Mecânica

Num momento em que a indústria automobilística produz como nunca – a fabricação de veículos entre janeiro e agosto deste ano foi de 2,3 milhões de unidades e nos últimos doze meses esse número, recorde, chegou a 3,3 milhões veículos - as empresas que trabalham no segmento de autopeças encontram um cenário bastante favorável para a expansão das linhas de produção e a revisão dos planos de crescimento. Com quatro fábricas no Brasil e uma linha bastante diversificada de componentes para veículos, que vai de pastilhas de freio a comandos de válvula e faróis, a norte-americana Federal-Mogul – que surgiu em 1899 - pretende, em apenas uma das linhas de montagem – a de pistão –, duplicar a produção até o final deste ano. O volume atual, de 40 mil pistões/mês, deverá atingir a marca de 90 mil unidades em dezembro. “Vamos produzir, em uma linha de montagem, um milhão por ano. Porém, o plano é colocar pelo menos mais cinco linhas em funcionamento”, antecipa Rafael Cardoso de Sá Filho.

Segundo Sá Filho, todas as fábricas pensam e passam por processos de expansão. Para ele, isso resultará num crescimento de até 30% da empresa. “Existe demanda para estes produtos, o que trará impacto positivo nos nossos negócios. Essa ampliação está baseada em projeções de venda”, fundamenta.

O crescimento da produção levará a empresa a ampliar o quadro de funcionários, hoje com cerca de mil colaboradores. Este número deve aumentar 25% até a metade do ano que vem. “A Federal-Mogul possui um plano ousado de expansão. Em Araras, pretendemos encerrar o ano com 400 colaboradores e, até metade de 2009, pretendemos contratar para compor um quadro que terá 500 funcionários. Em Iracemápolis, também no interior do Estado de São Paulo, vamos manter 100 funcionários pelo perfil da fábrica”, explica Sá Filho. Segundo ele, a unidade de Diadema, no ABC paulista, também manterá o número de colaboradores, atualmente composto por 450 pessoas. Já na unidade de Manaus, que iniciou as atividades neste ano, o número de funcionários deve saltar de 30 para 100 até o fim de dezembro.

Exportação – Hoje, parte das peças fabricadas pela empresa é destinada a exportações. Segundo Sá Filho, este número oscila de 20% a 30%, no entanto, a tendência é que a produção seja 100% voltada para o mercado interno. “A prerrogativa não é mais produzir para exportar, mas produzir para o mercado interno”, explica. “As empresas locais - pelo menos em pontos estratégicos – começarão a produzir para o mercado local. A tendência é de que ocorra uma inversão: estamos diminuindo fortemente o foco nas exportações e investindo na demanda interna”.

In Company - A empresa, sediada na cidade norte-americana de Southfield, em Michigan, possui 45 mil colaboradores, 109 fábricas, 21 centros de distribuição espalhados por 34 países em todo o mundo. Além disso, a Federal-Mogul tem ainda 15 centros de pesquisas na Europa, Ásia e América do Norte.

Outra preocupação é com o desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Por isso, a companhia tem investido na formação dos funcionários. “Não encontramos todos os profissionais prontos lá fora; precisamos trazê-los e prepará-los”, destaca Sá Filho. Desde o ano passado, a empresa desenvolve o projeto Formare, que capacitará, neste ano, 18 jovens de 15 a 17 anos com renda per capita de meio salário mínimo. Para participar, estes jovens não podem ter nenhum curso técnico-profissionalizante. O programa oferecido a esses jovens é dividido em três módulos nos quais eles aprendem desde assuntos de higiene e saúde a questões como segurança, comunicação, relacionamento, organização industrial e comercial, matemática, informática, além de atividades diretamente ligadas à tecnologia e ao processo de fabricação. “O adolescente acaba conhecendo a nossa realidade, tanto da parte fabril quanto da administrativa, ou seja, ele estará capacitado a trabalhar em qualquer outra empresa e setor”, explica.

Além dessa capacitação, os jovens recebem uma bolsa-auxílio e vale- alimentação. “Écomo se fosse uma cesta básica para a família. O impacto, para eles, é muito grande”, destaca o gerente de RH. Sá Filho salienta ainda que o envolvimento da Federal-Mogul com a comunidade local levou à implantação do Projeto Formare. “A farmácia dá desconto para os jovens, o parceiro de assistência médica entra com o plano de saúde e a de limpeza fabril doa o material escolar”, enumera. Uma grande ‘sacada’ é ter uma escola dentro da fábrica, com os funcionários como voluntários e parceiros que movimentam o programa. “Não é um programa só da Federal-Mogul, mas também dos parceiros e da cidade”, orgulha-se Sá Filho.

No término do curso, os jovens podem ser contratados. No ano passado, a companhia admitiu 70% daqueles que participaram do programa e ajudou os demais a buscar um emprego.

Federal-Mogul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Federal-Mogul Corporation

Tipo Pública

Negociados como NASDAQ: FDML

Indústria Automotiva, Energia, Indústria e Transportes powertrain e produtos de segurança

Fundada 1899 como o Muzzy-Lyon Empresa

Sede Southfield, Michigan, EUA

Pessoas-chave Carl Icahn, Presidente do Conselho

Rainer Jueckstock, CEO da Divisão Powertrain

Michael Broderick, CEO da Divisão de Componentes de Veículos

Produtos pistões, anéis, pinos, forros, assentos de válvulas e guias, produtos de ignição, rolamentos, buchas, escudos de calor, impermeabilização produtos, componentes de transmissão, freio e componentes de chassis e sistemas de produtos de proteção

Receita EUA $ 6,910 bilhões (2011) [1]

Resultado operacional EUA $ (66) milhões (2011) [1]

Lucro líquido $ EUA (90 milhões) (2011) [1]

Total do ativo EUA 7029 milhões dólares (2011) [1]

Total do patrimônio líquido

EUA 1053 milhões dólares (2011) [1]

página inicial = www.federalmogul.com

Funcionários 45.000