Manejo e Controle
Por: LAUGFERR • 25/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.500 Palavras (6 Páginas) • 273 Visualizações
MANEJO E CONTROLE
Controles e manejos
De acordo com os princípios ergonômicos, as máquinas são consideradas como prolongamento do homem. Uma boa adaptação homem-máquina contribui para reduzir os erros, fadiga e acidentes. Do conceito de “prolongamento do homem”, as máquinas devem ser concebidas respeitando as características humanas, especialmente quando se usam mãos ou pés para acionar as ferramentas e as máquinas.
Tipos de Movimentos de Controle Acionamento com as mãos ou pés
• Preferência à mão nos serviços de acionamento que envolve precisão.
• Para os pés são reservados os acionamentos que envolvem aplicação de maior força física.
Adequação dos controles ao homem
A condição básica a obedecer em projetos de manejo e controle é respeitar os movimentos naturais do corpo humano. Nossos corpos são dotados de alavancas articuladas, cuja característica é a execução de movimentos curvilíneos.
Da tabela de Princípios de Economia dos Movimentos, estudada pelo casal Frank e Lílian Gilbreth e posteriormente adaptada por Barnes (1977), pode destacar algumas características inerentes ao manejo e controle de máquinas: O corpo tem dificuldade de realizar movimentos retilíneos, assim, deve se preferir movimentos curvilíneos.
As mãos devem executar movimentos rítmicos, trajetórias curvas e
contínuas devendo-se evitar mudanças bruscas de direção ou paradas
repentinas.
Os movimentos com dois braços devem ser feitos em direções opostas
e simétricas, preterindo-se movimentos simultâneos no mesmo sentido
Estereótipos populares
É o movimento esperado pela maioria da população. Por exemplo, um botão liga deve ter o movimento giratório para direita, sentido horário. E um botão liga-desliga deve ter o movimento para cima para se ligar.
O estereótipo pode ser inato ou adquirido.
Veja as constatações:
Entre criança com 5 anos, 70% são populares entre adultos com 20 anos, 87% populares. Movimentos que seguem estereótipos populares SÃO compatíveis, movimentos que não seguem estereótipos populares incompatíveis.
Movimentos Compatíveis e Incompatíveis
Os movimentos de controle compatíveis seguem o estereótipo popular e são aqueles cuja aprendizagem é mais rápida e os movimentos são realizados com mais rapidez e confiabilidade.
Os movimentos de controle incompatíveis se comportam contrariamente a essa regra. Um grupo que é obrigado a “viver” na incompatibilidade de movimentos é o canhoto, pois apesar de serem 10% da população, dado significativo, todos os projetos são feitos para destros.
Ergonomia
De acordo com Pheasant (1997 apud MORAES; MONT’ ALVÃO, 2000), a “Ergonomia é a ciência que objetiva adaptar o trabalho ao trabalhador e o produto ao usuário”. Segundo Vidal (2004), a prática da ergonomia visa alterar o sistema de trabalho ajustando a atividade existente às características, habilidades e restrições do homem em relação à execução, desempenho eficaz, cômodo e livre de perigo. Para Dul e Weerdmeester (2004), a ergonomia tornou-se mais forte durante a Segunda Guerra Mundial, quando se iniciou a mobilização harmonizadora de várias tecnologias e ciências humanas, como a Fisiologia, Psicologia, Antropologia, Medicina e o esforço de engenheiros em prol do desenvolvimento bélico.
A indústria aproveitou essa nova fusão de conhecimentos e de informações aplicando-os em sua linha de produção, que na seqüência trouxe conforto para a vida cotidiana. Estando consolidada a ergonomia na indústria, nasce na Europa, em 1947, a Ergonomics Research Society e, dessa consolidação, surge a Human Factors Engineering ou HFE, que segue a prática da Ergonomia em uso civil, segundo relato de Vidal (2004).
Com a utilização da ergonomia na atividade civil, Iida (2005) comenta que essa nova ciência deve ter como objetivo, aspectos do comportamento humano e outros fatores como, por exemplo: homem: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do trabalhador, influência de sexo, idade, treinamento e motivação. máquina: todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações. ambiente: as características físicas que envolvem o homem durante o trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros. informação: as comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões. organização: a conjunção dos elementos acima citados no sistema produtivo, incluindo se aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes. conseqüências do trabalho: as questões de controle como tarefas de inspeções, estudos dos erros e acidentes, além dos estudos sobre gastos energéticos, fadiga e “strees”.
Em conseqüência da evolução tecnológica, as máquinas se tornaram mais rápidas, precisas, confiáveis e “inteligentes” e, por isso, os operadores precisam ter maior conhecimento sobre os novos equipamentos, sobre seu trabalho e sobre o processo que está envolvido neste contexto (IIDA, 2005).
Posto de Trabalho
Para Laville (1977), o posto de trabalho faz parte da composição do sistema. A tarefa de um operador depende de tarefas realizadas por outros operadores; quando é necessário o trabalho em equipe exige que um operador execute outras tarefas em outros postos de trabalho.
O mesmo autor afirma da contribuição da ergonomia, a qual tem como abrangência, o método da análise de um sistema. A definição de sistema - homem - máquina, segundo Grandjean (1998), é “a relação de reciprocidade entre a máquina e o ser humano que a opera”. De acordo com Dul e Weerdmeester (2004), é a partir da comunicação entre estes elementos que se dá o processo de decisão, o qual tem-se tornado cada vez mais rápido.
Para Grandjean (1998), o sistema insere o homem em um ciclo fechado entre o homem e a máquina, se cujas etapas são: perceber a indicação do mostrador na máquina, interpretar os dados, refletir para a tomada de decisão, executar uma tarefa de manuseio do controle, verificar no indicador do controle se a alteração feita está correta, observar a produção e visualizar o resultado no mostrador da máquina.
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