METODOLOGIAS ATIVAS NO CAMPUS DE UMA IES
Por: NSengin • 24/7/2021 • Artigo • 3.547 Palavras (15 Páginas) • 110 Visualizações
METODOLOGIAS ATIVAS NO CAMPUS DE UMA IES
ACTIVE LEARNING METHODOLOGIES IN THE CAMPUS OF A IES
Acimarney Correia Silva Freitas¹
Larissa Muniz Viana ²
Letícia Barbosa de Oliveira ³
Nathália de Melo Silva ⁴
¹ Docente de Direito. Instituto Federal da Bahia (IFBA). Mestre em Teologia. Email: acimarneysilva@ifba.edu.br
² Discente de Engenharia Civil. Instituto Federal da Bahia (IFBA). Email: engcivil.muniz19@gmail.com
³ Discente de Engenharia Elétrica. Instituto Federal da Bahia (IFBA). Email: leticia.barbosa.oliveira@gmail.com
⁴ Discente de Engenharia Elétrica. Instituto Federal da Bahia (IFBA). Email: engin.nms@gmail.com
RESUMO
Nas décadas mais recentes, a educação tem sido analisada de diversas formas, no intuito de compreender modificações que tragam mais desenvolvimento para as salas de aula. A crise epidemiológica gerada através da Covid-19, em 2020, trouxe também uma ampliação das ferramentas de ensino remoto. O objetivo deste artigo é verificar se estudantes de uma IES (Instituição de Ensino Superior) conhecem alguma metodologia ativa e se houve experiência deles em relação a elas neste período remoto, especificamente voltado para três delas, a Aprendizagem baseada em equipe (team-based learning – TBL), o Arco de Maguerez e a Aprendizagem Baseada em Problemas (problem-based learning – PBL). A metodologia utilizada envolve uma pesquisa quantitativa, com uma amostragem por acessibilidade, ou seja, os estudantes dos cinco cursos superiores existentes no Instituto Federal da Bahia (IFBA) campus Vitória da Conquista que estavam virtualmente disponíveis no momento da pesquisa. O questionário foi composto por cinco questões voltadas para quantificar o número de pessoas que entendem o que são metodologias ativas e se perceberam a utilização de alguma delas durante a graduação e também no ensino remoto emergencial. Os resultados obtidos demonstraram limitação de 68,2% dos estudantes no reconhecimento das metodologias ativas utilizadas como parâmetro, apresentado ainda a falta de contato com elas também durante o ensino remoto.
Palavras-chave: Metodologias Ativas. Educação. Ensino Remoto.
ABSTRACT
In the most recent decades, education has been analyzed in several ways, in order to understand changes that bring more development to the classrooms. The Covid-19 epidemiological crisis, in 2020, also brought the expansion of remote teaching tools. This paper aims to verify if students from an HEI (Higher Education Institution) know any active learning methodology and if they had any experience with them in this remote period, focusing especially on three of them, team-based learning - TBL), Arco de Maguerez and problem-based learning (PBL). The methodology used involves a quantitative research, with a sampling for accessibility, that is, students from the five higher courses existing at the Federal Institute of Bahia campus Vitória da Conquista who were virtually available at the time of the research. The questionnaire consisted of five questions aimed to quantify the number of people who understand what active learning methodologies are and whether they perceived the use of any of them during graduation and also in remote emergency teaching. The results obtained showed a limitation of 68.2% of the students in the recognition of the active learning methodologies used as a parameter, also showing the lack of contact with them during remote teaching.
Keywords: Methodologies. Education. Remote Teaching.
1 INTRODUÇÃO
As metodologias ativas surgiram na década de 80, a qual os métodos de ensino se davam de forma tradicional através da apresentação oral por parte do docente. Visando uma forma de maior interação e postura ativa dos alunos, esses novos métodos de aprendizagem fazem com que o aluno seja responsável em seu processo de aprender buscando assumir uma postura ativa autonomia ao aprender.
Com o passar dos anos a necessidade de um ensino inovador e de qualidade foi se fazendo cada vez mais indispensável para a formação dos discentes e aprimoramento ao ensinar por parte dos docentes e as metodologias ativas se fizeram de suma importância para que o resultado de um ensino inovador fosse alcançado. Três destas metodologias mais usuais são a Aprendizagem baseada em equipe (team-based learning – TBL), o Arco de Maguerez e a Aprendizagem Baseada em Problemas (problem-based learning – PBL), ao qual se dão de forma diferente, mas com um objetivo em comum, ensinar com o intuito de transformar discentes e docentes ao receber conhecimento e transmitir o mesmo.
A Aprendizagem baseada em equipe (team-based learning – TBL), desenvolvido nos anos 1970 pelo professor Larry Michaelsen, da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, esta consiste em uma aprendizagem colaborativa, onde é composto por equipes ao qual são desenvolvidas atividades em diversos cursos diferentes, com os principais passos sendo a preparação, garantia de preparo e a aplicação de conceitos e com a possibilidade de participação de uma quantidade significativa de alunos. O docente se torna mediador de conhecimento e gerenciador dos grupos.
O Arco de Maguerez surgiu a partir do francês Charles Maguerez, em 1970, esta metodologia do arco baseia-se em cinco etapas, sendo elas: Observação da realidade e definição de um problema; Pontos-chave; Teorização; Hipóteses de solução e Aplicação à realidade. Em um ambiente escolar, o professor disponibiliza um problema onde procura-se analisar todos os elementos da situação e seguindo as etapas, os alunos desenvolvem uma capacidade de resolver problemas mediante a várias hipóteses.
A Aprendizagem Baseada em Problemas (problem-based learning – PBL) é uma aquisição de conhecimento por meio da resolução de acontecimentos, ao qual os discentes são protagonistas da aprendizagem, adquirindo autonomia na absorção do conhecimento e os docentes conduzem os estudantes, fazem a mediação das bases de aprendizagem e ambos são unidos pela busca de conhecimento. De acordo com Mamede (2001), o método da ABP se configura como uma estratégia educacional e uma filosofia curricular, em que os discentes autodirigidos constroem o conhecimento de forma ativa e colaborativa e aprendem de forma contextualizada, apropriando-se de um saber com significado pessoal.
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