Kodak e sua revolução digital
Por: André Andrade • 28/3/2017 • Resenha • 599 Palavras (3 Páginas) • 389 Visualizações
KODAK e a Revolução Digital
Em 1880, George Eastman fundou a Eastman Kodak Company, em Rochester, Nova York. Em 1884, ele substituiu as chapas fotográficas de vidro por um rolo de filme. A Kodak considerava o marketing essencial para o seu sucesso. Eastman cunhou o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto", quando ele apresentou a primeira câmera Kodak em 1888. O dinheiro vinha da venda de filmes fotográficos, e o foco em melhorar desempenho permanecia aí, e não nos equipamentos em sí.
Em 1981, a Sony anunciou que iria lançar uma câmera digital sem filme fotográfico que iria exibir imagens em uma tela de televisão e que poderiam também ser impressas. Desde então a Kodak adquiriu divisões de empresas que faziam a interface com o ramo de informática e indústria farmacêutica a fim de diversificar seus negócios e acompanhar a pluralidade de segmentos de mídia e fotografia.
Em 1983, Colby Chandler criou uma divisão para explorar novas tecnologias, como a imagem digital mas a organização apresentava resistência a nova adaptação. A Kodak abandonou sua política de integração vertical e fez parceria com a TDK e a Matsushita para desenvolver o sistema de vídeo Kodakvision 8mm. A Kodak queria definir os padrões e liderar os caminhos em imagens digitais baseadas em filmes fotográficos, mas, por esperarem um sucesso a curto prazo, tiveram problemas com a alta direção o que acarretou a saída de Kay Whitmore e a contratação do ex CEO da Motorola George M. C. Fisher que, depois de vender algumas divisões para saldar dívidas, sentia que os cenários quanto ao futuro da fotografia de haleto de prata eram muito pessimistas e que os mercados emergentes como a China ofereciam oportunidades de crescimento que eram negligenciadas. Quando ele se juntou a Kodak, ela era a terceira em participação de mercado de filmes fotográficos e quarta no mercado de papéis fotográficos na China. Fisher queria lançar no mercado todos os programas digitais que haviam definhado em laboratórios da Kodak: ele acreditava que a Kodak deveria participar de forma rentável "nos cinco elos da cadeia de imagem: captura de imagem, processamento, armazenamento, revelação/impressão e entrega de imagens a pessoas e máquinas em qualquer lugar. Mas a concorrência no mercado de câmeras digitais era difícil: quando a Kodak lançou a DC40, em 1995, só haviam dois outros modelos por menos de US$ 1.000, mas em 1996 haviam 25 marcas diferentes na categoria.
No final de 1997, Fisher admitiu que 60% das perdas da Kodak foram "custos relacionados a câmeras digitais, scanners, impressoras térmicas, CDs graváveis e outros produtos", e anunciou uma reversão na sua estratégia baseada em hardware digital: "Nossa intenção é usar qualquer tecnologia disponível para realmente ajudar as pessoas a fazer mais com suas fotos. A imagem eletrônica não vai canibalizar o filme fotográfico. Um dos erros que nós da Kodak cometemos foi tentar fazer de tudo. Não temos que perseguir todos os aspectos da oportunidade digital e vemos nossa oportunidade no lado da revelação/impressão e serviços associados.
No início de 2000, Daniel A. Carp. tornou-se CEO. A Kodak estava rumo a uma ponte entre o mundo antigo e o novo da fotografia, digitalizando fotos dos seus clientes e imprimindo nos quiosques as fotos digitalizadas transportadas em diversos dispositivos de armazenamento.
Na reunião da Kodak de 2002, Carp delineou caminhos para mover Kodak para o novo milênio. Em janeiro de 2003, a câmeras digitais permaneciam não lucrativas. A Kodak teve um fraco desempenho no quarto trimestre e anunciou mais demissões. No entanto, ela controlava a maioria das transações de revelação nos Estados Unidos e tinha 15% do mercado americano de câmeras digitais.
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