Manutenção Da máquina Feeler Modelo VMP 40a
Dissertações: Manutenção Da máquina Feeler Modelo VMP 40a. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 21/3/2014 • 6.583 Palavras (27 Páginas) • 1.382 Visualizações
DADOS GERAIS
Nomes dos Estudantes:
Alexandre Venturi
Curso Técnico: Mecânica
Professor Orientador:
Geovane Bitencourt
Início: 08/03/2012 Término: 13/06/2012
Carga Horária:
Título do Trabalho: Manutenção da máquina Feeler modelo VMP 40a
Introdução
1 INTRODUÇÃO
A manutenção é a "alma" dos setores produtivos empresariais. De fato, sem a manutenção das
máquinas e equipamentos não é possível cumprir os cronogramas de fabricação, nem obter
produtos de qualidade, além de outros fatores que favorecem a empresa que mantém em dia a
manutenção de seus instrumentos e máquinas produtivas.
Desta forma, a busca pela melhoria contínua é uma abordagem global no desenvolvimento dos
negócios que estabelece um programa integrado, através do qual uma companhia, para obter
inovações contínuas, prioriza uma melhor liderança de pessoal e o melhor gerenciamento dos
processos nos negócios.
1.1 JUSTIFICATIVA
A manutenção tem um papel muito importante dentro das empresas, pois se tivermos uma única
máquina que esteja parada por falta de manutenção, podemos deixar de entregar algum pedido
para os nossos clientes, e isso afeta diretamente a imagem da empresa, por este e outros
motivos à manutenção é de suma importância para a indústria.
No processo de usinagem são utilizados fluídos de corte que tem a função realizar a lubrificação
das peças e reduzir o atrito e desgaste nas peças que estão sendo usinadas, e para que o
processo seja feito de forma adequada deve-se escolher o fluído mais adequado para cada tipo
de operação que será realizada, assim consegue-se garantir a qualidade final das peças e a
redução do desgaste das ferramentas.
1.2 OBJETIVO GERAL
Elaborar o plano de manutenção da máquina CNC (Comando Numérico Computadorizado)
marca Feeler.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pesquisar assuntos relacionados à manutenção;
Conhecer os tipos de manutenção;
Saber da importância da manutenção na indústria;
Demonstrar a função dos fluídos de corte nas máquinas;
Realizar manutenções nas máquinas CNC (Comando Numérico Computadorizado) marca
Feeler.
Embasamento teórico para a resposta
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO
A conservação de instrumentos e ferramentas é uma prática observada, historicamente, desde
os primórdios da civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção das primeiras
máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função manutenção emerge.
Naquela época, aquele que projetava as máquinas, treinava as pessoas para operarem e
consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até então, o operador era o
mantenedor - mecânico. Somente no último século, quando as máquinas passam a serem
movidas, também, por motores elétricos, é que surge a figura do mantenedor eletricista.
Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e qualquer equipamento,
ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas de paz, ou em combates militares nos
tempos de guerra, houve a conseqüente evolução das formas de manutenção.
Na era moderna, após a Revolução Industrial, Fayol propõe seis funções básicas na empresa,
destacando a função técnica, relacionada com a produção de bens ou serviços, da qual a
manutenção é parte integrante.
"O termo "manutenção" tem sua origem no vocábulo militar, cujo sentido era "manter, nas
unidades de combate, o efetivo e o material num nível constante". É evidente que as
unidades que nos interessam aqui são as unidades de produção, e o combate é antes de
tudo econômico. O aparecimento do termo "manutenção" na indústria ocorreu por volta do
ano 1950 nos Estados Unidos da América. Na França, esse termo se sobrepõe
progressivamente à palavra "conservação"." (MONCHY 1996, p.26).
O consumidor - industrial ou privado - tinha de se contentar em escolher apenas os produtos ou
serviços oferecidos localmente. Os produtos que incorporavam a tecnologia mais moderna e
melhor qualidade, que eram vendidos no exterior a preços mais baixos que os entrados no
mercado local, estavam fora do seu alcance, pois as barreiras à importação eram quase
intransponíveis.
E a competição, mola do desenvolvimento, estimuladora da eficiência e controladora dos preços
no mercado, se limitava aos fabricantes locais, todos sujeitos as essas mesmas limitações.
Assim, as nossas indústrias, para recuperarem os atrasos tecnológicos e de produtividade,
precisam de mudanças técnicas e administrativas urgentes em todos os seus setores. A
manutenção, por sua vez, tem que ser moderna e eficiente, acompanhando o ritmo de todo este
processo de desenvolvimento tecnológico, e antes de se tornar mais um obstáculo aos meios
produtivos, ela deve buscar sempre as melhores soluções, procurando tornar o conjunto mais
ágil e dinâmico, porque o seu papel é o de suporte da produção.
"Vivemos hoje na América Latina, e muito particularmente no Brasil, uma era de grandes
mudanças em praticamente todos os campos e atividades. Vivemos profundas
transformações políticas com o fim dos regimes ditatoriais e a substituição destes governos
por governos democráticos, em que as pessoas escolhem livremente os seus
representantes. Experimentamos uma radical mudança do modelo econômico, com o fim
dos mercados fechados e cartelizados. (MULLER 2004, p.32).
2.2 O HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DA MANUTENÇÃO
Segundo Tavares (1998, p. 45), a história da manutenção acompanha o desenvolvimento técnico
industrial da humanidade. No fim do século XIX, com a mecanização das indústrias, surgiu a
necessidade dos primeiros reparos. Até 1914, a manutenção tinha importância secundária e era
executada pelo mesmo efetivo de operação. Com o advento da primeira guerra mundial e a
implantação da produção em série, instituída por Ford, as fábricas passaram a estabelecer
programas mínimos de produção e, em conseqüência, sentiram necessidade de criar equipes
que pudessem efetuar reparos em máquinas operatrizes no menor tempo possível.
