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MEDIÇÃO DE VAZÃO E ESTIMATIVA DE DESCARGA SÓLIDA NO CÓRREGO GUARIROBA

Por:   •  28/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.043 Palavras (9 Páginas)  •  402 Visualizações

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FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E GEOGRAFIA ENGENHARIA AMBIENTAL QUALIDADE DA ÁGUA II

MEDIÇÃO DE VAZÃO E ESTIMATIVA DE DESCARGA SÓLIDA NO CÓRREGO GUARIROBA

Rodrigo Dias da Cruz

CAMPO GRANDE-MS

 MARÇO-2016.

  1. INTRODUÇÃO

           O conhecimento sobre vazão e transporte de sedimentos em corpos hídricos é importante para a gestão e implantação de planos de manejo em bacias hidrográficas. Logo o uso adequado de métodos que estimem a descarga sólida total torna-se necessário. Objetivou-se, assim, medir a descarga sólida total do Córrego Guariroba, e comparar os diferentes métodos de cálculo e assim inferindo o modelo que melhor se ajustou ao sistema estudado.

O interesse por estimar o transporte fluvial de sedimentos em suspensão é crescente. Por conta de questões como transportes de contaminantes, tendências de qualidade de água, assoreamento de reservatórios, assoreamento de canais de porto, erosão e perda de solo, bem como impactos seus ecológicos e recreativos (HOROWITZ, 2008 e ROVIRA; BATALLA, 2006).

O grau de erosão da bacia está diretamente ligado à quantidade de sedimentos transportada pelo corpo hídrico, esse é receptor das partículas mais finas que são facilmente transportadas. Atividades paralelas, ligadas ao estudo são fundamentais, como práticas conservacionistas acopladas ao plano de manejo causam diminuição das ocorrências de erosão além da interrupção dos processos já em estados acelerados de erosão.

O sucesso na estimativa do transporte de sedimentos de bacia hidrográfica depende do ajuste com dados de campo utilizando técnicas de análise estatística, para escolher o modelo mais eficiente para a área de estudo escolhida. É possível que o fluxo de sedimentos seja modelado a partir de métodos de cálculo indiretos de transporte de sedimentos, porém, para que os valores não sejam superestimados, os dados devem ser coletados criteriosamente (Ricker et al. 2008).

  1. MATERIAIS E MÉTODOS

Campo

             A medição de vazão foi feita através de molinete fluviométrico (Fig. 1). O molinete fluviométrico é um velocímetro em forma de torpedo e que serve para medir de forma pontual a velocidade da corrente de água por unidade de tempo.

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Figura 1. Molinete fluviométrico

A coleta de amostra de sedimento em suspensão foi realizada em 16 seções verticais com amostrador DH 48.

Os molinetes convertem o movimento do fluxo de água em um movimento de rotação de uma hélice, que com o auxílio de um contador é determinado num intervalo de tempo o número de voltas que a hélice realizou, após saber o número de voltas da hélice num dado intervalo de tempo, é determinado a velocidade do fluxo com a “equação do molinete”. A “equação do molinete” é fornecida pelo fabricante do aparelho, esta equação é calibrada para cada molinete de forma individual e somente pode ser usada para o aparelho calibrado.

Para o molinete utilizado, as equações são:

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Obteve a amostra de material em suspensão com amostrador US DH-48 (Fig. 2), usando método de Igual Incremento de Largura (ILL).

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Figura 2. Amostrador US DH-48

Na amostragem por integração na vertical, a mistura água-sedimento é acumulada continuamente no recipiente, e o amostrador se move verticalmente em uma velocidade de trânsito constante entre a superfície e um ponto a poucos centímetros acima do leito, entrando a mistura numa velocidade quase igual à velocidade instantânea da corrente em cada ponto na vertical. Esse procedimento é conhecido como 5 IVT, Igual Velocidade de Trânsito (do inglês, ETR, equal transit rate). Normalmente, o amostrador não deve tocar o leito para não correr o risco de coletar sedimento de arrasto ANEEL,2000).

A amostragem de sedimento e fundo para determinação da granulometria foi realizada em cinco verticais. A coleta foi realizada em pote plástico (Fig. 3), buscando coletar os sedimentos de fundo com o mínimo possível de água, em cada amostra. As amostras coletadas foram armazenadas em saco plástico (Fig. 4) e posteriormente analisadas em laboratório.

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Figura 3. Amostrador pote de plastico.

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Figura 4. Amostra retirada do fundo.

        Por fim a amostragem da descarga sólida do sedimento de fundo foram feitas à vau, empregando o amostrador US BLM – 84 (Fig. 5) (Halley-Smith), com amostragem por integração, posicionando-o em 5 pontos contabilizando tempo de 3 minutos em cada posição.

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Figura 5. Amostrador US BLM - 84

Laboratório

Materiais:

 Balança;

 Peneiras;

 Dessecador;

 Sistema de Filtro;

 Estufa;

 Bomba;

 Vidrarias.

Lavaram-se os frascos com detergente, enxaguou-os e deixou-se secar ao ar livre. Introduziu-se no frasco 1ml de solução de sulfato de cobre 0,5 % para cada litro de amostra, para se evitar a proliferação de algas no frasco. Esta etapa foi realizada pela equipe do Laboratório Heros.

Após a chegada das amostras no laboratório conferiu-se e registrou-se as amostras, pesou-se os frascos para obtenção do volume da amostra; aguardou-se um período de 4 dias para decantação da amostra e secou-se os sedimentos de fundo.

Oito peneiras foram separadas para se realizar o peneiramento da amostra de fundo já seca. As peneiras foram as de numeração: 5/16´´, 5, 10, 18, 35, 60, 120, 230.

Realizou-se um peneiramento de 15 minutos, e em seguida pesou-se a massa retida em cada peneira. Os resultados obtidos neste teste a curva granulométrica serão apresentados no item 3.

Para a concentração de sedimentos em suspensão utiliza-se o método da evaporação, onde foi filtrada toda a amostra coletada em 4 cadinhos, e posteriormente postos na estufa e ser feita sua pesagem.

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