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Histórico e Caracterização da Empresa

Por:   •  20/9/2016  •  Resenha  •  2.854 Palavras (12 Páginas)  •  598 Visualizações

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Sumário

1. Histórico e Caracterização da Empresa 1

1.1 Produtos2

2. Descrição dos Setores e Locais Visitados 3

        2.1 Estrutura 4

3. Classificação5

4. Fluxograma do processo 5

        4.1 Explicação das etapas descritas 5

        4.2 Resíduos 7

5. Conclusão7

6. Referências Bibliográficas 8

1. Histórico e Caracterização da Empresa

O casal Benedito Moraes de Góes e Maria das Dores Lima de Góes lavrou terras da região hoje situada entre as cidades de Ibiúna e Piedade, onde se estabeleceram na primeira década do século passado, em São Roque, mais especificamente, no bairro de Canguera. Com clima rigorosamente frio e seco, condições consideradas ideais para que os irmãos Nhô Dito Góes e Firmino de Góes começassem o cultivo de videiras e elaboração de vinhos artesanal para consumo caseiro na região, entre os anos de 1910 e 1920.

Por volta de 1920, o plantio de pés de uvas e elaboração de vinhos começaram a crescer a partir do cultivo das variedades de uvas americanas Isabel e Niagara. Na década de 30, com o apoio do Governo do Estado e a introdução do Curso de Enologia no município, houve um grande salto qualitativo e quantitativo já que as aulas motivaram vários produtores são-roquenses a investir na atividade, levando ao aprimoramento do ciclo artesanal para o cultivo, produção e comercialização de seus vinhos. No ano de 1938, os vinhos ainda eram vendidos de forma singular pelos Góes: envazado em barris de 100 litros e despachados na estação do bairro para o litoral.

Em 1946, os irmãos Gumercindo e Roque de Góes, filhos de Nhô Dito e Dona Maria, fundaram a Vinhos Palmares. No início dos anos 60, Gumercindo de Góes com os filhos, começa a construir uma nova vinícola e, no ano de 1963, inicia oficialmente a produção dos Vinhos Góes, em homenagem ao sobrenome e às origens da família, registrada posteriormente como Viti-Vinícola Góes.

Nos anos 80, Gumercindo Góes e seus filhos, investiram e se modernizaram, adquiriram novas máquinas, aumentando a produção. Lançaram novos produtos, renovaram seus rótulos, ampliaram seu departamento comercial, buscando novos distribuidores e dando grande ênfase às ações promocionais.

Iniciaram então em São Roque uma série de investimentos:

  • 1985: adquiriram a propriedade, instalações e a marca dos afamados Vinhos Quinta Jubair;
  • 1989: a atividade de distribuição com a abertura da Distribuidora de Bebidas Góes;
  • 2001: inauguraram o Vale do Vinho Restaurante e em 2002, entraram na área dos não alcoólicos, abrindo a Góes Indústria de Bebidas;
  • 2003: fizeram um grande investimento na própria região de origem – Canguera – adquirindo a propriedade da antiga Companhia de Vermouth Cinzano, onde planejavam fazer o replantio de uvas e elaborar vinhos a partir das variedades viníferas que estão sendo desenvolvidas no próprio campo experimental da vinícola, localizado na antiga propriedade do Vinho Quinta Jubair.

Com o mercado em desenvolvimento, a produção, com uvas de seus próprios vinhedos, não supre a demanda e, por isso, a Vinícola Góes buscou, na Serra Gaúcha, um pólo alternativo. No ano de 1989, na cidade de Flores da Cunha, adquiriu uma vinícola em sociedade com a Família Venturini, garantindo assim o suprimento de uvas e ingressando também na linha de vinhos finos. Em 14 de novembro de 2003, os Góes inauguram a “Loja da Adega”, lançando mais um novo produto, o Grape Cool.

Atualmente possui uma área de pesquisa e testes em parceria com a Embrapa para a introdução de novas espécies de uvas e aumento na produtividade, principalmente no de vinhos finos. Todo esse patrimônio empresarial é dirigido pelos filhos e netos de Gumercindo de Góes, isto é, a terceira e quarta geração do patriarca Nhô Dito Góes.

        1.1 Produtos

O aspecto principal é o diferencial entre o vinho fino e o vinho de mesa é a origem das uvas. O vinho de mesa é proveniente de uvas americanas, e o vinho fino é proveniente de uvas europeias. As uvas americanas são plantadas na região de São Roque, já as uvas europeias usadas no vinho fino são plantadas nos parreirais do Rio Grande do Sul. A uva americana produz por hectare de 20 a 30 toneladas, já a uva europeia de 6 a 12 toneladas, o que encarece o produto. Em 1963, eram produzidos 50 mil litros/ ano. No ano de 2015 a produção chegou a 7 a 8 milhões litros / ano.

Os vinhos de mesa são vinhos da safra que  não são tomados depois de muito tempo,são produzidos e já consumidos, já o vinho fino vai para os tanques de inox para amadurecer, ou pode ir para a barrica de madeira, onde fica entre 1 a 2 anos amadurecendo, o que refina o sabor do vinho, tornando-o um produto mais sofisticado. São divididos em três tipos: Vinho doce, com adição de sacarose, Demi sec, com adição em porções menores de sacarose e por último o Vinho Seco, que possui apenas o açúcar residual do processo.

Além dos tradicionais vinhos, a Vinícola Góes produz também Grape Cool, que é uma bebida mais popular a base de extrato da uva. Também produzindo bebidas como o “Góes Cooler” de diversos sabores para justamente pluralizar e diversificar os públicos.

2. Descrição dos Setores e Locais Visitados

Primeiramente, fomos para a sala de confraternização onde Jailson nos apresentou um vídeo histórico sobre a empresa contendo informações sobre os fundadores e as distribuições de produção.

Após, ele nos conduziu a visita por dentro da fábrica, passando pelos tanques de maturação e pelo filtro. O filtro utilizava argila mineral para purificar e dar brilho ao vinho, que aguardava nesses tanques, maturando. Os tanques utilizados eram de aço inox, para não reagir com o produto e nem ficar expostos ao ambiente. Era possível avistar, na parte superior da fábrica, tanques de concreto, que recebem uma camada interna de resina, para que eles não reajam com o vinho. Esses tanques de concreto são considerados ultrapassados, mas possuem um valor histórico e dessa forma ainda são utilizados na produção de vinhos de mesa.

Depois, a visita chegou à parte de envasamento, o qual acontece de forma continua. Primeiramente, as garrafas recebem um jato de água para sua limpeza, sendo enchidas com vinho, então as garrafas podem ser tampadas, com tampas de rosca ou com uma rolha de cortiça e, por fim, as garrafas são lacradas e seguem para serem encaixotadas, sendo armazenadas num pátio para eventualmente serem levadas por caminhões aos seus destinos. Isso encerrou a primeira parte da visita.

Em seguida, com a condução de Fernando Góes, ele continuou para o parreiral de testes da Góes, onde eles plantam diversas variedades de uva para experimentar seu desenvolvimento na região. Fernando aproveitou para explicar sobre as técnicas do cultivo da fruta, além das diferentes variedades e como tudo isso influencia no produto final.

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