Laser Terapia
Casos: Laser Terapia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: LeandroSouza2014 • 24/8/2014 • 1.354 Palavras (6 Páginas) • 352 Visualizações
1.0 - INTRODUÇÃO
Sabemos que no campo esportivo é frequente encontramos esportistas acometidos por lesões musculares, o que causa incapacidade física, muitas vezes deixando os atletas fora das competições por semanas, meses ou até mesmo anos. As lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos, ou lacerações. Estudos comprovam que 90% das lesões relacionadas ao esporte são oriundas de contusões ou estiramentos.
Em estudo realizado por (LAURINO et al. 2000) foram estudados 103 praticantes de atletismo, sendo 69 homens e 34 mulheres, distribuídos entre amadores e profissionais. Observaram que 43,3% das lesões ocorreram em especialistas nas provas de velocidade e barreira, seguidas pelos saltadores (30,8%).
Segundo (SHARKEY, 1998), o problema é que treinadores e atletas necessitam buscar limites e, por vezes, ultrapassam a fase de adaptação, resultando em exaustão. Embora existam parâmetros para controlar os estímulos aplicados, há grande dificuldade em articular as diferentes formas de manifestação do estresse de treinamento, as quais podem ser divididas em: bioquímica ou metabólica; física ou estrutural e mental ou psicológica. A natureza do treinamento é o resultado de resposta neural, hipertrófica e metabólica, sugerindo, portanto, que é preciso controlar, simultaneamente, os parâmetros bioquímicos e físicos do exercício, segundo o (American College of Sports Medicine, 2002).
(WHITING E ZERNICKE, 2001) alertam para a possibilidade de interferência de fatores auxiliares que podem ter relação com o uso excessivo, destacando-se a fadiga física e mental, que compromete habilidades como força e coordenação, e lesões prévias, que podem prejudicar o controle proprioceptivo, interferindo nos mecanismos de defesa contra agressões externas.
O conhecimento de alguns princípios básicos de regeneração pode evitar danos maiores e consequentemente acelerar o retorno ao esporte. De acordo com (FERNADES et al., 2009. p. 140-1) o diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada do trauma, seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos envolvidos, assim como os testes de função com e sem resistência externa.
Se os sintomas causados pela lesão não melhorar entre três e cinco dias após o trauma, deve-se considerar a possibilidade da existência de um hematoma intramuscular ou um tecido lesionado extenso que necessitará de atenção especial. A punção ou aspiração do hematoma pode ser necessária.
Atualmente devido o avanço da medicina existem vários mecanismos de tratamento, os atuais princípios de tratamento da lesão muscular são carentes de bases cientificas sólidas. Iremos abordar uma visão da terapia com laser em baixa potência (LBP). A palavra laser advém da abreviatura do seu próprio significado, Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, ou seja, amplificação da luz por emissão estimulada de radiação.
As ações antiinflamatórias e antiedematosas são exercidas mediante a aceleração da microcirculação, originando as alterações na pressão hidrostática capilar, com reabsorção do edema. O laser aumenta a atividade celular dos tecidos irradiados acelerando a mitose, ação que se observa principalmente na reparação cicatricial das lesões, por maior vascularização e formação abundante de tecido (CAMELO, 2007, p.15).
Segundo (GARRET,1996) o uso da laserterapia em baixa potência tem como efeitos a redução do espasmo da tensão muscular, do edema e dos sítios de lesão, diminuindo assim, a dor local sem efeitos adversos aparentes, tornando-se um método de tratamento alternativo ao uso de farmacológicos. Existem diversos tipos de lasers, diversas técnicas, equipamentos com qualidades diferentes, não há um consenso comum sobre o tema.
2.0 – HISTÓRICO DO LASER
No início do século XX, Albert Einstein expôs os princípios físicos da emissão estimulada de radiação, processo de estimulação de porções de campo eletromagnético e produção de luz amplificada.
(SCHAWLOW E TOWNES, 1958) guiados pelos princípios de que os átomos poderiam residir em mais de um estado energético, e que quando um átomo, ao mudar de um estado energético para outro, ocorreria absorção ou emissão de um quantum de energia luminosa, desenvolveram o MASER, ampliação de microondas por emissão estimulada de radiação. Esses autores também sugeriram a extensão dos princípios maser para a porção visível do espectro eletromagnético.
(MAINMAN, 1960) criou o primeiro laser Rubi, utilizando um cristal de rubi como meio ativo que foi estimulado com intensos pulsos luminosos e obteve uma emissão estimulada de radiação no espectro visível.
(JAVAN E COLABORADORES,1961) citados por (PINHEIRO, 1995), desenvolveram o laser de Hélio-Neônio, primeiro laser gasoso desenvolvido e capaz de emitir de forma contínua. (PATEL E COLABORADORES, 1964) desenvolveram o laser de dióxido de carbono, operando no infravermelho. (STERN E SOGNNAES, 1964) e (GOLDMAN E COLABORADORES, 1965), publicaram as primeiras aplicações do laser rubi em tecidos dentais duros. (MESTER, 1968) foi um dos pioneiros a utilização e aplicação do laser de baixa potência nas áreas biomédicas, estudando a utilização do laser no processo de reparação dos tecidos. Atualmente, as radiações do laser de baixa potência tornaram-se objetivo de inúmeras pesquisas enfocando, em especial, seu efeito analgésico, antiinflamatório e bioestimulante.
3.0 – TRATAMENTOS COM LASERTERAPIA
A terapia com laser em baixa potência (LBP) não é amplamente empregada no meio médico, contudo existem evidencias na literatura do seu beneficio na analgesia das afecções musculoesqueléticas.
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