Assim, surgiu um órgão subordinado à operação, cujo objetivo básico era de execução da
manutenção, hoje conhecida como manutenção corretiva. Esta situação se manteve até a
década de 30, quando, em função da segunda guerra mundial e da necessidade de aumento de
rapidez de produção, a alta administração industrial passou a se preocupar, não só em corrigirem
falhas, mas evitar que elas ocorressem, e o pessoal técnico de manutenção passou a
desenvolver o processo de prevenção de avarias que, juntamente com a correção, completavam
o quadro geral de manutenção, formando uma estrutura tão importante quanto a de operação.
Por volta de 1950, com o desenvolvimento da indústria para atender aos esforços pós-guerra, a
evolução da aviação comercial e da indústria eletrônica, os gerentes de manutenção observaram
que, em muitos casos, o tempo gasto para diagnosticar as falhas era maior do que o despendido
na execução do reparo, e selecionaram equipes de especialistas para compor um órgão de
assessoramento que se chamou Engenharia de Manutenção e recebeu os encargos de planejar
e controlar a manutenção preventiva e analisar causas e efeitos das avarias e os organogramas
se subdividiram.
A partir de 1966, com a difusão dos computadores e a sofisticação dos instrumentos de proteção
e medição, a engenharia de manutenção passou a desenvolver critérios de predição ou previsão
de falhas, visando à otimização da atuação das equipes de execução de manutenção. Esses
critérios, conhecidos como manutenções preditiva ou previsiva, foram associados aos métodos
de planejamento e controle de manutenção automatizado, reduzindo os encargos burocráticos
dos executantes de manutenção.
Estas atividades acarretaram o desmembramento da engenharia de manutenção que
passou a ter duas equipes: a de estudos de ocorrências crônicas e a de PCM -
Planejamento e Controle de Manutenção, esta última com a finalidade de desenvolver,
programar e analisar os resultados dos sistemas automatizados de manutenção
(TAVARES, 1998, p. 27).
Segundo Brito e Pereira (2003, p.42), a globalização da economia mundial leva a um constante
aumento na competitividade organizacional. Isto coloca em contraste idéias e concepções que
aumentam a produtividade, garantindo a qualidade e redução dos custos às organizações.
Portanto, a utilização de sistemas de gestão eficientes que possam potencializar a utilização dos
recursos nos processos produtivos se traduz como condição sine quan on à performance
organizacional.
A manutenção tem procurado novos modos de pensar, técnicos e administrativos, já que as
novas exigências de mercado tornaram visíveis as limitações dos atuais sistemas de gestão
(MOUBRAY, 1996, p.32).
Para Mirshawka (1993, p.29), o termo "classe mundial" significa para um fabricante ter as
condições para competir em qualquer lugar do mundo oferecendo produtos com qualidade e com
preços atrativos, prazos de entrega e ser reconhecido como um fornecedor confiável.
Que a manutenção é uma atividade, meio do processo produtivo que alicerça Segundo os
conhecidos fabricantes de classe mundial, cujos produtos competem nos mercados
domésticos, bem como nos mercados que se localizam além de suas próprias fronteiras
(MIRSHAWKA, 1993, p. 33).
Segundo Xavier (2003, p.45) considera bastante adequado a seguinte classificação em função
dos tipos de manutenção sendo bastante atualizado em relação à norma ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Manutenção corretiva é a atuação para correção de falha ou do
desempenho menor que o esperado. É oriundo da palavra "corrigir". Pode ser dividida em duas
fases:
Manutenção corretiva não planejada - correção da falha de maneira aleatória, ou seja, é a
correção da falha ou desempenho menor que o esperado após a ocorrência do fato. Esse tipo de
manutenção implica em altos custos, pois, causa perdas de produção e, em conseqüência, os
danos aos equipamentos é maior;
Manutenção corretiva planejada - é a correção que se faz em função de um acompanhamento
preditivo, detectivo ou até mesmo pela decisão gerencial de se operar até ocorrer à falha. "Pelo
seu próprio nome planejado", indica que tudo o que é planejado, tende a ficar mais barato, mais
seguro e mais rápido.
Manutenção Preventiva - é a atuação realizada para reduzirem falhas ou queda no desempenho,
obedecendo a um planejamento baseado em períodos estabelecidos de tempo.
De acordo com Xavier (2003, p.26) um dos segredos de uma boa preventiva está na
determinação dos intervalos de tempo. Como, na dúvida, temos a tendência de sermos mais
conservadores, os intervalos normalmente são menores que o necessário, o que implicam
paradas e troca de peças desnecessárias;
Manutenção Preditiva - é um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou
parâmetros que indicam o desempenho dos equipamentos, de modo sistemático, visando a
definir a necessidade ou não de intervenção.
Segundo Xavier (2003, p.38) quando a intervenção, fruto do acompanhamento preditivo, é
realizado, fazendo uma Manutenção Corretiva Planejada. Esse tipo de manutenção é conhecido
como CBM (CONDITION BASED MAINTENANCE) ou manutenção baseada na condição. Essa
manutenção permite que os equipamentos operem por mais tempo e a intervenção ocorre com
base em dados e não em suposições;
Manutenção Detectiva - é a atuação efetuada em sistemas de proteção ou comando, buscando
detectarem falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção.
Um exemplo clássico é o circuito que comanda a entrada de um gerador em um hospital.
Se houver falta de energia e o circuito tiver uma falha o gerador não entra. À medida que
aumenta a utilização de sistemas automatizados nas operações, o mais importante e mais
utilizado será, garantindo a confiabilidade dos sistemas (XAVIER, 2003, p. 27);
2.3 EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO
Originalmente, a manutenção é uma atividade que deve ser executada, em sua totalidade, pela
própria pessoa que opera, sendo este o seu perfil ideal. Antigamente havia muitos casos assim.
Entretanto, com a evolução da tecnologia o equipamento tornou-se de alta precisão e
complexidade, e com o crescimento da estrutura empresarial foi sendo introduzido o PM -
Manutenção Preventiva - no estilo americano, e a função de manutenção foi sendo
gradativamente dividida, e alocada a setores produtivos.
