Humanização Nas Empresas: Tendência Organizacional Como Resgate De Valores
Artigo: Humanização Nas Empresas: Tendência Organizacional Como Resgate De Valores. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: HGPFF • 5/5/2014 • 5.425 Palavras (22 Páginas) • 1.307 Visualizações
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Humanização nas Empresas: Tendência Organizacional como Resgate de Valores
RESUMO
Este artigo tem como objetivo esclarecer o que realmente é a humanização aplicada
às organizações, como ela funciona e o que ela pode trazer de benefícios. Atualmente este é
um tema que tem sido discutido freqüentemente, mas pouco se tem visto sua prática com os
intuitos fidedignos. Nossa missão foi mostrar que, investir na humanização interna e externa
é uma tendência global que veio para ficar, pois traz consigo resultados que transcendem
valores. Nesse sentido, abordamos essencialmente a humanização externa através de
pesquisa de exemplos de projetos que deram certo e agregaram valor junto à sociedade, com
ética e responsabilidade social. Os resultados deste investimento são garantidos.
Palavras-chave: Responsabilidade Social. Ética. Valorização. Motivação.
1. INTRODUÇÃO
Desde a abordagem da Administração Científica e da Teoria Clássica busca-se
descobrir a fórmula do sucesso nos resultados. Antigamente falava-se em racionalização de
tempos, movimentos, etc. Com o início das Relações Humanas, viu-se a necessidade de se
investir mais no funcionário como um todo, considerando-o como um ser humano com idéias
e objetivos próprios.
Nos dias atuais, o funcionário é visto como colaborador e capital intelectual, como
aquele que é dotado de capacidade para influenciar nas decisões de sua empresa. Essa é a
visão que todas as organizações devem ter. E para que isso realmente ocorra, as empresas
precisam aprender a motivar e valorizar seus clientes internos, para posteriormente atingir os
clientes externos.
Outra forte tendência existente nos dias atuais, porém no âmbito da humanização
externa, é a tão famosa responsabilidade social e sócio-ambiental. As empresas começaram a
ver que a humanização transcende o conceito de fazer algo para melhorar apenas seu negócio.
Elas viram que é preciso contribuir de alguma forma, seja direta ou indiretamente, ainda que o
projeto adotado não tenha nenhuma ligação com seu ramo de atuação no mercado.
O intuito de nosso artigo foi abordar a origem da humanização, os benefícios de sua
implantação nas organizações, seja interna ou externamente, e o que de fato temos visto
acontecer nas empresas atuais. Esperamos agregar conhecimento para os que lêem este artigo
e proporcionar ajuda para as organizações, no intuito de torná-las mais humanizadas e
socialmente responsáveis.
O artigo está estruturado em oito seções, além desta introdução. A primeira apresenta
informações que relatam o que deu origem ao surgimento das relações humanas. A segunda
mostra como e porque houve a criação da humanização nas organizações. Na terceira seção,
discutimos os benefícios da humanização interna. Na quarta focamos os benefícios da externa,
que são nosso foco maior neste artigo. A quinta seção explicita os contrastes que vemos com
grande freqüência nas organizações e como está ressurgindo um novo conceito de
humanização nas empresas. A sexta descreve qual foi a metodologia utilizada para a
realização da pesquisa empírica. A sétima descreve os resultados encontrados na empresa que
foi nosso objeto de estudo. E, por último, a oitava seção apresenta as conclusões a que o
estudo permitiu chegar.
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SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
2- SURGIMENTO DAS TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS
Com o início da Segunda Guerra Mundial, que viabilizou o funcionamento de grandes
organizações industriais, houve necessidade de mudanças no processo produtivo. Adam Smith,
conhecido como pai da Economia Clássica, em 1776, já mencionava a necessidade de
racionalização na produção, visando especialização e as vantagens na divisão do trabalho.
Nesta época, havia também outro economista liberal, James Mell, que defendia o estudo de
tempos e movimentos, buscando melhorias e otimização nas linhas de produção industriais.
Em 1903, essas idéias realmente foram colocadas em práticas com o engenheiro norteamericano,
Frederick Taylor e, em 1976, com o também engenheiro, nascido na Grécia e
educado na França, Henri Fayol. A abordagem de Taylor ficou conhecida como
Administração Científica, que visava à área operacional com ênfase nas tarefas, através de
estudo de tempos e movimentos, cujo objetivo inicial era eliminar desperdícios nas indústrias
americanas, tornado comprovadamente um dos elementos mais importantes na formação dos
preços dos produtos. Assim, almejava-se maior produtividade, com custos baixos e margens
de lucros melhores. Para ele, a improvisação deveria ceder lugar ao planejamento e o
empirismo à ciência.
Já
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