Meio Ambiente Solos Contaminados com o Despejo de Esgoto
Por: N020403 • 29/3/2017 • Artigo • 778 Palavras (4 Páginas) • 388 Visualizações
Solos contaminados com o despejo de esgoto
Pela lei nº 6.938/81da Política Nacional do Meio Ambiente a qualidade do solo, água e ar, entre outros, são bens que necessitam de proteção.
Segundo Campos et al. (1999, p. 01),
A disposição de esgotos brutos no solo ou em corpos receptores naturais, como lagoas, rios, oceanos, é uma alternativa que foi e ainda é empregada de forma muito intensa. Dependendo da carga orgânica lançada, os esgotos a provocam total degradação do ambiente (solo, água e ar) ou, em outros casos, o meio demonstra ter condições de receber e de decompor os contaminantes até alcançar um nível que não cause problemas ou alterações acentuadas que prejudiquem o ecossistema local e circunvizinho.
Segundo o último Censo realizado pelo IBGE (2000), aproximadamente 23% da população brasileira vivia na zona rural. São mais de 31 milhões de brasileiros que vivem na sua grande maioria sem acesso aos serviços de saneamento.
O sistema de tratamento de água a ser implantado em propriedade rural deve considerar:
- Captação superficial ou subterrânea;
- Custo financeiro;
- Facilidade de operação;
- Controle de qualidade.
Os dejetos humanos e de animais, podem originar doenças e até a morte, ao entrar em contato com o solo acabam contaminando também o lençol freático por meio de chuva e/ou infiltração.
Não é sempre que as doenças infecciosas são transmitidas por enfermos. As moscas, mosquitos e outros insetos propagam doenças depositadas nos alimentos ou na água que consumimos. Torna-se ainda mais importante lavar bem as mãos, os alimentos e beber água potável.
No meio rural uma das maneiras de evitar que dejetos tenham contato com seres humanos e vetores, com a água e o solo, e que não cause maus odores, é a utilização de fossa séptica, esse método é usado a mais de um século, recebe água principalmente do banheiro, ou de toda a casa, assim sendo necessária a caixa de gordura. Funciona basicamente na decantação do lodo que produz durante o uso, que fica depositada no fundo do tanque.
Não se pode esquecer que a água que sai da fossa continua sendo considerada imprópria, por conter micróbios.
O biodigestor é a alternativa recomendável, pois com instalação exclusiva no vaso sanitário, a manutenção de limpeza pode variar de um ano ou mais, diferente da fossa séptica que sua limpeza deve ser feita de uma a duas vezes ao ano. A água liberada no fim do processo pode ser utilizada para irrigação, por exemplo.
Considerando as novas tecnologias no tratamento de esgoto, destaca-se a técnica de disposição de água no solo, para Campos et al. (1999, p. 26)
A disposição no solo é a forma mais antiga de depuração controlada dos esgotos, mas com a aceleração do processo de urbanização, vários fatores, incentivados pela sedução de tecnologias sofisticadas, levaram ao desenvolvimento de processos de tratamento mais compactos e à disposição dos esgotos nos corpos d’água, aparentemente abundante.
Sempre que possível, a disposição controlada de esgotos ou efluentes tratados no solo é uma excelente providência; seja como destino final, ou antes, que atinjam um corpo d’água. No mínimo porque, disposto no solo, os esgotos sofrem depuração natural e, qualquer que seja o grau de tratamento alcançado, são menos maléficos às águas do corpo receptor. A disposição no solo presta-se como destino final ou tratamento complementar dos efluentes dos mais diversos sistemas de tratamento. Por si só constitui também uma opção muito eficiente de tratamento (ou reciclagem) e adequada como destino final.
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