Além disso, com a evolução da tecnologia no pós-guerra, foram sendo instalados novos
equipamentos e vigorosas inovações foram sendo executadas. Por outro lado, para corresponder
à solicitação de aumento de produção, o departamento operacional passou a dedicar-se somente
à produção, não restando alternativa ao departamento de manutenção senão se responsabilizar
por quase todas as funções de manutenção.
Em outras palavras, esta separação da produção e manutenção perdurou por um longo período.
Desta forma, não se pode afirmar que nesta época o equipamento estivesse sendo utilizado de
maneira eficiente. Mas levando-se em consideração a passagem para uma era de evolução da
alta tecnologia, foi um fato inevitável para fazer face às inovações tecnológicas, ao investimento
em equipamentos e ao incremento da produção.
Porém, à medida que se passava para uma etapa de desaceleração de crescimento econômico,
começava-se a exigir das empresas cada vez mais a competitividade e redução de custos,
aprofundando o reconhecimento de que um dos pontos decisivos seria a busca da utilização
eficiente dos equipamentos já existentes, até o limite.
Por essa razão, a manutenção autônoma, que tem como núcleo a atividade de "prevenção da
deterioração", tem incrementado a sua necessidade como função básica da atividade de
manutenção.
2.4 IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO
Na atualidade, diante do fenômeno da globalização, a manutenção passa a ser enfocada sob a
visão da Gestão de Qualidade e Produtividade.
"Atividades auxiliares referem-se ao trabalho que não agrega valor aos produtos, porém é
necessário para dar suporte ao trabalho efetivo". São atividades que apóiam as produtivas,
sendo indispensáveis para que as máquinas possam se manter sempre em bom
funcionamento, (BORNIA 2006, p.35).
Manutenção, preparação de equipamentos, engenharia industrial, PCP, etc., fazem parte desta
categoria." O gerenciamento destas atividades deve ser o mais adequado possível, para tornar o
seu custo tolerável. O departamento de manutenção tem importância vital no funcionamento de
uma indústria. Pouco adianta o administrador de produção procurar ganho de produtividade se
os equipamentos não dispõem de manutenção adequada. À manutenção cabe zelar pela
conservação da indústria, especialmente de máquinas e equipamentos, devendo antecipar-se
aos problemas através de um contínuo serviço de observação dos bens a serem mantidos. O
planejamento criterioso da manutenção e a execução rigorosa do plano permitem a fabricação
permanente dos produtos graças ao trabalho contínuo das máquinas, reduzindo ao mínimo as
paradas temporárias da fábrica. Esta é a colocação de Rocha.
2.5 DEFINIÇÕES DE TIPOS DE MANUTENÇÃO
2.5.1 Manutenção corretiva
É a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em
condições de executar uma função requerida;
Segundo Viana (2003, p.33), "manutenção corretiva é a atividade que existe para corrigir falhas
decorrentes dos desgastes ou deterioração de máquinas ou equipamentos. São os consertos
das partes que sofreram a falha, podendo ser: reparos, alinhamentos, balanceamentos,
substituição de peças ou substituição do próprio equipamento."
Conforme Harding (2005, p.23) "manutenção corretiva é o trabalho de restaurar um equipamento
para um padrão aceitável".
Podemos citar entre as vantagens e desvantagens da Manutenção Corretiva o seguinte:
Vantagens:
Não exige acompanhamentos e inspeções nas máquinas.
Desvantagens:
As máquinas podem quebrar-se durante os horários de produção;
As empresas utilizam máquinas de reserva;
Há necessidade de se trabalhar com estoques
2.5.2 Manutenção preventiva
É a manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos,
destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item.
Segundo Viana (2003, p.56), manutenção preventiva é uma filosofia, uma série de
procedimentos, ações, atividades ou diretrizes que podem, ou não, ser adotados para se evitar,
ou minimizar a necessidade de manutenção corretiva. Adotar a manutenção preventiva significa
introduzir o fator qualidade no serviço de manutenção."
Na análise que faz a Knight Wendling Consulting AG manutenção preventiva é Inspeção, ou seja,
"métodos preventivos para detectar com antecedência danos ou distúrbios que estão se
desenvolvendo, e assim impedir paradas não planejadas."
Conforme Harding (2005, p.53) "manutenção preventiva é o trabalho destinado à prevenção da
quebra de um equipamento".
Dentre as definições ora expostas a de Viana parece ser a mais completa, pois além de
contemplar as demais, acrescenta: "introduzir o fator qualidade no serviço de manutenção".
Na Manutenção Preventiva observamos vantagens e desvantagens conforme abaixo:
Vantagens:
Assegura a continuidade do funcionamento das máquinas, só parando para consertos em
horas programadas;
A empresa terá maior facilidade para cumprir seus programas de produção.
Desvantagens:
Requer um quadro (programa) bem montado;
Requer uma equipe de mecânicos eficazes e treinados;
Requer um plano de manutenção.
2.5.3 Manutenção preditiva
São as manutenções que permitem garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na
aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados
ou de amostragem para reduzir a um mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção
corretiva.
Entre todos os tipos de manutenção nenhuma modalidade substitui outra, porém associadas uma
da outra, trarão resultados positivos em termos de performances gerais nas gestões.
A adoção da manutenção preditiva, na concepção de Vaz (1997, p.39), leva a supor que seja a
solução ideal para as falhas e defeitos nas máquinas e equipamentos, pois ela consiste em
interferir na máquina para providenciar manutenção eficaz, no momento adequado. Tal momento
é estabelecido mediante estudo e monitoramento cuidadosos dos vários elementos que intervêm
no processo de operação, visando detectar a iminência de uma falha.
A utilização desta técnica de manutenção preditiva é a grande quebra de paradigma nos tipos de
manutenção. Mirshawka (1991, p.56) aponta entre seus maiores benefícios: previsão de falhas
com antecedência suficiente para que os equipamentos sejam desativados em segurança,
reduzindo os riscos de acidentes e interrupções do sistema produtivo; redução dos prazos e
custos de manutenção pelo conhecimento antecipado das falhas a serem reparadas; melhoria
nas condições de operação dos equipamentos no sentido de obter menor desgaste, maior
rendimento e produtividade.
