Metodologias Ativas no ensino de Ciências: uma experiência com Peer Instruction
Por: Gabi420 • 3/10/2016 • Projeto de pesquisa • 2.050 Palavras (9 Páginas) • 1.053 Visualizações
PROJETO
Metodologias Ativas no ensino de Ciências: uma experiência com Peer Instruction
ESCOLA: E. M. E. F. Prof°. Juvenal da Costa e Silva
EQUIPE:
- Supervisor: Expedicto Ribeiro de Carvalho Junior;
- Bolsistas: Amanda Cunha Pires;
Bruna Corrêa da Silva;
Daniela Maria de Siqueira Moreira;
Gabriela Alves Ponte;
Paulo Dimas de Campos Silva
TURMA: O projeto visa atender a uma turma de sétimo ano de uma escola da rede pública municipal de ensino de Taubaté-SP, num universo de 35 alunos atendidos.
TEMA: Metodologias ativas de aprendizagem
CONTEUDOS:
- Sétimo ano – Biomas brasileiros.
INTRODUÇÃO
As metodologias ativas estão em foco, sobretudo porque partem da premissa de que o estudante não é um ser passivo, ouvinte e que o conhecimento não é estático, pronto acabado, universal e imutável. O conhecimento é, ao contrario, dinâmico e está sendo construído pela humanidade numa relação de dialogismo sócio-cultural-construtiva. Nesse aspecto, o estudante é importante no processo ensino aprendizagem e ocupa posição de destaque no debate que se estabelece atualmente, sobretudo em relação ao deslocamento do foco do ensino e aprendizagem do professor para os alunos e as relações que estes estabelecem entre si e com o professor. (KLUKIEWCZ, 2007). Este novo papel do professor, não diminui a importância deste no processo de aprendizagem, mas, ao contrário, o torna mais relevante e efetivo ao acompanhar a aprendizagem e não transmitir o conhecimento. Tal concepção de construção/recosntrução de conhecimento por parte do aluno alinha-se ao que preconizam os Parâmetros curriculares Nacionais (PCN), quando estes estabelecem os Quatro pilares da educação: o aprender a aprender, o aprender a fazer, o aprender a viver e a conviver e o aprender a ser. (PCN, 2002)
As metodologias ativas tornam o aluno protagonista do seu próprio aprendizado, tirando o foco do professor que seria então o orientador e mediador entre a informação e o aluno, buscando desenvolver autonomia e o potencial de despertar a curiosidade à medida que os alunos trazem novos conceitos sobre a teorização ministrada em aula. (OLIVEIRA, 2012). São consideradas metodologias ativas, ou de aprendizagem ativa, as metodologias de: aprendizagem cooperativa, a aprendizagem baseada em problemas e a aprendizagem em pares (peer instruction). ((ROCHA; LEMOS, 2014).
A metodologia peer instruction é uma metodologia ativa de aprendizado que aplica conceitos e discussão entre alunos com o objetivo de tornar o aluno proativo e corresponsável pelo processo de ensino e aprendizagem. (PINTO et al., 2012)
Para Silva, Figueiredo e Rodrigues (2014) essa metodologia está fundamentada na aprendizagem entre pares em que os estudantes, com base no conhecimento inicial acerca de determinado assunto trocam saberes e experiências vivenciadas promovendo uma aprendizagem mais interativa, cooperativa, proativa, conspirando para a promoção da autonomia e ao mesmo tempo corroborando para a inserção social do estudante, em suma auxiliar a efetivar o estudante enquanto cidadão.
A metodologia Peer Instruction, também conhecida como instrução por colegas, é uma metodologia desenvolvida e proposta em 1991 pelo professor de física da Universidade de Harvard, nos EUA, Eric Mazur. (OLIVEIRA, 2012). O Objetivo principal da metodologia é fazer com que os estudantes sejam engajados no processo ensino aprendizagem e apreendam mais e melhor os conceitos de física. Nesta metodologia, os testes conceituais promovem discussões e debates sobre os conceitos e conteúdo. Durante a discussão, cada estudante pode expor suas idéias acerca dos conceitos em estudo. (ROCHA, LEMOS, 2014).
Para Crouchetal (2007), a metodologia do Peer Instruction, tem como característica a capacidade de envolver os estudantes durante a aula por meio de atividades que lhes possibilitam a aplicação dos conceitos fundamentais da área de estudo em questão, por meio da interação professor-estudante e estudante-estudante. Esta ultima justifica o nome da metodologia instrução pelos pares. Na metodologia, os estudantes são estimulados ao aprender a aprender e por meio das interações, passam a explicar os conceitos ou justificar uns ao outros as razões de suas respostas aos testes. Desta forma, a dinâmica permite que os estudantes saiam do seu desenvolvimento real e por força da proximidade cultural entre os estudantes e deles com o professor, maximizam o processo de construção do conhecimento pelos estudantes, conforme sugere o mencionado conceito vygotskiano de Zona de Desenvolvimento Proximal.
OBJETIVOS
GERAL
Fomentar a participação ativa dos educandos no processo de ensino-aprendizagem com vistas a contribuir para uma mudança de eixo na relação professor-aluno, em que os alunos passam a ser agentes do seu próprio aprendizado;
ESPECÍFICOS
- Usar a ferramenta Peer Instruction para facilitar o aluno conseguir êxito na tarefa de aprender a aprender;
- Compreender as características (fauna e flora) dos biomas brasileiros, sobretudo da região do Vale do Paraíba;
- Valorizar a autonomia do educando por meio da aprendizagem por pares;
JUSTIFICATIVA
O Peer instruction é uma metodologia que procura desenvolver um modo ativo de aprendizado, em que o aluno se torna corresponsável pelo aprendizado, isso não significa abandonar o método tradicional de ensino -assim denominado por uma concepção de ensino em que as aulas são essencialmente expositivas, ficando a cargo do professor repassar os conhecimentos e exigindo dos estudantes a assimilação e a reprodução literal dos conteúdo - mas explorar outras formas de ensino para concretização da atuação do ensino e aprendizagem. (MULLER, 2013). Para Pinto, Bueno e Silva (2012), investigar essa metodologia e sua aplicação no ensino fundamental é relevante, pois permite contribuir para o debate que se estabelece nas escolas e na sociedade, sobretudo no que tange ao ensino e a aprendizagem e a relação desta com a formação social do estudante cidadão. Outro aspecto recai sobre o sucesso desta metodologia em outros níveis e modalidades de ensino, mas em especial, no ensino fundamental, poucas experiências foram identificadas na literatura.
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