) afirma que nos primórdios da Psicologia Cognitiva, o estudo das emoções e dos sentimentos foi pouco explorado na abordagem do processo da informação. Dada a importância dos estados de humor, da evocação das palavras, relações entre emoções positivas e saúde física, diferença de memória de palavras com diferente carga emocional, trabalhos foram desenvolvidos como citam os autores BOWER, 1981; TAYLOR; KEMENY, REED, BOWER E GRUENEWALD, 2000; STEIN E ROKENKOHL, 2003.

Começaram a aparecer trabalhos, de forma mais sistemática e profunda, realizados por cientistas sociais e do comportamento; essas análises investigavam as percepções dos indivíduos sobre si mesmos, como auto estima (Campbell & Fairey, 1985), auto eficácia (Bandura, 1997), qualidade de vida e sensação de bem-estar (Kahneman, Diener, & Schwarz, 1999), chamando atenção para questões como felicidade e qualidade de vida. Pode-se pensar nesses estudos como uma forma de retratar a iniciativa da Psicologia em geral, e da Psicologia Cognitiva, em particular, para trabalhar com questões de emoção, estado de humor, sentimentos e suas interrelações com os processos cognitivos.

No final dos anos 90, surge um novo olhar sobre a Psicologia através de

Seligman (2004). Naquela época Seligman convidou três cientistas: Edward Diener, Mihaly Csikszentmihalyi e Kathleen Hall Jamieson, para juntos pesquisarem sobre o bem estar e a felicidade. Esse movimento científico denominado Psicologia Positiva foi pautado em três pilares: coube a Edward Diener o primeiro pilar, o estudo da emoção positiva; a Mihaly Csikszentmihalyi o segundo pilar, o estudo do caráter positivo, as forças e virtudes cujo exercício regular produz emoção positiva e a Kathleen Hall Jamieson, o terceiro pilar, constituiu-se no estudo das instituições positivas, incluindo a análise sobre as grandes estruturas que transcendem o indivíduo e dão suporte ao caráter positivo, como democracia, liberdade de imprensa, educação, entre outras.

A Psicologia Positiva é uma ciência que estuda, portanto, três aspectos principais. O primeiro se refere às experiências subjetivas positivas, tais como bemestar, contentamento e satisfação, esperança e otimismo, felicidade e Flow, que segundo Csikszentmihayi (1992), “são aspectos positivos da experiência humana como alegria, criatividade e o processo de envolvimento total com a vida” é o estado de gratificação que se encontra nas pessoas quando se concentram completamente no que estão fazendo. O segundo, diz respeito aos traços individuais positivos, como capacidade

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