Segundo Viana (2003, p.45), "manutenção preditiva é a monitoração ou acompanhamento
periódico do desempenho e/ou deterioração de partes das máquinas. A finalidade é fazer-se a
manutenção somente quando e se houver necessidade. Caso contrário, mexer na máquina o
mínimo possível: o homem introduz o defeito."
Tavares menciona: "Entende-se por controle preditivo de manutenção, a determinação do ponto
ótimo para executar a manutenção preventiva num equipamento, ou seja, o ponto a partir do qual
a probabilidade de o equipamento falhar assume valores indesejáveis."
Monchy (1989, p.32) para a manutenção preditiva, escreve que "a manutenção de condição é
uma forma evoluída da preventiva, colocando o material "sob supervisão contínua"".
Mirshawka (1991, p.48) coloca a manutenção preditiva como "a manutenção preventiva baseada
no conhecimento do estado/condição de um item, através de medições periódicas ou contínuas
de um ou mais parâmetros significativos. A intervenção de manutenção preditiva busca a
detecção precoce dos sintomas que precedem uma avaria. São denominações equivalentes:
manutenção baseada na condição ou manutenção baseada no estado ou manutenção
condicional."
Como pode ser visto, de uma forma ou outra, mais ou menos detalhadas, as definições dos
autores convergem para pontos de vista semelhantes.
Na Manutenção Preditiva as vantagens e desvantagens são:
Vantagens:
Aproveita-se ao máximo a vida útil dos elementos da máquina, podendo-se programar a
reforma e substituição somente das peças comprometidas.
Desvantagens:
Requer acompanhamentos e inspeções periódicas, através de instrumentos específicos de
monitoração.
Requer profissionais especializados
2.6 FLUIDOS DE CORTE
As principais funções dos fluidos de corte na usinagem são: realizar a lubrificação com o objetivo
de reduzir o calor gerado pelo atrito, diminuir o desgaste e o consumo de energia e ainda
proporcionar um melhor acabamento na peça final; quanto à refrigeração, esta tem a função de
eliminar o calor sem permitir que ocorram alterações dimensionais nas peças, bem como
promover a expulsão dos cavacos metálicos gerados na usinagem e por fim proteger máquinas e
ferramentas contra a corrosão atmosférica.
A Utilização de fluido de corte na usinagem dos materiais foi introduzida por F. W. Taylor
em 1883. Inicialmente Taylor utilizou água para resfriar a ferramenta, depois uma solução
de água e soda, ou água e sabão para evitar a oxidação da peça e/ou da ferramenta.
(DINIZ, MARCONDEZ e COPPINI, 2003, p.25).
Dentro do processo de usinagem o fluído de corte tem uma função de introduzir uma melhoria no
processo, essa melhoria poderá ser de caráter funcional ou de caráter econômico.
As melhorias de caráter funcional são aquelas que facilitam o processo de usinagem, conferindo
a este um desempenho melhor. Entre estas melhorias distinguem-se:
Redução do coeficiente de atrito entre a ferramenta e o cavaco;
Expulsão do cavaco da região de corte;
Refrigeração da ferramenta;
Refrigeração da peça de usinagem;
Melhor acabamento superficial;
Refrigeração da máquina/ferramenta.
As melhorias de caráter econômico são aquelas que levam a um processo de usinagem mais
econômico. Entre elas podemos destacar:
Redução do consumo de energia de corte;
Redução do custo da ferramenta na operação;
Em 1868, W. H. Northcott escreveu sobre o significativo aumento na produtividade causado pelo
uso de fluidos durante o corte dos materiais (Schroeter 1989 e Weingaertner e Schroeter 2000).
Em 1883, F. W. Taylor mostrou que se poderia aumentar a velocidade de corte em 30% a 40%,
utilizando água como fluido de corte. Porém, uma desvantagem da água é o fato dela causar
corrosão nos materiais ferrosos. Surgiram misturas contendo óleos graxos e minerais, com o
intuito de reduzir o atrito entre a ferramenta e a peça. Entretanto, os óleos integrais, em virtude
de sua grande lubricidade, reduzem o atrito entre a ferramenta e o cavaco, porém havendo
pouca refrigeração. Na tentativa de aliar as qualidades de refrigeração e lubrificação, as
emulsões e soluções foram desenvolvidas. Estas misturas (óleo e água) oxidam menos os
materiais (peça e máquina) e apresentam poder lubrificante (SALES 1999, p.31).
Devido às pressões de agências de proteção ambiental e de saúde, associado às legislações, os
fluidos atuais são menos nocivos. Eles devem apresentar boas propriedades para o seu trabalho,
mas em contrapartida devem ser facilmente descartados, para o seu tratamento e retorno ao
meio ambiente.
Os fluidos de corte podem ter aumentada a sua vida com a implementação de um eficiente
programa de gerenciamento, que garante o desempenho adequado ao fluido (WEINGAERTNER,
SCHROETER 1996, p.32).
2.6.1 Funções dos Fluidos de Corte
A principal função dos fluidos de corte é de controlar a temperatura durante a usinagem, através
da refrigeração e lubrificação (IOWA WASTE REDUCTION 1996, p.89). A refrigeração é usual
em altas velocidades de corte, enquanto a lubrificação apresenta maior significado em baixas
velocidades de corte e usinagem mais severas (SALES 1999, p.78). Com altas velocidades de
corte não há tempo para o fluido penetrar na interface cavaco-ferramenta; e a baixas velocidades
de corte a refrigeração é menos importante.
Outras funções associadas aos fluidos de corte são descritas por FERRARESI (1995, p.66) e
retirada de cavaco da região de corte (não danificar a superfície da peça); proteção da peça e
máquina-ferramenta contra corrosão; redução do ângulo de recalque do cavaco (menor
deformação do cavaco); redução dos esforços de corte (reduzindo as vibrações); redução da
formação da aresta postiça de corte; e redução na temperatura da peça (maior precisão
dimensional).
