MBA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA
Por: Physics Mechanical • 27/8/2019 • Resenha • 1.516 Palavras (7 Páginas) • 253 Visualizações
\
[pic 2]
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA.
Resenha Crítica de Caso
Juscelino Kerginaldo Rodrigues Mota
Trabalho da disciplina Instrumentação médico hospitalar I Tutor: Prof. MIRNA MIGUEL PASSOS GODOY
Fortaleza
2019
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE RADIOPROTEÇÃO PELOS PROFISSINAIS DA RADIOLOGIA
Referência:
SEARES, Marcelo Costa; FERREIRA, Carlos Alexsandro. A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais da radiobiologia. CEFET/SC Núcleo de Tecnologia Clínica, Florianópolis, Brasil.2007
1) INTRODUÇÃO
O presente artigo trata da importância da interdisciplinaridade entre dois campos da ciência no ramo da saúde: A física e a biologia. Por meio dessas duas áreas foi proporcionado para os profissionais atuarem na área da radiologia médica tendo como manuseio fundamental a radioproteção. Tudo começou por volta do ano de 1895, quando Wilheim Conrad Rontgen descobriu os raios –X e logo após a descoberta, já estava sendo usado por fotógrafos até surgir riscos danosos e assim obrigar Rontgen a realizar estudos mais profundos acerca da nova descoberta.
Com o passar dos anos foram criadas duas subáreas: a radiobiologia, responsável por estudar e interpretar os diversos efeitos da radiação à saúde humana e a radioproteção que desenvolveu métodos sistemáticos para criar diretrizes básicos para procedimento das atividades operacionais.
2 ) DESENVOLVIMENTO
A descoberta dos raios-X em 1895 e consequentemente a da radioatividade natural em 1896, e em curto espaço de tempo já era percebido os danos causados pela manipulação da radiação ocasionando danos severos aos tecidos biológicos e até queda de cabelos por meio da radiação ionizante, radiação essa que possui energia o suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, capaz de arrancar um elétron de um átomo. Em 1902 foi observado que a exposição à radiação culmina na indução do câncer, embora mais tarde conclui-se que o manuseio da radiação seria benéfico para diagnósticos na cura de tumores.
O uso da radiação no tratamento de tumores culminou na importância dos efeitos biológicos constatados por meios de estudos e observações verificando o comportamento do DNA quando exposto a radiação e consequentemente os riscos a saúde humana. No entanto, as pesquisas constatadas pela radiobilogia constatou que os danos biológicos estavam interligados na quantidade da dose aplicada ocasionando dessa forma morte celular, quebra do DNA e alteração de sensibilidade e no processo de reparo celular. Existe um processo contínuo de perda e substituição celular em órgãos e tecidos, porém, quando exposto a radiação há um aumento na destruição celular, embora possa ser compensado quando há aumento da taxa de reposição e quando os órgãos começam a ser afetados pela redução do número de células surgem os dados clínicos.
Os efeitos das radiações ionizantes no organismo dependem de uma variável denominada tempo, pois os efeitos podem levar minutos ou anos para se manifestar ficam assim em estado latente. Sendo assim, as radiações provocam, alterações químicas afetando a célula de várias maneiras, tais quais: morte prematura, retardado da divisão celular ou modificação permanente que é passada para as células posteriores. O organismo sempre reagirá com efeito biológico como resposta natural aos efeitos da radiação mais cedo ou tardio de acordo com a dose recebida pelo o corpo. Quanto aos efeitos, podemos dividir em dois, são eles: efeitos determinísticos e estocásticos. O primeiro condiciona por uma irradiação total ou localizada no tecido causando um grau de morte celular não compensado pela reposição proporcionando assim prejuízos detectáveis no funcionamento do órgão.
Existe uma intensidade de dose abaixo da qual a perda de células é insuficiente para o tecido ou órgão de um modo que seja detectável. Dessa forma, os efeitos determinísticos, são produzidos por dosagem elevada, acima do limiar, onde a severidade ou gravidade do dano aumenta com a dose aplicada. Quanto aos efeitos estocásticos a ocorrência é proporcional a dosagem recebida sem existência do limiar. Sendo assim, quando são aplicadas pequenas doses abaixo do limite estabelecido por normas e recomendações da radioproteção, podem induzir na aparição do câncer. Qualquer dose de radiação por menor que seja a intensidade, certamente resultará em efeitos estocástico. Contudo, quanto maior a dosagem aplicada, maior a probabilidade de ocorrência de mutação celular, pois os efeitos são cumulativos podendo ser somáticos ou hereditário.
A ministração da dosagem de radiação leva um maior risco de câncer para crianças do que em adultos, onde a radiação pode induzir tumores malignos e benignos. Estudos apontaram que a exposição à radiação é de extremo risco para mulheres grávidas ocasionando assim um risco fetal de grande intensidade principalmente quando o mesmo for concebido nos dez primeiros dias, ou seja, ocorre a morte uterina prematura. Quando o feto está no primeiro trimestre, e é submetido a exposição de radiação, este fica vulnerável a indução da microcefalia entre o período gestacional de 50 a 70 dias. Acima de 70 dias ocorre o retardo mental e acima dos 150 dias aumenta o risco de malignidade infantil.
Diante de toda o avanço cientifico conseguido pela manipulação da radiação a serviço da saúde humana, bem como em outros seguimentos, como exemplo a indústria, fez necessário criar/ estabelecer padrões e princípios conhecidos com ALARA que visa estabelecer procedimentos operacionais para as atividades que fazem uso da radiação ionizante seja adotada para o bem da sociedade indicando dessa forma valores de limitação da dose. Todo país tem suas normas e portarias para que o uso da radiação ionizante seja supervisionado de maneira clara e segura. No Brasil, diretrizes básicas foram criadas para construir padrões de proteção radiológica controlada e fiscalizada pelo CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
...