ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS SP
Ensaios: ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS SP. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: julianams3 • 24/6/2014 • 1.785 Palavras (8 Páginas) • 1.133 Visualizações
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS SP
Disciplina: Microbiologia de Alimentos (TA 615)
Grupo 7 - Diurno
Campinas
2013
1 INTRODUÇÃO
Os Staphylococcus pertencem à família Microccaceae e geralmente são encontrado na pele e mucosas do homem e de outros animais. São cocos Gram-positivos, podendo se apresentar isolados ou aos pares, em cadeias curtas ou agrupados e estão entre os micro-organismos mais frequentemente isolados de amostras biológicas humanas.
Os Staphylococcus spp. encontram-se amplamente distribuídos no ambiente e fazem parte da microbiota normal da pele e mucosas de pessoas sadias, com importante relevância na cavidade nasal como armazenadora e disseminadora de Staphylococcus patogênicos, podendo ser encontrados frequentemente no ar, em fezes, esgotos e alimentos (IARIA et al, 1981; ANDRADE et al, 1989; CARDOSO et al, 2000).
Tanto no homem como nos animais, os Staphylococcus spp. Podem colonizar a pele e membranas mucosas e estar presentes transitoriamente no trato intestinal, sendo que a colonização é desprovida de sintomas, ou seja, o indivíduo não desenvolve infecção (WILSON, 1977; CASTRO et al, 1984; RAPINI et al, 2005).
A espécie S. aureus é a principal espécie do gênero, sendo um dos agentes mais comuns responsáveis por surtos de intoxicação alimentar, por serem normalmente transmitidos aos alimentos por meio de manipuladores e portadores assintomáticos. As células bacterianas do S. aureus são destruídas por tratamento térmico, mas suas enterotoxinas permanecem ativas nos alimentos, por isso consideradas termoestáveis, apresentando um risco em potencial para a saúde pública (CARMO, 2001).
Vários tipos de alimentos já foram epidemiologicamente incriminados e são frequentemente relatados como capazes de suportar o desenvolvimento natural e artificial de Staphylococcus aureus, bem como a produção de suas enterotoxinas. Dentre os substratos alimentícios podem ser destacados produtos lácteos: queijos, leite cru, pasteurizado e em pó, manteiga e sorvete; produtos de confeitaria: tortas, colos recheados e doces cremosos; carnes frescas e curadas, ovos e massas alimentícias.
Considerando estes aspectos é de grande relevância a realização de estudos sobre a presença de Staphylococcus spp. enterotoxigênicos em alimentos, com finalidade epidemiológica para estabelecer possível envolvimento em surtos de intoxicação alimentar e também para o controle de qualidade higiênico-sanitária dos processos de produção de alimentos, em que o S. aureus serve como indicador de contaminação pós-processo ou das condições de sanificação dos ambientes destinados ao contato com alimentos.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 ISOLAMENTO A PARTIR DA FLORA NATURAL DO HOMEM
2.1.1 MATERIAL
3 cotonetes
1 mL de salina estéril 3%
1 placa contendo meio BP
2.2.2 MÉTODO
Dividiu-se a placa em 3 partes iguais. Em cada uma foi realizado esfregaço com auxílio de um cotonete embebido em salina estéril 3% de diferentes partes do corpo: mucosa bucal, interior da narina e pele. A placa foi incubada a 37°C por 24-48h.
2.2 TESTES PARA A IDENTIFICAÇÃO DE S. aureus A PARTIR DE UMA CULTURA CONHECIDA
2.2.1 MATERIAL
1 linhagem de S. aureus em meio sólido contendo BHI
1 linhagem de S. aureus em meio líquido contendo BHI
1 mL de H2O2 10 volumes ou 3%
1 lâmina com ágar DNA-azul de toluidina
0,5 mL de plasma de coelho
1 pipeta de Pasteur
2.2.2 MÉTODO
Coloração de Gram: Realizou-se um esfregaço para a coloração de Gram a partir da cultura em meio sólido e observou-se ao microscópio em objetiva de imersão.
Catalase: Colocou-se uma alçada de cultura retirada do meio sólido em lâmina limpa e adicionou-se uma gota de água oxigenada 3% (H2O2).
Enzima Dnase: Utilizando a pipeta de Pasteur, inoculou-se uma gota de cultura líquida (BHI) em um orifício da lâmina com 3mL de ágar DNA-azul de toluidina e no outro orifício inoculou-se uma gota da mesma cultura após seu aquecimento por 15 minutos em banho de ebulição (100°C). O papel de filtro que recobre a placa foi umedecido e a placa foi incubada a 37°C por cerca de 4h.
Enzima coagulase: No tubo contendo 0,5 mL de plasma de coelho adicionou-se o mesmo volume de cultura líquida. O tubo foi incubado a 37°C por cerca de 4h.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 ISOLAMENTO A PARTIR DA FLORA NATURAL DO HOMEM
Após o tempo de incubação, foi possível observar crescimento de colônias negras, o que indica que houve a utilização do telurito de potássio acrescido ao meio BP. Como este meio é seletivo para S. aureus, podemos observar que houve crescimento deste micro-organismo nos três esfregaços de origens diferentes (mucosa bucal, interior da narina e pele), sendo que o esfregaço originado do interior da narina apresentou maior número de colônias, e o esfregaço originado da mucosa bucal, o menor.
Com o enriquecimento do meio com a solução de gema de ovo foi possível observar a presença de lecitinase, lipase produzida pelo organismo, através da presença de um halo de hidrólise, em forma de anel de precipitado branco, em volta das colônias negras.
3.2 TESTES PARA A IDENTIFICAÇÃO DE S. aureus A PARTIR DE UMA CULTURA CONHECIDA
Coloração de Gram: A partir da realização da coloração de Gram e observação no microscópio através de objetiva de imersão, pode-se notar a natureza Gram+ e formato de cocos da cultura de S.aureus.
Catalase: No teste realizado foram observadas bolhas após a adição de peróxido de hidrogênio sobre a cultura, indicando resultado positivo. Esse resultado comprova a capacidade do micro-organismo S. aureus de produzia a enzima catalase que degrada o peróxido de hidrogênio através da reação:
Catalase
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