Um bom fluido de corte deve inibir a corrosão e oxidação da peça e da máquina-ferramenta
(RUNGE e DUARTE 1989, p.56). Os fluidos de base sintética e integrais são melhores agentes
anticorrosivos. Dois tipos de filmes são formados pelos fluidos de corte: polar e passivado. O
filme polar é formado por componentes orgânicos que bloqueiam as reações químicas; e o filme
passivado é formado por componentes orgânicos que contém oxigênio no filme (IOWA WASTE
REDUCTION 1996, p.53).
Os fluidos de corte podem atacar ao acrílico, devido à presença de água, e a pintura (devido à
má qualidade de tintas e massas de fundo) das máquinas-ferramentas (RUNGE e DUARTE
1989, p.26).
2.6.2 Lubrificação e refrigeração
A refrigeração está relacionada com a capacidade do fluido de corte em absorver calor e umectar
(capacidade de molhar) a superfície da peça. A absorção de calor de um fluido varia conforme a
viscosidade, calor específico e condutividade térmica.
A lubrificação permite que as saliências do cavaco deslizem sobre a superfície da
ferramenta, formando um filme, evitando a soldagem de partículas na ferramenta (aresta
postiça de corte) que são prejudiciais ao acabamento da peça usinada. O fluido de corte
penetra parcialmente na interface cavaco ferramenta, reduzindo o atrito e a geração de
calor, o que aumenta o ângulo de cisalhamento do cavado, tornando-o de menor
espessura, reduzindo os esforços de usinagem (RUNGE e DUARTE 1989, p.42).
Em baixas velocidades de corte a geração de calor é menor e a lubrificação deve ser
evidenciada, pois o atrito pode levar a formação de aresta postiça de corte, e o óleo deve formar
um filme na interface entre a ferramenta e a peça (MACHADO e SILVA 2003, p.43). A redução
do contato entre o cavaco e a ferramenta de corte, devido ao filme lubrificante formado por
reação química ou adsorção mecânica, apresenta resistência ao cisalhamento menor que a do
material em contato com a ferramenta. Isto restringe a formação de aresta postiça de corte,
garantindo melhor acabamento superficial.
Em maiores velocidades de corte, o fluído tende a escoar para fora da zona de escorregamento
de cavaco da ferramenta. Isto decorre da ação hidrodinâmica da rotação da peça ou ferramenta,
não permitindo a penetração do fluído na zona de corte por capilaridade. FERRARESI (1995,
p.50) comenta que devido às altas pressões e temperaturas na interface cavaco-ferramenta, o
fluído de corte tende a penetrar nesta região em estado gasoso. Desta forma, os fluídos de corte
para altas velocidades devem ter maiores características refrigerantes. Entretanto, reduz-se a
temperatura das zonas de cisalhamento, o que diminui o amolecimento do material a ser cortado,
aumentando os esforços de corte e a potência consumida durante a usinagem (Trent 1988,
p.40). No processo de rosqueamento de aço, encontrou menor torque de usinagem com a
utilização de emulsão convencional a 10% em abundância, seguido por éster sintético e óleo
vegetal administrados via mínima quantidade de lubrificante, e com pior resultado para a
usinagem a seco.
A capacidade de refrigeração de um fluído de corte diminui com o aumento da velocidade de
corte e da profundidade de corte (SHAW e SALES 1999, p.62). Desta forma, com as altas
temperaturas na aresta de corte pode ocorrer à difusão metálica entre os materiais em contato
(cavaco e ferramenta), o que pode enfraquecer a superfície da ferramenta e diminuir
exponencialmente sua vida (WEINGAERTNER E SCHROETER 2000, p.77).
Com o aumento das velocidades de corte ocorre o aumento da temperatura, o que pode
desgastar ou danificar a ferramenta prematuramente. Os fluidos de corte tendem a
minimizar estes desgastes e garantem a utilização de velocidades de corte
economicamente viáveis (SILVA, 2003, p.47).
Entretanto, os fluidos de corte podem reduzir a vida de uma ferramenta. Conforme descrito por
SALES (1999, p.66), a variação térmica em alguns processos de fresamento (choques térmicos
em ferramentas frágeis) e a corrosão devido ao contato do fluído de corte em regiões
desgastadas da ferramenta, são alguns exemplos de piora de desempenho das ferramentas com
a utilização de fluído de corte.
Problema
3 MELHORIA SER DESENVOLVIDA
A qualidade e vida útil das máquinas de usinagem Feeler é caracterizada pelo cumprimento de
sua função, que é a geração da geometria dos componentes mecânicos e manutenções
realizadas com frequência. Sempre haverá, sobre uma máquina, influências que são provocadas
por componentes não ideais e/ou grandezas do processo. Os componentes poderão apresentar
problemas em função do projeto ou da fabricação, tanto no que se refere aos materiais que os
constituem como à sua geometria. A qualidade de uma máquina modifica-se com o tempo, sendo
necessárias inspeções periódicas que atestam seu estado atual. Através de ensaios de
retilineidade, posicionamento e derivados pode-se observar o desempenho geométrico, é
possível, através de ajuste, recuperar a máquina para valores aceitáveis de operação, ou até
valores correspondentes às especificações do fabricante e/ou de normas de recomendações
técnicas.
3.1 ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA
3.1.1 Máquina de usinagem Feeler
Esta máquina é utilizada para diversos tipos de usinagem de peças, e para que seu
funcionamento não venha a ser comprometido deve-se manter as manutenções em dia
juntamente com a verificação dos guias lineares e a troca dos fluidos de corte.
Figura 1 – Máquina de usinagem Feeler
Fonte: Rossi (2002)
Tem-se constatado que em máquinas de usinagem de pequeno e médio porte, os erros
geométricos e problemas com manutenção são mais significativos, normalmente os de
posicionamento linear, de histerese e os erros de perpendicularidade entre eixos.
Os erros de retilineidade normalmente apresentam valores pequenos em máquinas novas, mas
crescentes ao longo do tempo de vida da máquina, principalmente quando ocorrem problemas
operacionais como lubrificação deficiente ou o uso de lubrificantes não adequados, colisão ou
excesso de carga, além do uso intenso em uma só região do volume de trabalho da máquinaferramenta.
Os erros de inclinamento, em condições normais, não constituem grande problema
devido às dimensões não serem grandes nestas máquinas.
