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MAT147Lista1

Por:   •  25/11/2015  •  Exam  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  271 Visualizações

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Resenha dos textos de Paul Mantoux e Joel Mokyr

Os dois autores dão especial atenção às inovações como sinalizadoras de uma  nova era industrial. Joel da grande atenção a questão das patentes e o papel delas neste processo. Já Paul da grande atenção à questão da diferenciação entre o período das manufaturas e da era do Factory System.

A expressão maquinismo seria um grande elo do pensamento dos dois. Ela pode ter seus defeitos: não compreende todas as inovações técnicas do período. Porém, mostra o quão importante foram as máquinas para a caracterização do período. Levando a divisão do trabalho ao seu extremo e tornando a direção das indústrias  cada vez mais inacessível aos operários.

Joel busca o motivo de ter havido tantas inovações técnicas no período. Conclui então que a importância das patentes na revolução industrial deve ser diminuída. Boa parte da remuneração pelas invenções era indireta pela “honra” obtida. Esse sistema oferecia falsas esperanças, e as patentes acabavam muitas vezes em prejuízos para o inventor.

Joel avalia a experiência da Holanda. Esta tinha um sistema de patentes desde o século 16, porém não figurou na revolução industrial. Ou seja, este sistema não seria suficiente para produzir inovações técnicas de modo que as máquinas se tornassem centrais a ponto de caracterizar o maquinismo.

Mantoux evoca Marx para mostrar que a manufatura já implicava a separação do trabalho e do capital e a divisão do trabalho. Porém, como é mostrado no exemplo da indústria de alfinetes as máquinas aprofundaram essas relações e tornaram as fábricas cada vez mais produtivas.

Tudo isso tendo sua origem nas inovações técnicas. Porém, Joel desconstrói o argumento dos pensadores iluministas de que patentes eram o preço que a sociedade teria de pagar pela divulgação de conhecimento e a divulgação de conhecimento era essencial para a disseminação de conhecimento útil.Ao contrario, O sistema de patentes foi posto em cheque por conta da prática denominada “caveats”, alguém patentearia uma invenção que não era sua de modo a bloquear as ações do inventor e dos beneficiados com a invenção. Competidores usavam os “caveats” para atrasar a criação de uma patente legitima e para espionagem industrial. Assim, as patentes se tornaram um modo de congelar possíveis competidores ao invés de funcionarem como um modo genuíno de recompensar a inventividade. Isso poderia ter atrasado boa parte do processo de revolução industrial e da transformação das máquinas em algo central.

Já Paul nos mostra que essas inovações não limitaram a área técnica. Estendo-se à área da linguagem. Por volta de  meados do século XVIII, a palavra factory  continuava a significar loja, feitoria, entreposto. As primeiras fábricas foram chamadas de Mill(associado a roda do moinho). Essa palavra acabou adquirindo uma acepção cada vez mais ampla, se tornando um sinônimo de máquina. Nos últimos anos do século XVIII, empregavam-se as palavras Mill e factory como se fossem as mesmas coisas.

A partir da leitura dos dois autores, foi possível perceber quão importante foram as inovações técnicas para que ocorresse a revolução industrial. Conclui-se que os efeitos de incentivo que o sistema de patentes  podem ter sido maiores que sua importância histórica, se ele levou potenciais inventores a acreditar que uma patente era uma forma de ficar rico. Além de percebermos que as máquinas tem papel central na determinação de aspectos culturais e sociais da época.

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