O CLIMA E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Por: Pedro Miranda • 9/6/2021 • Seminário • 1.320 Palavras (6 Páginas) • 144 Visualizações
CLIMA E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
O clima de um local é dado pelas variações do tempo da atmosfera em uma sequência de anos em estudo, o padrão obtido por essa observação indica a característica climática procedente do local em análise. Uberaba é classificada com clima tropical chuvoso pela prefeitura e segundo o portal Weather Spark “a estação com precipitação é abafada e de céu quase encoberto; a estação seca é de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 16 °C a 30 °C e raramente é inferior a 12 °C ou superior a 34 °C”, complementando esses dados, é possível observar características da cidade nos anexos x até y. Analisando também os dados da tabela x e y observa-se que nesse curto intervalo de 15 anos, as temperaturas mínimas e máximas de Uberaba não tiveram uma mudança considerável, apontando que os esforços públicos para conter as mudanças climáticas provocadas pelo desenvolvimento urbano estão sendo validadas.
Outrossim, segundo dados do portal G1 da globo, no ano de 2015 Uberaba apresentava um índice de 87,5% de controle de poluição ambiental, “De acordo com a secretaria municipal de Meio Ambiente, em 2015 o índice de regularização é de 87,5%. Em 2012, o índice estava em 20%.
Um dos princípios em destaque foi a educação ambiental para o que tange a fiscalização e o controle dos empreendimentos. A medida levou à redução de multas: anteriormente eram aplicadas uma média de 120 multas por mês, o número caiu para entre 30 a 40 advertências emitidas”. Considerando o papel evolutivo da cidade, essa informação é célebre por estar diretamente ligada no grau de poluição atmosférica, uma vez que a indústria tem uma parcela considerável nas análises de poluição atmosféricas globais, a influência de industrias, empreendimentos e o papel das fiscalizações nesses locais se mostram imprescindíveis para o bem estar da sociedade hodierna. Contudo, Uberaba ainda enfrenta desafios no âmbito da poluição atmosférica e o fator mais alarmante é a emissão de poluentes provenientes de automóveis.
CONTROLE DA QUALIDADE DO AR E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
De acordo com a FEAM “O monitoramento da qualidade do ar é realizado para determinar o nível de concentração de um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores, selecionados devido à sua maior frequência de ocorrência na atmosfera e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São eles: material particulado (poeira), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC) e ozônio (O3)”, sendo esses os pilares para obtenção de resultado assertivo e caracterização de prevenção de riscos à saúde. No Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabeleceu um padrão de avaliação do INDICE DE QUALIDADE DO AR (IQAr). Abaixo é possível observar a fórmula matemática do IQAr utilizada para avaliar os efeitos dos poluentes na população.
IQAr=Índice inicial+ Índicefinal-Índice inicialConc. final-Conc. inicialXConc. medida-Conc. inicial
Outrossim, a resolução Conama 491/2018 estabelece os índices de qualidade do ar e suas respectivas classificações, a escala de qualidade pode ser boa (de 0 a 50), regular (51 a 100), inadequada (101 a 199), má (200 a 299), péssima (300 a 399) e crítica (acima de 400). Estudos realizados pelos órgãos responsáveis por essa classificação indicam que valores acima do limite máximo de concentração dos poluentes atmosféricos, pode-se agravar problemas respiratórios na população, asma, respiração ofegante, falta de ar, cansaço, tosse, dores no peito, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva. Logo, os órgãos responsáveis devem estar sempre monitorando e atentos aos índices para que a população não seja afetada por poluentes atmosféricos.
ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
Em Minas Gerais, o órgão responsável pelo monitoramento da qualidade de ar é a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e possui diversas redes telemétricas para auxiliar a compilação de dados. Ademais, não somente esse órgão tem atuação nas diversas cidades do estado, em Uberaba a principal rede de monitoramento climático atmosférico é a Estação Experimental Getúlio Vargas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), é válido ressaltar que a Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM localizada em Uberaba assinou um termo de Cooperação Técnica com o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET e instalaram um Estação Meteorológica Automática – EMA na Unidade II da universidade para coletar informações meteorológicas (temperatura, umidade, pressão atmosférica, precipitação, direção e velocidade dos ventos, radiação solar).
ILHAS DE CALOR E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Ilha de calor é o nome de um fenômeno climático que ocorre principalmente em cidades altamente urbanizadas. Nessas cidades, a temperatura média é geralmente mais alta do que nas áreas rurais próximas, em Uberaba acontece esse evento climático.
Geralmente, o ar atmosférico na cidade é mais quente que nas áreas que circundam este local. As ilhas de calor aparecem no centro das grandes cidades devido aos seguintes fatores: Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto; Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície(quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor; Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo; Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos; Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (Efeito Estufa); Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera.
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