Deve-se ressaltar que estes fatores de influência contêm um componente sistemático
predominante, e variam de forma lenta ao longo do período de operação da máquina. Para
minimizarem esta influência sistemática na exatidão de trabalho da máquina, os fabricantes
otimizam a fabricação e montagem destes componentes até o limite economicamente viável.
Os erros sistemáticos ainda existentes são compensados eletronicamente através dos recursos
dos controladores. A exatidão de trabalho das máquinas evolui nessas duas direções que são as
manutenções feitas com mais frequência e o uso de fluidos adequados a cada condição de
usinagem é o que tem contribuído para proporcionar avanços significativos na exatidão das
máquinas, sem aumento de custo.
3.1.2 Tolerância de posicionamento geométrico
Para que possa atender aos requisitos de tolerância das peças usinadas, é fundamental que a
máquina apresente uma boa exatidão construtiva de seus componentes aliada a uma montagem
adequada. Disto irá depender grandemente a exatidão de trabalho do equipamento na execução
de um programa de usinagem. A Figura 2 mostra a estrutura de um centro de usinagem de 3
eixos, podendo-se visualizar as guias e fusos de acionamento dos eixos da máquina.
Figura 2 – Estrutura de um centro de usinagem vertical com 3 eixos
Fonte: Rossi (2002)
No entanto, limitações na fabricação e montagem dos componentes da máquina-ferramenta
estão sempre presentes, e desgastes ocorridos com o uso da máquina juntamente com
alterações estruturais modificam o comportamento geométrico da máquina, levando a erros de
trajetória e posicionamento na movimentação dos seus eixos.
Erros de fabricação das guias provocam desvios de retilineidade e inclinamentos (tombamento,
rolamento e guinamento), e erros de fabricação no fuso provocam erros de posicionamento linear
em máquinas que utilizam encoders rotativos como sistema de medição de deslocamento.
Os erros de montagem provocam desalinhamentos e folgas entre componentes da máquina
levando aos erros de perpendicularidade entre eixos. As folgas existentes nos elementos de
acionamentos causam histerese e má repetitividade no posicionamento dos eixos.
Os desgastes nos componentes mecânicos decorrentes do uso normal da máquina, ou após
uma irregularidade como uma colisão, excesso de carga ou lubrificação deficiente, podem
provocar alterações significativas no comportamento geométrico da máquina. Mesmo a utilização
em condições normais leva ao desgaste progressivo das guias e fusos, provocando falhas na
planicidade das guias que levam aos erros retilineidade e inclinamento. O desgaste do fuso
provocará erros de posicionamento nas máquinas que utilizam encoder como sistema de
medição de posicionamento.
Alterações estruturais são causadas por alívio de tensões no material da máquina, provocando
fluência no material e, conseqüentemente, modificando a geometria de seus componentes
mecânicos e levando aos mais variados erros. A alteração nas fundações da máquina colabora
para essa variação na condição geométrica.
Solução proposta
3.2 PROPOSTA DE MELHORIA
3.2.1 Cronograma para manutenções preventivas em máquinas Feeler
Abaixo apresenta-se um cronograma de manutenções preventivas em máquinas Feeler, que tem
como finalidade realizar intervenções antes que ocorram quebras destas máquinas para que não
haja parada na linha de produção. Analisando em uma pequena empresa o equipamento sob
manutenção preventiva tende a não parar em serviço e se mantém regulados por longos
períodos, pode-se listar as seguintes vantagens:
Paradas programadas ao invés de paradas imprevistas:
Maior vida útil do equipamento;
Maior preço em uma eventual troca do equipamento;
Maior qualidade do produto final;
Diminuição de horas extras.
Por outro lado, existem as prováveis desvantagens:
Maior número de pessoas envolvidas na manutenção;
Folha de pagamento mais elevada;
Possibilidade de introdução de erros durante as intervenções.
Entretanto, sabe-se que as vantagens são muito superiores que as desvantagens, principalmente
no que se refere ao custo anual da manutenção.
3.2.2 Ensaio geométrico
Estes ensaios devem verificar os movimentos e superfícies das máquinas que irão garantir as
tolerâncias geométricas ou dimensionais das peças. Fatores normalmente avaliados são:
Tolerâncias de posicionamento dos elementos da máquina = localização (alinhamento),
paralelismo, e perpendicularidade entre eixos e/ou superfícies;
Tolerâncias geométricas das superfícies = (perpendicularidade, planicidade, rugosidade e
etc).
Os procedimentos de verificação (medidas) devem ser executados apenas com a máquina livre
de qualquer carga. Somente quando isso não for possível, a verificação das condições da
máquina deverá ser efetuada de forma indireta por meio da verificação da qualidade do trabalho
realizado nela.
3.2.3 Instrumentos de medição utilizados nos ensaios
A precisão requerida nas diversas medidas da máquina é especificada nas normas brasileiras e
as medidas devem ser executadas de acordo com as recomendações descritas nos manuais das
máquinas.
Para realização dos ensaios geométricos nos centros foram utilizados relógios comparadores
fixados em suas bases magnéticas e o nível de precisão, a utilização destes instrumentos de
medição tem o objetivo avaliar e garantir que a máquina esta de acordo para realizar suas
atividades sem comprometer sua qualidade.
Figura 3 – Relógio comparador com base magnética
Fonte: Weg (2012)
3.2.4 Ensaio realizado na máquina Feeler
Primeiramente se pega-se o relógio comparador coloca-se no eixo árvore da máquina, e o passa
ele de uma extremidade a outra na mesa da máquina para ver se está zerado.Na sequência,
deixa-se fixado no eixo árvore com o spindle da máquina parada, fazer um simples programa NC
(Numérico Computadorizado) na máquina CNC (Comando Numérico Computadorizado) em
movimentos rápidos com os eixos x, y e z e fazendo voltar ao ponto inicial para ver se o relógio
ficará sempre no zero, caso contrário a máquina estará com alguma folga e deverá ser
identificado onde é o problema, que geralmente é em suas guias.
