Inversor De Frequência
Artigo: Inversor De Frequência. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gmortega • 6/3/2015 • 2.624 Palavras (11 Páginas) • 375 Visualizações
Introdução
A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais
barato) o acionamento em velocidade variável de motores elétricos. Com isto,
sistemas que antes usavam motores CC, pela facilidade de controle, hoje podem
usar motores CA de indução graças aos Inversores de Frequência, também
chamados de Conversores de Frequência. Em paralelo ao avanço da eletrônica de
potência, a microeletrônica, por meio de microprocessadores e
microcontroladores, tem auxiliado muito o acionamento de máquinas CA,
permitindo a implementação de funções complexas num tempo de processamento
cada vez mais curto. Isto tem permitido a implementação de sofisticados
algoritmos de controle que possibilitam o acionamemnto de alto desempenho com
o emprego de motores de indução de série.
A título de exemplo, podemos citar que motores de indução acionados por meio
de Inversores de Frequência podem substituir, com vantagens, os sistemas de
controle de fluxo com válvulas (bombas) ou dampers (ventiladores).
Ideia Básica de funcionamento
O sinal AC da rede é convertido em DC, e este novamente em AC, porém,
agora pulsando e com largura modulada, assim podemos ajustar sua frequência e
sua tensão e com isso controlar sua velocidade e seu torque.
Blocos básicos de um inversor
Hoje, existem vários inversores de frequência disponíveis, obviamente,
possuem diferenças de um fabricante para outro, seja para agregar valor, ou para
reduzir custos. Porém, sua estrutura básica é comum para a maioria dos
fabricantes. Vejamos:
Descrição dos blocos
Unidade Central de Processamento (CPU). Tem como base de
processamento um microcontrolador ou ainda um microprocessador, porém, este
último necessita de memórias agregadas. Pode ser considerado o cérebro do
inversor de frequência, pois é neste bloco que todos os dados do sistema e
parâmetros ficam armazenados. A CPU também é responsável pela geração da
lógica de pulsos para os transistores.
Interface Homem Máquina (IHM). É o bloco de interação entre o usuário e
máquina, é neste bloco que ocorre a parametrização, ou seja, é através deste bloco
que as informações como, frequência e torque são inseridas no inversor, além de
permitir a visualização do que esta ocorrendo.
Interface eletrônica
Permite a comunicação com dispositivos externos. Neste bloco, poderá
existir: módulos de redes de comunicação, entradas para sinais analógicos de 0 a
10V ou 4 a 20 mA, entradas digitais, saídas programáveis etc.
Etapa de Potência
É constituída pelo retificador trifásico de potência, que através do
barramento DC, alimenta um módulo com seis transistores IGBT (Insulated Gate
Bipolar Transistor). Esta etapa é comum a todos os inversores, assim,
detalharemos um pouco melhor.
Arquitetura Básica da Etapa de Potência
A arquitetura de um inversor de frequência (etapa de potência) é
basicamente composta por uma etapa retificadora, uma etapa de filtragem e uma
etapa de chaveamento.
Descrição / Ilustração das Etapas
Seção Retificadora: Consiste em uma ponte retificadora trifásica onde, seis
diodos retificam a tensão trifásica da rede R S T proporcionando uma saída
continua, porém, com uma certa ondulação ou “ripple” que será minimizada pelo
barramento DC.
A tensão de pico na carga, desconsiderando as quedas nos diodos, pode ser
calculada por:
VP carga = √2 . V(rms)
A tensão DC ou tensão média na saída do retificador pode ser calculada
pela seguinte expressão:
VDC = 2,34 . V(rms)
Onde:
V(rms) é a tensão de fase da alimentação, ou seja, medida entre fase e
neutro.
A dedução do número 2,34 não faz parte do escopo deste material, mas
pode ser consultada no seguinte link:
http//www.dee.feis.unesp.br/gradua/elepot/cap2/fr15.html
A figura seguinte ilustra uma ponte retificadora trifásica, com carga
puramente
...