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MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO

Por:   •  28/8/2019  •  Resenha  •  2.124 Palavras (9 Páginas)  •  557 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL

E SANEAMENTO BÁSICO

Fichamento de Estudo de Caso

Domage Ribas

Trabalho da disciplina Avaliação de Impactos Ambientais

  Tutor: Profo. Ricardo Finotti Leite

Curitiba

08/2019

Estudo de Caso

REFERÊNCIA: A B Lab e a Evolução da Avaliação de Impacto.

A A B Lab é uma organização fundada em 2006, sem fins lucrativos, com o intuito de apoiar empresas privadas que buscavam levar benefícios sociais e ambientais, além de serem responsáveis pelas partes interessadas como empregados, comunidade e acionistas.Seus fundadores Jay Coen Gilbert, Bart Houlahan e Andrew Kassoy, perceberam que enquanto os mercados eram uma ferramenta poderosa para criar e conseguir impacto social em escala, a estrutura deles fazia com que as empresas e os investidores preterissem frequentemente os objetivos sociais e ambientais em relação aos retornos financeiros. Desta forma a B Lab iniciou a construção da infraestrutura necessária para subsidiar a visão econômica de seus fundadores. Para isso, os fundadores identificaram as 3 principais áreas: 1) Fortalecimento da comunidade em relação a negócios com fins sociais, 2) Criação de um ambiente legal para dar mais suporte a eles e 3) Promoção de um conjunto de padrões e avaliações para criar a accountability. Embora uma comunidade forte e um ambiente legal de apoio fossem importantes, estabelecer medidas de avaliação consistentes seria essencial para o sucesso de todo o projeto. Alguns investidores estavam dispostos a investir sem um conjunto comum de métrica de impacto estabelecido, mas, a fim atrair o capital em escala para o local, o retorno de investimento social e ambiental teria de ser medido e avaliado de forma consistente, confiável e transparente.

No verão de 2014, a B Lab encontrava-se em uma encruzilhada estratégica. Ela havia feito um progresso considerável em todas as três principais áreas (especialmente na adoção da legislação que permite a criação de corporações do Sistema B, detalhada no Anexo 4, construindo o movimento B Corp e auxiliando empreendedores voltados para missão a usarem suas ferramentas de medição para avaliação interna e melhoria, mas encontrava uma falta de interesse que estava enraizada, se não uma resistência, em relação aos seus sistemas de medição dos mercados de investimento. Seus fundadores concluíram que estavam "à frente do mercado” na criação de ferramentas de avaliação de impacto robustas e comparáveis. Assim, em outubro de 2013, a B Lab lançou um produto novo, o B Analytics, que representava uma resposta mais significativa para a demanda de mercado em relação a medição e avaliação.

O termo "investimento de impacto” representa a prática que procurava gerar valor ambiental ou social positivo com retornos financeiros. De forma ampla, uma empresa (assim como um investidor que injeta capital nessa empresa) pode ter impacto de duas maneiras. O primeiro é o impacto da empresa: o impacto dos bens e serviços que a empresa produz. Por exemplo, energia renovável, preservação de florestas, mosquiteiros para prevenção contra malária e serviços financeiros para aqueles que não possuem conta em banco. O segundo é o impacto operacional, frequentemente conhecido como impacto ambiental, social e de governança (ESG) da empresa. Por exemplo, emissões de carbono associadas com a cadeia de suprimento de um produto e como os empregados são tratados.

Medir o sucesso no setor privado era, em geral, uma tarefa relativamente simples, desde que o retorno financeiro fosse o parâmetro principal. Medir o impacto social ou ambiental, no entanto, é muito mais complicado.

Como a medição real do impacto é muito difícil e de certa forma altamente contextualizada, os sistemas de avaliação do investimento do impacto baseiam-se mais nas atividades e nas saídas.

Desta forma a B Lab criou uma certificação chamada B Corp, com uma definição ampla de responsabilidade fiduciária e corporativa que incluía diversos interesses das partes interessadas. Desde o seu começo, a B Lab sempre quis desempenhar um papel na identificação e certificação oficial das corporações do Sistema B. Para isso, seria necessário um esquema de avaliação do impacto padrão para transmitir aos consumidores, empregados e investidores um compromisso substancial e legítimo de uma empresa para com o bem público.

Com o tempo, a B Lab estava desenvolvendo seu próprio sistema de impacto, e outros em filantropia e investimentos voltados para a missão estavam confrontando com questões de medição similares. Em 2007 e 2008, a Fundação Rockefeller reuniu líderes de fundações e instituições financeiras e do campo do desenvolvimento internacional para discutir (e então conceituar) o campo emergente do “investimento de impacto” para compreender o motivo de o mercado não estar evoluindo total ou rapidamente como as empresa e os investidores voltados para questões sociais gostariam e para explorar as maneiras como a indústria poderia ser fortalecida e avançar. Além dessa e de outras reuniões, diversos compromissos foram firmados, incluindo a Iniciativa de Investimento de Impacto de $38 milhões da própria Rockefeller para apoiar a infraestrutura nascente da área.

Ferramentas melhores de medição e avaliação foram primeiramente voltadas para a lista de tarefas da infraestrutura, a fim de permitir que os investidores de impacto soubessem das decisões de seus investimentos (e, assim, facilitar mais fluxo de capital para o setor). Após um estudo patrocinado pela Rockefeller declarar que a Avaliação de Impacto da B Lab estava entre as melhores ferramentas do momento, a fundação solicitou que a B Lab esboçasse um plano de negócios que seria necessário para uma padronização mais ampla.

Outras medições da saída do produto passavam por outros setores e foram de certa forma mais generalistas. Elas incluíram empregados, partes interessadas externas (fornecedores, distribuidores, clientes), desempenho ambiental, desempenho financeiro, governança e políticas sociais, além da informação do produto. Por exemplo, uma medição transversal do setor em relação ao desempenho financeiro, pode observar o lucro auferido resultante de todas as atividades do negócio, ou o aumento do lucro ao longo do tempo. Uma métrica transversal do setor em relação a governança pode considerar se uma empresa elaborou sua política governança; uma métrica transversal do setor, em relação aos empregados, pode contar o número de empregados que trabalham em tempo integral e em meio expediente, ou o número de empregados com alguma deficiência ou menores de idade.

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