Figura 4 – Ensaio na máquina Feeler
Fonte: O Autor (2012)
3.2.5 Tabela para manutenções máquina Feeler
Abaixo temos a tabela com as inspeções de manutenção preventiva que são realizadas na
máquina Feeler.
Tabela 1: Tabela para manutenção dos componentes da máquina
Componentes Procedimento Horas
Rolamentos de esferas Verificar 20000hs
Rolamentos cônicos Verificar 20000hs
Nível Fluido de corte Verificar 40hs
Nível Fluido de corte Substituir 1000hs
Nível de óleo unidade hidráulica Acrescentar ---------
Filtro do líquido de corte Limpar 1000hs
Pressão da unidade hidráulica Verificar 2000hs
Pressão de ar Verificar 2000hs
Grelhas e filtros ventiladores Limpar 4000hs
Grelhas e filtros ventiladores Substituir 4000hs
Filtro unidade pneumática máquina Limpar 2000hs
Óleo grupo hidráulico máquina Substituir 2000hs
Quadro elétrico Limpar 2000hs
Mangueiras hidráulicas máquina Verificar 2000hs
Mangueiras pneumáticas Verificar 2000hs
Amortecedor exaustor máquina Verificar 2000hs
Reguladores pressão pneumáticos da
máquina Verificar 2000hs
Ventiladores do CNC (Comando
Numérico Computadorizado)
Limpar 4000hs
Guias lineares Verificar 100000hs
Guias lineares Substituir 100000hs
Fonte: O Autor (2012)
3.2.6 Distribuição das manutenções
Na tabela acima temos a relação dos tempos e procedimentos necessários para a realização das
manutenções preventivas na máquina Feeler, para um melhor entendimento segue abaixo na
tabela, a descrição e procedimento para cada item.
Tabela 2: Tabela com tempos de paradas e para compra de peças
Componente Procedi
mento
Horas
Parada
programada
Conforme
escala manut.
Tempo/
compra
peças
Rolamentos de
esferas Verificar
200000hs Preventiva 6 horas
Rolamentos
cônicos Verificar
20000hs Preventiva 6 horas
Nível Fluido de
corte Verificar
40hs Preventiva Item estoque
Nível Fluido de
corte Substituir 1000hs Preventiva Item estoque
Nível de óleo
unidade hidráulica Acrescentar --------- Preventiva Item estoque
Filtro do líquido de
corte Limpar
1000hs Preventiva Item estoque
Pressão da
unidade hidráulica Verificar 2000hs Preventiva
Não há
necessidade
Pressão de ar Verificar 2000hs Preventiva Não há
necessidade
Grelhas e filtros
ventiladores Limpar
4000hs Preventiva
3 horas
Grelhas e filtros
ventiladores Substituir 4000hs Preventiva 3 horas
Filtro unidade
pneumática
máquina Limpar 2000hs Preventiva 3 horas
Óleo grupo
hidráulico máquina Substituir 2000hs Preventiva 6 horas
Quadro elétrico Limpar 2000hs Preventiva Não há
necessidade
Mangueiras
hidráulicas
máquina Verificar 2000hs Preventiva 8 horas
Mangueiras
pneumáticas
Verificar 2000hs Preventiva
8 horas
Amortecedor
exaustor máquina Verificar 2000hs Preventiva 8 horas
Reguladores
pressão
pneumáticos da
máquina Verificar 2000hs Preventiva 12 horas
Ventiladores do
CNC (Comando
Numérico
Computadorizado)
Limpar 4000hs Preventiva 8 horas
Guias lineares Verificar 100000hs Preventiva 10 dias
Guias lineares Substituir 100000hs Preventiva 10 dias
Fonte: O Autor (2012)
3.2.7 Lubrifil da máquina
O filtro de ar comprimido retêm as impurezas que fluem através de si, principalmente a água
condensada. Ar comprimido limpo é essencial em indústrias de processamento de alimentos, de
eletrônica de equipamentos hospitalares e odontológicos de indústria fotográfica de fábricas de
plásticos e na instrumentação. Ar limpo nessas e em outras aplicações significa mais do que
apenas ar isento de contaminação por partículas sólidas. O ar utilizado nessas indústrias deve
também estar isento de aerossóis de água e de óleos contaminantes, que fogem do raio de ação
dos sistemas de filtragem convencionais.
O ar comprimido é conduzido através de uma chapa guia para dentro da câmara do filtro e
colocado em rápido movimento giratório. Assim, as partículas de sujeira mais pesadas e as gotas
de água são impulsionadas para a parede da câmara pela força centrífuga, e se fixam. O produto
da condensação acumula-se na parte inferior da câmara e deve ser retirado através do parafuso
de esgotamento, quando a marca superior for alcançada.
Partículas menores são retiradas pelo elemento de filtro, e o ar é forçado a passar no caminho
para o receptor. O elemento de filtro deve ser limpo ou substituído regularmente.
É necessária a verificação e limpeza do filtro do ar comprimido conforme quantidade de horas da
página anterior.
Figura 5 – Filtro de ar comprimido
Fonte: O Autor (2012)
3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os procedimentos de ensaio com padrões utilizados buscou-se garantir a confiabilidade
metrológica, agregando vantagens econômicas e operacionais que conjuntamente, se
configurem em uma alternativa mais vantajosa e atrativa para ensaios geométricos de máquinasferramenta
de pequeno e médio porte.
O ensaio geométrico feito nas máquinas ferramentas, especificamente nos tornos garante que as
peças produzidas tenham uma boa qualidade sem erros durante o processo de usinagem,
evitando desperdícios de matérias primas e atrasos na produção.
O acompanhamento da manutenção das máquinas é de fundamental importância para a
durabilidade de peças e componentes da máquina como, por exemplo, a vida útil dos
rolamentos, e para que se possa controlar este desgaste utilizando a tabela com a quantidade de
horas para cada componente que serve como controle e momento certo de se realizar a
manutenção.
Hoje num contexto geral máquinas paradas significam dinheiro parado e clientes insatisfeitos
com seus prazos de entrega não cumpridos, e por estes motivos é de grande importância que as
máquinas estejam sempre em bom funcionamento, e para que não ocorram paradas inesperadas
é de grande importância que sejam feitas manutenções periódicas.
