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Inovação Na Engenharia Civil

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Por:   •  1/3/2015  •  1.474 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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O ramo da construção civil, apesar do grande conhecimento adquirido ao longo dos anos de trabalho, possuiu tecnologias dominadas que precisam ser adaptadas de acordo com o tipo de construção e tipo de ambiente onde a obra será realizada.

A pesquisa e desenvolvimento tecnológico na construção civil vem ocorrendo basicamente em três agentes como líderes do processo de desenvolvimento e inovação:

Fabricantes de materiais e sistemas construtivos;

Empresas incorporadoras e construtoras;

Universidades e institutos de pesquisas atuantes na área de construção ou em áreas de interface.

O levantamento que foi realizado detectando-se as inovações introduzidas no mercado segunda as categorias de inovações de produtos, processos, organizacionais e de marketing mostraram que há pouca intervenção das instituições de pesquisa na dinâmica de geração e absorção de inovações nos empreendimentos desenvolvidos nos vários segmentos.

Em sua grande maioria as inovações tecnológicas nasceram no desenvolvimento da indústria, registrando-se casos em que o desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia contou com a participação de pesquisadores de universidades e/ou institutos de pesquisa.

Segundo Peychaux em 2010, ainda são inexpressivos os investimentos das empresas brasileiras de construção civil em pesquisas. Isto se deve,

principalmente, pela enorme recessão da indústria de construção no País nos últimos 20 anos. Para se ter uma ideia, apenas 1,1% dos depósitos de patentes de 1997 a 1999 no Brasil, foram na área de construções fixas, além de ter um decréscimo acentuado em relação aos anos anteriores ao ser comparado com os outros setores da indústria, conforme mostra o quadro 1.

Para Peychaux, as empresas construtoras são muito artesanais. Só nos últimos anos o governo fez um esforço de criar um padrão de qualidade total dentro da construção civil que trata de normatizar a área. Existem empresas de grande porte, como Odebrecht, Mendes Júnior e Andrade & Gutierrez, que realmente desenvolvem tecnologia de ponta, principalmente para obras de grande porte, como escavações de túneis.

No caso das empresas incorporadoras e construtoras, as inovações de produtos imobiliários são predominantemente desenvolvidas pelas empresas e seus projetistas, assim como de novos sistemas desenvolvidos em projeto.

Há casos onde as condições ambientais influenciam muito no resultado obtido devido às propriedades físico-químicas dos materiais utilizados e ao tempo de execução da obra como, por exemplo, sua proximidade do mar ou da serra. Estes fatores impactam diretamente no resultado final do produto ou processo a ser entregue ao cliente.

Não se identifica nas pesquisas de

universidades o desenvolvimento de novos conceitos de produtos que tenham interação com a produção de mercado. Iniciativas como a análise dos modos de vida nas grandes cidades e com isso dos produtos requeridos por segmentos de clientes tem ficado restritas aos trabalhos acadêmicos.

As inovações organizacionais, ainda em baixa escala de implantação, contam com a participação de algumas instituições de pesquisa como é o caso de planejamento de obras, sistemas de gestão ambiental.

O fato de ter que customizar muitos itens do seu processo produtivo leva à necessidade de estar, continuamente, otimizando e desenvolvendo novas tecnologias para suprir a necessidade diária, porém sofre com a falta de tempo e este é um fator crítico para o do empreendimento. Uma solução muito utilizada em casos como este é realizar a subcontratação ou a terceirização por meio de parcerias com consultores, fornecedores, empresas do ramo ou outro tipo de gestão.

Soluções como estas se tornam armadilhas para as construtoras, pois a empresa parceira que foi subcontratada para desenvolver a tecnologia, acaba tomando a frente para registrar em seu nome o conhecimento encomendado e usufruir dos benefícios que este registro traz, chegando até mesmo a oferecer a solução para a concorrência.

Este fato não ocorre apenas a nível nacional, mas também

internacionalmente, no momento em que as construtoras brasileiras estão cada vez mais ampliando seus negócios em áreas de tecnologia não dominada como o TAV – Trem de Alta Velocidade e Mono Rail – Monotrilho na área de transporte coletivo; prospecção de petróleo na camada do pré-sal; construção de turbinas para hidrelétricas com eixo horizontal; e outras tecnologias que ainda não existem no Brasil. Elas são obrigadas a desenvolver parcerias com outras empresas internacionais que acabam desenvolvendo algo novo por encomenda das próprias construtoras e registram para si o conhecimento adquirido com este processo de subcontratação de fornecedor em curto prazo.

O considerável crescimento do setor da construção civil impulsionado pela facilidade de crédito para a aquisição da casa própria, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo Minha Casa Minha Vida, entre outros fatores, aumentou a competitividade entre as empresas construtoras, exigindo mais eficiência das mesmas. Consequentemente levou o setor de edificações a trilhar novos rumos.

Diante desta realidade, onde é necessário construir em prazos menores, viabilizando os custos dos segmentos econômicos, as empresas têm desenvolvido novas tecnologias construtivas que otimizam o tempo, diminuem os gastos e mantêm a qualidade dos empreendimentos.

É neste ambiente de

mudanças que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) encontra bases para desenvolver o Programa de Inovação Tecnológica (PIT). O Programa, mediante pesquisas, fomentará o desenvolvimento, a difusão e a avaliação de inovações tecnológicas na área de edificações. O PIT sistematiza a inovação na construção civil, ela passa a estar presente na academia, nas etapas do processo produtivo até chegar ao consumidor.

O programa é composto por nove projetos: Ciência e Tecnologia para Inovação na Construção, Código de Obras Nacional, Conhecimento para a Inovação, Difusão da Inovação, Coordenação Modular, Atualização de Normas Técnicas, Tributação compatível com a Industrialização e Inovação, Viabilização da Inovação em obras públicas e Capacitação para Inovação.

A boa notícia brasileira é que políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica, programas de incentivos fiscais (como a Lei n° 11.196/2005), fomento e subvenção a projetos inventivos, programas de gestão tecnológica estão movendo

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