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O USO DE BIORREMEDIAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS

Por:   •  23/5/2017  •  Resenha  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  408 Visualizações

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O USO DE BIORREMEDIAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS

Resumo

O aumento da contaminação no meio ambiente tem levado a comunidade científica a procurar meios de reparar tais perturbações de forma barata, viável e menos impactante possível. Assim, este estudo teve por objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre processos de biorremediação e recuperação em solos contaminados. Para se obter sucesso em tais processos e promover uma eficiente remoção dos  contaminantes do ambiente, algumas metodologias de biorremediação têm sido apresentadas a comunidade científica, dentre as quais se podem destacar fitorremediação, bioaumentação. Em geral, os artigos pesquisados ressaltam a eficiência desta metodologia pelo baixo custo de sua aplicação e pela eficiência na resposta remediadora.

Palavras-chave: Biorremediação, contaminação de solos, microrganismos.

Introdução

Biorremediação é um processo, no qual organismo vivo, normalmente plantas ou microrganismos, são utilizados tecnologicamente para remover ou reduzir (remediar) poluentes no ambiente. Este processo biotecnológico de remediação tem sido intensamente pesquisado e recomendado pela comunidade científica atual como uma alternativa viável para o tratamento de ambientes contaminados, tais como águas superficiais, subterrâneas e solos, além de resíduos e efluentes industriais em aterro ou áreas de contenção (Alexander, 1994). Embora outras tecnologias que usam processos físicos e/ou químicos sejam também indicadas para descontaminar ambientes poluídos, o processo biológico de biorremediação é uma alternativa ecologicamente mais adequada e eficaz para o tratamento de ambientes contaminados com moléculas orgânicas de difícil degradação e metais tóxicos.

Preocupações com a qualidade do ar e das águas começaram a surgir com mais intensidade ao redor do mundo, mas as preocupações com solos contaminados não surgiram de imediato, pois por não serem visualmente percebidas demoram a mostrar os efeitos aos seres humanos. Apenas no final da década de 70 alguns estudos focaram para a avaliação das condições do solo e a busca de meios de conter a contaminação (Bento et al., 2003).

Assim, pode-se sugerir que a biorremediação seja considerada como uma nova tecnologia para tratar ambientes contaminados utilizando-se agentes biológicos capazes de modificar ou decompor poluentes alvos (Mariano, 2006). Este estudo teve o objetivo de revisar o processo de se recuperar um solo contaminado através da técnica da biorremediação em seus vários processos de aplicação. Além de mostrar os efeitos de um bom planejamento para se aplicar esta técnica, de maneira segura e eficaz no processo de descontaminação do solo.

Biorremediação é a utilização de microrganismos naturalmente presentes no subsolo que são capazes de metabolizar uma série de compostos introduzidos antropicamente no meio ambiente (figura 1). Esse processo apresenta uma série de vantagens sobre os processos convencionais, como por exemplo, a minimização da geração de efluentes e resíduos. O conhecimento das condições hidrogeológicas do meio, da distribuição dos contaminantes e o seu comportamento perante a ação dos microrganismos autóctones são essenciais para o emprego e o sucesso desta tecnologia (HEINEICK,2008).

A fitorremediação pode ser definida como, o uso de vegetação in situ para o tratamento de solos contaminados. As plantas podem remediar os solos contaminados com metais pesados através dos seguintes mecanismos: acumulação dos metais pesados nos tecidos das plantas (fitoextracção), adsorção dos metais no sistema radicular, imobilizando os contaminantes (fitoadsorção), libertação para o solo de oxigênio e outros compostos, que podem imobilizar os metais pesados (fitoestabilização), estimulação da biorremediação por fungos ou outros microrganismos localizados no sistema solo-raiz (CORDAZZO,2000).

[pic 1]

A Biorremediação envolve ainda a inoculação do solo com culturas puras ou consórcio microbiano contendo microrganismos selecionados para degradações de contaminantes específicos (WATERLOO, 1999).

Esses processos são conhecidos por bioaumentação que tem sido bastante estudada para vários herbicidas, hidrocarbonetos clorados e carbonatos através do emprego de populações indígenas aclimatadas, isolados selecionados e até mesmo microrganismos transgênicos contendo plasmídeos degradadores (STRUTHERS et aI., 1998). Para isso, recorre-se a populações aclimatadas através de mutação direta ou transformação genética, para degradação acelerada de determinado composto (Felsot & Shelton, 1993).

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