3.4 ANÁLISE DA VIABILIDADE
A realização de ensaios geométricos e controle da manutenção nas peças das máquinas
garantem que as peças a serem fabricadas não terão problemas de qualidade durante sua
fabricação, por isso é importante que se tenha um planejamento para realização destes ensaios
periodicamente, criando um controle de todos os pontos verificados, mantendo registros sobre
estes valores.
O desenvolvimento deste trabalho se propôs a atuar na pesquisa e métodos alternativos para
tornar o ensaio geométrico de máquinas e manutenção de peças e componentes mais eficiente e
atrativo, com uma confiabilidade metrológica adequada à operação. O desenvolvimento de
métodos com tais qualidades é uma busca contínua de muitas técnicas de ensaio, e contribui
para motivar os usuários de máquinas a praticarem ensaios periódicos em suas máquinas,
tornando as ações preventivas e corretivas a partir das informações obtidas de tais verificações.
No mercado atual parar uma máquina de produção na certa acarretará prejuízos incomparáveis
para a empresa, pois afetará diretamente os prazos de entrega e satisfação dos clientes, que em
muitos casos não querem saber qual foi o problema que levou ao atraso da entrega de sua
mercadoria, e querem uma resposta rápida para solução. Em muitos casos acontecem até
cancelamentos de pedidos por motivos de máquinas paradas.
Na tabela abaixo temos um comparativo entre o custo da máquina trabalhando em relação ao
custo que se tem com a máquina parada, considerando que o valor desta máquina é de R$
120,00 a hora, considerando dois turnos de parada num total de 16horas.
O valor dos benefícios/ganhos da máquina trabalhando foram calculados usando o valor, hora
máquina R$120,00 / hora operador R$52,00 / peça produzida R$89,00.
Tabela 3: Tabela Custos e benefícios
Componente
Procedi
mento
Horas
Custo
máquina
parada diário
Benefícios/ganhos
da máquina
trabalhando
Rolamentos de
esferas Verificar
20000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Rolamentos
cônicos Verificar
20000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Nível Fluido de
corte Verificar
40hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Nível Fluido de
corte Substituir 1000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Nível de óleo
unidade hidráulica Acrescentar ---------
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Filtro do líquido de
corte Limpar
1000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Pressão da
unidade hidráulica Verificar 2000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Pressão de ar Verificar 2000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Grelhas e filtros
ventiladores Limpar
4000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Grelhas e filtros
ventiladores Substituir 4000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Filtro unidade
pneumática
máquina Limpar 2000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Óleo grupo
hidráulico máquina Substituir 2000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Quadro elétrico Limpar 2000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Mangueiras
hidráulicas
máquina Verificar 2000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Mangueiras
pneumáticas
Verificar 2000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Amortecedor
exaustor máquina Verificar 2000hs
R$ 1.920,00
R$ 4.176,00
Reguladores
pressão Verificar 2000hs
R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
pneumáticos da
máquina
R$ 4.176,00
Ventiladores do
CNC (Comando
Numérico
Computadorizado)
Limpar 4000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Guias lineares Verificar 100000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Guias lineares Substituir 100000hs R$ 1.920,00 R$ 4.176,00
Fonte: O Autor (2012)
Conclusão
4 CONCLUSÃO
Existem diversas formas de manutenção industrial. Que de modo geral são convencionais e
excluem a participação dos operadores da produção nos serviços de manutenção.
Dentre estas manutenções estão relacionadas as manutenções corretivas, as preditivas e as
corretivas, cada tipo de manutenção citado tem um papel fundamental para o bom
funcionamento das máquinas e um bom desempenho das indústrias, pois sem uma boa
manutenção as máquinas param e a produção pode ser comprometida.
Em relação ao caráter técnico-científico do trabalho de pesquisa realizado, pode-se recomendar
que a metrologia dimensional na indústria, classicamente relacionada às operações de controle
de qualidade pós-processo de componentes e produtos, deve abranger mais o processo
produtivo, atuando mais diretamente sobre os meios de fabricação, juntamente com a realização
de manutenções preventivas. Embora a medição dimensional pós-processo seja necessária para
certificar que o processo esteja produzindo peças dentro das tolerâncias, essa conformidade só
ocorre de forma eficiente se o processo é capaz, e para isso a máquina de usinagem contribui
grandemente.
Os procedimentos de ensaio e a configuração dos padrões corporificados buscaram garantir a
confiabilidade metrológica, agregando vantagens econômicas e operacionais que,
conjuntamente, se configurem em uma alternativa mais vantajosa e atrativa para ensaios
geométricos de máquinas de usinagem de pequeno e médio porte.
O SENAI tem uma grande importância nesta etapa conclusiva do nosso curso técnico, pois
durante as atividades realizadas em sala de aula, tivemos grandes profissionais nos transmitindo
valiosas informações que nos propiciaram grandes conhecimentos.
REFERÊNCIAS
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2004.
MIRSHAWKA, V.; OLMEDO, N.L. Manutenção - Combate aos Custos da Não-Eficácia: A Vez
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MONCHY, François. A Função Manutenção São Paulo: Editora Durban Ltda., 1989, p. 2 e 5
<Acesso em maio 2012.>
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TAKHASHI, OSADA, Manutenção produtiva total, São Paulo: IMAN 1999.
TAVARES, Lourival. Administração Moderna de Manutenção. Novo Pólo Editora – New York,
1998.
TAYLOR, Apostila do Curso de Formação de Multiplicadores - TPM. São Paulo: IM & C -
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VAZ, John. Introdução à Manutenção Centrada na Confiabilidade. São Paulo: Aladon, 1977.
VIANA, Técnicas de Manutenção Preditivas, São Paulo, Editora, Edgar Blucher, 2003.
XAVIER, Harilaus G. Gerenciando a Manutenção Produtiva, Belo Horizonte: editora de
desenvolvimento gerência, 2003.
Assinaturas dos
estudantes:
Assinatura do
Orientador:
Data:
...