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Carta Pero Vaz Caminha

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Por:   •  5/6/2013  •  402 Palavras (2 Páginas)  •  1.120 Visualizações

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A Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada o primeiro documento da história do Brasil e marca o início da literatura no Brasil. É revestida das características estilísticas da literatura de viagem do Quinhentismo .

Neste período, o homem europeu vive a inquietação por causa da preocupação com a conquista material, resultante da política das Grandes Navegações, e a conquista espiritual, reflexo do movimento de Contra-Reforma.

O texto de Pero Vaz de Caminha tem a preocupação básica de informar, procurando transmitir o máximo possível de dados a respeito do que ocorria e do que o escrivão via, ouvia e sentia.

Trata-se de um relato minucioso da viagem da esquadra de Cabral ao Brasil, caracterizado pela literatura informativa, também camada de literatura dos viajantes ou dos cronistas, reflexo das grandes navegações, empenha-se de fazer um levantamento da nova terra, de sua flora, fauna, relevo, de sua gente. Denota a visão, as ambições e as intenções do homem europeu. É, portanto, uma literatura descritiva, sem grande preocupação literária.

Já nos primeiros parágrafos do trecho em estudo vemos o caráter simples da linguagem utilizada por Caminha, sem preocupação

com o rebuscamento da escrita, cuja intenção era mostrar à Coroa Portuguesa como a Terra encontrada poderia ser interessante financeiramente para Portugal. Vejamos:

“ Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.

Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me parece.”

Através do relato percebemos como os europeus ficaram admirados ao entrar em contato com a nova terra e com as pessoas totalmente desconhecidas ( índios), tendo em vista que o Brasil encontrado era totalmente diferente da Europa.

Num outro parágrafo e mostrado o propósito mercantilista da viagem , com a preocupação de apontar e explorar as riquezas brasileiras, Caminha fala do povo nativo, da necessidade de dominá-los a fim de explorá-los. Assim:

“E daqui mandou o Capitão a Nicolau Coelho

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