Modelos Processuais de Software
Por: VictorAJAS • 8/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.241 Palavras (5 Páginas) • 279 Visualizações
ESTUDO DE OUTROS MODELOS DE PROCESSO DE SOFTWARE
Victor Augusto SANTOS
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS.
RESUMO: As vantagens e desvantagens da utilização dos modelos V, RAD, Montagem de Componentes e Métodos Formais para a construção planejada de software.
Palavras-chave: software, modelos, desenvolvimento.
- INTRODUÇÃO
Existem vários modelos de processo de software, cada um com sua peculiaridade, ou seja, sua vantagem e sua desvantagem. Por isso, é importante termos o conhecimento de cada modelo processual, cabendo ao engenheiro de software decidir qual será a melhor técnica a ser aplicada em um determinado software.
- MODELO V
O modelo V se difere dos demais modelos processuais por priorizar, ou seja, enfatizar a qualidade da fase inicial do desenvolvimento de software, o que irá proporcionar uma antecipada detecção de erros, que de outra forma, só iriam ser percebidos em uma fase mais adiantada do desenvolvimento.
Sendo assim, a principal característica do modelo V é deixar claro que o teste não é uma fase, e sim uma parte integrante do processo de desenvolvimento, ocorrendo diversas vezes em cada ciclo. Por isso, diversos estados de testes foram criados e são registrados em um documento chamado “test plans”.
Sendo assim, as vantagens que podemos notar ao se utilizar o Modelo V no desenvolvimento de software são:
- A fase de teste começa no início do ciclo.
- Por serem realizados vários testes, os mesmos demoram menos.
- A documentação gerada pelos “test plans” ajudam a compreender melhor a origem de um determinado problema.
- É um modelo superior ao modelo cascata e ao modelo espiral quando utilizado em grandes projetos de IT.
E as desvantagens em se utilizar o Modelo V:
- Não é suficientemente flexível.
- É necessário um maior feedback durante todas as fases do ciclo.
- MODELO RAD
O RAD é um modelo de processo de software incremental com curtos ciclos de desenvolvimento. É uma adaptação de alta velocidade do modelo de cascata, agilidade possível graças a construção por meio de componentes.
O modelo RAD possuí as seguintes etapas:
- Comunicação: Nesta etapa a equipe irá discutir quais são os problemas que precisam ser resolvidos e quais serão as características, informações e funções do software que será desenvolvido.
- Planejamento: Fase essencial para determinar quais equipes ficarão responsáveis por qual ou quais partes do software.
- Modelagem: Abrange a modelagem de negócio, processo e dados.
- Construção: Utiliza componentes de software preexistentes e os aplica na geração automática de código.
- Implantação: Estabelece as bases para as iterações seguintes.
Podemos citar como desvantagens deste modelo processual:
- Necessita de um grande número de equipes para ser viável a construção de grandes projetos.
- Os desenvolvedores e os clientes precisam estar altamente comprometidos com todas as fases do desenvolvimento de software.
- A construção dos componentes será comprometida se o sistema não for modularizado corretamente.
- Não é tão simples realizar ajustes nas interfaces de componentes no modelo RAD.
- Se os riscos técnicos forem altos, talvez o modelo RAD não seja a melhor opção.
- MODELO DE DESENVOLVIMENTO BASEADO EM COMPONENTES
Antes de analisarmos quais são as vantagens e as desvantagens de utilizar este modelo, devemos entender o que é um componente. O componente é um elemento independente, passível de substituição, contudo, com uma clara função a desempenhar.
A modelagem em componentes tem como objetivo decompor constantemente esses componentes, havendo uma melhor compreensão das exigências do sistema. Dessa forma, a implantação do sistema será mais detalhada, evitando erros que de outra forma o sistema teria.
Este método tem como origem o modelo em espiral, herdando características como várias etapas evolutivas, o que irá proporcionar um maior entendimento dos riscos tanto para o desenvolvedor quanto para o cliente.
Geralmente, este modelo segue as seguintes etapas:
- Comunicação com o cliente;
- Planejamento;
- Análise de Riscos;
- Engenharia, Construção e Liberação.
Podemos citar como vantagens deste modelo:
- Devido à forma como é construído (em espiral) evita uma enorme reconstrução do sistema caso algum erro seja encontrado.
- Caso uma classe não esteja adequada ao sistema, pode-se fazer uma manutenção apenas nesta classe.
- As classes orientadas a objeto criadas por esse modelo são reutilizáveis em diferentes arquiteturas de sistema, ou seja, possuí uma alta reusabilidade.
E como desvantagens:
- Exige uma grande competência do gerente do projeto, pois será ele que analisará os riscos envolvidos com o mesmo e o sucesso do projeto depende disso.
- Se algum risco não for identificado, provavelmente irão causar problemas lá na frente.
- É necessário que o cliente esteja por dentro de cada parte do desenvolvimento do software, para sabermos se o que está sendo feito é o que foi realmente pedido.
- MODELO DE MÉTODOS FORMAIS
O termo métodos formais faz referência a modelos matemáticos, ou seja, cálculos e predições acerca das especificações do software e seu design. Dessa forma, ao se utilizar os métodos formais no desenvolvimento de software, haverá uma maior certeza quanto sua funcionalidade, garantindo que o software funcione com uma menor probabilidade de eventuais erros.
As principais características do método formal em relação aos outros métodos de desenvolvimento de software é que ele proporciona uma maior fiabilidade, uma maior praticidade na correção de erros e uma maior robustez, condições indispensáveis no desenvolvimento de Sistemas Informáticos (SI) modernos. Além disso, o método formal deriva do modelo incremental, possibilitando vários níveis de abstração.
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