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IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO

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Por:   •  10/10/2013  •  8.854 Palavras (36 Páginas)  •  511 Visualizações

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1.0 - INTRODUÇÃO E OBJETIVO_____________________________________ CAP.01

1.1 - IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO

A máquina desempenha, no mundo, um papel de extrema importância. Pelo menos afirma-se que é esta a sua mola mestra.

Como todo o movimento mecânico se processa sobre uma película lubrificante, a ninguém deixará de interessar um certo conhecimento acerca do assunto.

Uma simples máquina de costura não disporá a trabalhar senão depois de ter sido convenientemente lubrificada. Esses milhões de veículos que transportam gente e mercadorias,nem chegariam a sair de seus abrigos se não tivessem recebido os óleos e as graxas lubrificantes de que necessitam. Seria impossível o funcionamento das instalações fabris que produzem os mais diversos bens de consumo, se não existissem os lubrificantes próprios para as suas exigências operacionais.

Nas indústrias utiliza-se um maquinário complicado; para se obter chapas e perfis metálicos são necessários enormes laminadores; máquinas que trabalham metal e produzem delicadas peças de alta precisão; outras fabricam cimento, borracha, plásticos... E a todos só exige cada vez mais. Pelo que todas são objetos de aperfeiçoamentos constantes com vistas à redução de custos e ao aumento de produção.

Existe, conseqüentemente, a necessidade de criar novos lubrificantes, capazes de corresponder a condições de funcionamento sempre mais rígidas. Uma cadeia de esforços se estabelece então: o construtor de máquinas, o comprador destas e o fornecedor de lubrificantes cooperam no sentido de determinar as novas exigências; os laboratórios e as refinarias trabalham para criar produtos que as possam satisfazer.

Cabendo finalmente aos usuários de lubrificantes, a sua aplicação correta e o acompanhamento deste desenvolvimento.

1.2 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE LUBRIFICAÇÃO

1.2.1 ATRITO

Quando um corpo qualquer, sólido, líquido ou gasoso, move-se sobre a superfície de um outro, origina-se uma resistência a este o movimento. A esta força que tende a se opor ao movimento, denominamos força de atrito, RESISTÊNCIA DE ATRITO ou simplesmente ATRITO.

MOVIMENTO RELATIVO: Quando há o deslocamento de um corpo em relação a outro tomado como referência.

Exemplo: Deslocamento entre o esqui e a superfície gelada.

O êmbolo deslocando-se na camisa do cilindro.

O atrito é dito estático quando ocorre antes do movimento relativo. Quando o atrito é observado após o início do movimento, é conhecido como ATRITO CINÉTICO.

FORÇA LIMITE DE ATRITO (F´) é o valor máximo da força de atrito estático e ocorre quando o movimento é iminente. É comumente designado por ATRITO.

Fig. 1.1 - Representação do atrito é a força contrária ao movimento

Embora possa dar a impressão de ter-se superfícies lisas a olho nu, observa-se que estas, na verdade, são cheias de irregularidades, que chamamos de rugosidade.

As superfícies em movimento estão realmente em contato, somente nos pontos salientes da superfície aparentemente lisa.

Fig. 1.2 – Não existe Superfície Totalmente Lisa

As elevadas pressões locais resultam numa deformação plástica desses mesmos pontos, na razão direta da carga ou força aplicada por unidade de área.

A resistência ao movimento origina um desprendimento interno de calor, que aliado ás elevadas pressões locais, forma micro-soldas nos pontos salientes. Para que o movimento seja restabelecido a força deverá ser maior, até que ocorra o cisalhamento ou rompimento dessa micro-soldas.

Como resultado final destas micro soldagens e ações de cisalhamento, partículas do metal são arrastadas das superfícies, originando o DESGASTE.

Fig. 1.3 – Representação das microsoldagens e o rompimento das mesmas são responsáveis pelo desgaste

Pelo emprego de lubrificantes, as ações de “adesão” e “escorregamento” são substituídas em maior ou menor extensão pelo cisalhamento do filmes lubrificante, com reduções correspondentes da força de atrito e do desgaste.

Em uma atmosfera normal, metais não lubrificados “deslizam” uns sobre os outros com coeficientes de atrito compreendidos entre 0,15 e 1,5. Porém quando em regime de lubrificação plena, este coeficiente pode cair para a faixa de 0,0001 a 0,03 dependendo da viscosidade do lubrificante.

A REDUÇÃO DO ATRITO E SUAS CONSEQUÊNCIAS SÃO ACENTUADAS SOBREMANEIRA PELO USO DO LUBRIFICANTE.

1.2.1.1 – TIPOS DE ATRITO

Atrito de Deslizamento: Quando a superfície de um corpo escorrega ou desliza em contato com a superfície de outro corpo, havendo movimento relativo entre os pontos em contato.

Exemplos: O esfregar das palmas das mãos, um pistão trabalhando dentro do seu cilindro; um eixo girando em seu mancal; o canto de um torno deslizando sobre o seu barramento.

Fig. 1.4 – Representação do atrito de arraste

1.2.1.2 Atrito de Rolamento: Quando a superfície de um corpo rola sobre a superfície do outro sem escorregar, não havendo movimento relativo entre os pontos em contato.

Exemplos: uma bola rolando no chão; os roletes rolando sobre as pistas de um mancal de rolamento.

Para ser vencido, este tipo de atrito exige menor esforço do que o necessário para vencer o atrito de deslizamento.

Fig. 1.5 – Representação atrito de rolamento

1.2.1.3 Atrito Fluido: Quando um fluido se interpõe entre duas superfícies sólidas, em movimento relativo, há um deslizamento entre as moléculas do fluido umas sobre as outras. A resistência a este deslizamento é chamada “atrito fluido”.

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