Laboratório de Física - MRU
Por: Sandro CR • 29/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 264 Visualizações
01. Introdução
O estudo dos movimentos tem várias aplicações práticas no cotidiano da população. Quando se aproxima de um radar de velocidade, por exemplo, o condutor de um automóvel deve verificar a velocidade atual para não ser multado.
Profissionalmente, esse conhecimento é bastante utilizado por diversas profissões e atividades que dependem desse domínio no intuito de buscar a exatidão de procedimentos influenciados pela velocidade, aceleração e outros aspectos que influenciam na forma como uma partícula qualquer se movimenta.
Como exemplo, pode-se citar a indústria automobilística que usufrui dessa área de estudo para projetar carros com maior potência e segurança. A utilidade é expandida para as corridas das diversas categorias do automobilismo, buscando eficiência para vencer a competição.
Nesse intuito, o presente relatório inicia o estudo dos movimentos, concentrando-se no movimento de uma partícula em trajetória retilínea, com o mínimo de atrito, em laboratório. Sendo este o princípio do estudo mais aprofundado que objetiva-se conseguir na disciplina de Mecânica da Partícula.
02. Fundamentação Técnica
Tudo o que conhecemos está em movimento. Tudo vai depender do ponto referencial e mesmo um objeto aparentemente em repouso pode estar se movimentando, devido ao movimento de rotação da Terra.
Para o estudo dos movimentos, chamado na física de cinemática, é necessário, antes, definir alguns termos, como: posição e deslocamento, velocidade, velocidade média e Movimento Retilíneo Uniforme (MRU).
02.1 Posição e Deslocamento
Localizar um objeto no espaço depende de um referencial, definido como origem, em relação a um eixo de deslocamento. Para este trabalho, considera-se um eixo unidimensional de trajetória retilínea com movimento apenas em um sentido.
Assim, a origem, ou ponto 0, é o início do eixo considerado e o seu deslocamento será a distância entre essa origem e a posição atual da partícula.
O deslocamento, grandeza eminentemente vetorial, também dito como variação de espaço será medido por: Δ𝑋=𝑋𝑓− 𝑋𝑖
Fórmula 1: deslocamento
No qual:
Δ𝑋 é a variação de espaço ou deslocamento;
𝑋𝑓 é a posição final da partícula;
e 𝑋𝑖 é a posição inicial da partícula.
O sinal do resultado indicará em que sentido a partícula se deslocou, se a favor do eixo considerado ou contra.
02.2 Velocidade e Velocidade Média
A velocidade, também vetorial, é uma relação entre espaço e tempo que pode indicar o quão rápido é o movimento de uma partícula ou objeto. Por ser vetorial, o seu sinal também indica em que sentido da trajetória o deslocamento é efetuado, em relação a origem.
Como bem se sabe, uma partícula não, necessariamente, mantém a velocidade instantânea constante, mas é possível se ter uma ideia do comportamento dessa grandeza através do estudo da Velocidade Média.
A Velocidade Média pode ser medida por: 𝑉𝑚=Δ𝑋Δ𝑡=𝑋𝑓−𝑋𝑖𝑡𝑓−𝑡𝑖
Fórmula 2: Velocidade Média
No qual:
𝑉𝑚 é a velocidade média;
Δ𝑋 é a variação de espaço;
é Δ𝑡 é a variação de tempo.
02.3 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
O MRU é um movimento inicial no estudo dos movimentos na cinemática. Nesse caso específico, a partícula se movimenta em trajetória retilínea e com velocidade constante, ou seja, sem aceleração.
A posição desse movimento pode ser definida pela equação abaixo: 𝑋(𝑡)= 𝑋0+ 𝑉0.𝑡
Fórmula 3: posição no MRU
No qual:
𝑋(𝑡) é a posição da partícula em um instante 𝑡 do movimento;
𝑋0 é a posição inicial da partícula;
𝑉0 é a velocidade inicial da partícula.
No MRU, como não há aceleração, a Velocidade Média será igual a Velocidade Inicial, já que a velocidade é constante. Assim:
𝑉𝑚=𝑉0, então: 𝑋(𝑡)=𝑋0+𝑉𝑚.𝑡
Fórmula 4: posição no MRU
03. Procedimento Experimental
Em laboratório, reunidos todos os acadêmicos deste grupo, com a orientação do professor responsável iniciou-se a preparação do equipamento para realização do procedimento experimental.
Foram utilizados: um trilho de ar, carrinho, cronômetro e régua.
Primeiro passo: foi verificado se o trilho de ar se encontrava nivelado utilizando uma régua de nivelamento com três bolhas. Como o trilho apresentava trajetória paralela à superfície, passou-se ao próximo passo.
Segundo passo: com a utilização de uma régua métrica, os cinco sensores foram posicionados para as distâncias:
- do sensor 1 para o sensor 2: 10cm;
- do sensor 2 para o sensor 3: 15cm;
- do sensor 3 para o sensor 4: 20cm;
- do sensor 4 para o sensor 5: 25cm.
Terceiro passo: o trilho de ar e o cronômetro foram ligados. O cronômetro foi zerado e o carrinho posicionado no início da trajetória, junto ao eletroímã que o mantinha em repouso.
Quarto Passo: desligou-se o eletroímã, iniciando o movimento do carrinho sobre o trilho de ar.
Quinto Passo: as medidas de tempo, em segundos, foram anotadas para cada intervalo entre os sensores.
Sexto Passo: repetiu-se o procedimento por mais três vezes, sempre anotando os resultados.
04. Resultados
A Tabela 1, a seguir, registra a medição apresentada pelo cronômetro nas quatro tentativas realizadas.
A distância total foi de 70 cm, dividido em quatro intervalos, conforme exposto no segundo passo
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