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LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

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Por:   •  12/12/2013  •  1.665 Palavras (7 Páginas)  •  522 Visualizações

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LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

INTRODUÇÃO

A economia mundial tem passado por inúmeras transformações. E essas mudanças se refletem na estrutura das empresas. Atualmente, tem-se um processo de descentralização dos pólos decisórios e terceirização de partes do processo produtivo.

A reestruturação que vem ocorrendo no mercado como um todo tem evidenciado a importância do setor de serviços. O conhecimento, a informação e a articulação entre esses fatores e o processo produtivo tornaram-se os elementos centrais da “Nova Economia”. Nesse contexto, a logística torna-se uma peça-chave para as empresas.

No caso do petróleo, um recurso natural distribuído de forma aleatória pelo mundo, fazer a integração perfeita de todos os elos de sua cadeia produtiva, ou seja, do poço ao consumidor, sempre foi um imenso desafio.

Há algumas décadas a indústria mundial de petróleo vem passando por intensas transformações, dentre as quais podem ser destacadas a desverticalização e a terceirização de seus elos produtivos. O que este trabalho propõe-se a demonstrar é como a logística tem despontado como elemento diferenciador e como a indústria brasileira de petróleo se insere nesse contexto.

Segundo Cardoso (2004), não existe tratamento logístico diferenciado quando o produto a ser movimentado for petróleo e/ou seus derivados, a não ser no aspecto de segurança ambiental, cujo tema foge ao escopo desta dissertação.

Considerando a logística, referente ao transporte, trata-se de uma carga que, partindo de um ponto de origem e que necessita chegar ao destino no prazo estipulado com menor custo benefício considerando a satisfação do cliente.

Quando se pensa em um País com as dimensões geográficas do Brasil, é importante que se faça a aplicação intensiva das novas tecnologias de informação e de ferramentas logísticas mais eficientes, para que haja a integração total e definitiva de toda a Cadeia de Suprimentos. Para o caso do mercado de combustíveis, devem-se considerar os seguintes componentes da Cadeia de Suprimentos: tipo de transporte (ferroviário, rodoviário ou lacustre), produtores de combustíveis (Petrobras, refinarias particulares e petroquímicas), distribuidoras (Shell, Texaco Esso, Br, Ipiranga, etc) e os consumidores (indústrias ou pessoas físicas).

Afim de que as funções e atividades logísticas possam manter seu fluxo de forma mais precisa, é necessária a acuracidade nas etapas da avaliação da demanda que são: a pesquisa de mercado, análise e desenvolvimento de produtos, aquisição de insumos, entre outras. Após essa etapa teremos: o transporte, a distribuição, a armazenagem e o atendimento do pedido no prazo pré-determinado.

As refinarias são responsáveis pelos estoques dos produtos refinados.

Após o refino o produto será transportado (através de dutos ou navios) para as chamadas Bases Primárias das inúmeras Empresas Distribuidoras que atuam no mercado brasileiro, que, por sua vez, irão distribuir para suas Bases Secundárias. Toda essa operação é que permitirá que o produto seja abastecido nos pontos mais distantes do país.

Apesar de se ter ciência de que através do transporte dutoviário oferecer os menores custos e tarifas de transporte – sem contar o fato de ser o um dos mais seguros – este tipo de transporte ainda não é suficiente no Brasil, e possui um número inexpressivo – se considerarmos o tamanho do país – com aproximadamente 10.000 Km de dutos em operação – sendo que a maior extensão está concentrada na região Sul e Sudeste. Segundo recente estudo da COPPEAD, intitulado “Planejamento Integrado do Sistema Logístico de Distribuição de Combustíveis”, o país ainda não possui um volume de produção que viabilize a construção de novos dutos. Nos locais onde já existe volume de produção suficiente, a infra-estrutura dutoviária já está instalada, é o caso das regiões Sul e Sudeste, que são responsáveis por 68% do consumo de Gasolina e Diesel utilizado no país. Isso justifica o fato de que76% de toda a estrutura dutoviária do país estar presente nestas regiões”.

No Brasil a responsável pelo transporte entre as instalações de Refinaria e as Bases Primárias geralmente é realizado através do modal dutoviário (cuja proprietária das instalações é a Petrobras Transportes S.A.), podendo ser ainda através da navegação de cabotagem com a atracação de navios tanques (NT’s) nos portos.

Para realizar as transferências das instalações das Bases Primárias para as Secundárias é preciso utilizar o modal rodoviário através dos caminhões-tanque, ou modal ferroviário com os vagões tanque.

Distribuição de Derivados de Petróleo

Para Cardoso (2004), denomina-se distribuição toda atividade ligada ao comércio por atacado com a rede varejista ou com grandes consumidores.

No setor de petróleo e derivados, estas atividades são realizadas por empresas especializadas chamadas de Distribuidoras. Como atividades principais, tem-se a aquisição de produtos a granel e sua revenda por atacado para sua rede varejista ou para grandes consumidores.

Tais atividades abrangem não somente a comercialização, como também a aquisição, armazenamento, transporte e o controle de combustíveis líquidos de derivados de petróleo, alcoóis combustíveis (anidro ou hidratado), gás líquido envasado, lubrificantes e outros combustíveis automotivos.

Bases de Distribuição

Das refinarias, os produtos seguem para as Bases Primárias das Distribuidoras – segundo a melhor logística. Atualmente este envio é feito por modal dutoviário – nos casos das Bases do Sul e Sudeste – e por navegação de cabotagem – no caso das Bases localizadas no litoral do Nordeste brasileiro.

De acordo com a ANP, o Brasil possui 322 bases, entre bases primárias e secundárias, das quais 131 (40,7%) situam-se na Região Sudeste, 56 (17,4%) na Região Sul, 47 (14,6%) na Região Nordeste, 46 (14,3%) na Região Norte e 42 (13,0%) na Região Centro-Oeste.

O grande desafio logístico que as Distribuidoras enfrentam atualmente é o de disponibilizar seus produtos nos pontos mais remotos do Brasil, com qualidade e preços competitivos.

De acordo com o estudo da COPPEAD, no que tange ao modal Ferroviário, indica

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