Metalurgia Do pó

A Metalurgia do pó ou sinterização é um processo de fabricação através da compactação e sinterização de pós metálico ou não, basicamente consiste na prensagem e aquecimento do pó para melhorar a coesão da estrutura interna das peças fabricadas.

Uma das características específicas das peças sinterizadas é quea temperatura no aquecimento permanece abaixo do ponto de fusão do material base utilizado. Esse procedimento mostrou-se muito competitivo na indústria basicamente em razão de sua tecnologia,acabamento superficial satisfatório, redução considerável de demais processos metalúrgicos, alta produção de peças com formatos complexos e baixa geração de resíduos.

Com a agilidade e economiana produçãode peças de geometrias complexas e alto controle de propriedades químicas e mecânicas, a metalurgia do pó tornou-se um processo altamente viável e atualmente indispensável nos mais diversos ramos de produção industrial, tais como, automobilístico, maquinários em geral, implantes cirúrgicos, entre outros.

Segundo a MetalPowder Industries Federation– MPIF (2002),

“Nos Estados Unidos são produzidas anualmente maisde um milhão de toneladas de peças sinterizadas, ou seja, um crescimento bastante acentuado, considerando-se que, em meados da década de 80, essa produção beirava 350 mil toneladas”.

Considerando o ponto de vista industrial, a metalurgia do pó ainda é uma técnica relativamente recente. Mas o estudo de sua história apontasua utilização desde a antiguidade. Pesquisas arqueológicas provam que a cerca de 3000 A.C. nas regiões da Africa, Índia e Egito o homem já produzia ferramentas e armas a partir de aglomerados de ferro. Na região indiana em 300 D.C. foi construída uma coluna de 6,5 toneladas de pó de ferro reduzido, mas só no século XIX em meados de 1829, que a metalurgia do pó apontou-se na história. Este foi o ano que marca a produção de peças de platina maleável.

Observa Mouro e Auras (2007),

“No início do século XX, foram desenvolvidos processos para obtenção de peças de tungstênio (fusão = 3410°C) e de molibdênio (fusão = 2610°C) por metalurgia do pó. Mas a produção só se expandiu mesmo após a Segunda Guerra Mundial, para atender à demanda da florescente indústria automobilística”.