O Ciclo Total de Vida das Instalações em Atmosfera Explosiva

O que é atmosfera explosiva?

De acordo com o vídeo atmosfera explosiva é uma mistura no ar que tem oxigênio com uma substancia inflamável ou combustível na forma de gás, vapor, poeira ou fibras, as quais, após, a ignição, permitem a propagação autossustentada de toda a mistura, gerando assim, a explosão. Para que a haja uma explosão é necessário que exista 3 pontos, o comburente, sendo o mais comum o oxigênio, uma fonte de ignição, seja ela de aparelhos/instalações elétricos ou fontes de calor e combustível na forma de gás, vapor, fibra ou poeira.

Diversos segmentos industriais, podem gerar uma atmosfera propicia a uma explosão, como o petroquímico, alimentício, usinas de açúcar, etanol, farmacêutico, têxtil, papel e celulose entre tantos outros (WEG).

Referencia:

https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h72/h91/WEG-atmosferas-explosivas-50039055-brochure-portuguese-web.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=ZHieUcDpQiE

O que é área classificada?

Áreas classificadas são áreas na qual uma atmosfera explosiva está presente ou que tem probabilidade de ocorrer no processo normal do sistema. Necessitando assim de requisitos especiais para que a atividade dentro dessa área ocorra de forma segura. As áreas classificadas são dimensionadas a partir da frequência e duração da atmosfera explosiva gerada. São definidas da seguinte maneira:

Zona 0 — área onde existe permanentemente, ou durante longos períodos de tempo ou com frequência, uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa.
Zona 1 — área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a formação ocasional de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa.
Zona 2 — área onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a formação de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa, ou onde essa formação, caso se verifique, seja de curta duração.
Zona 20 — área onde existe permanentemente ou durante longos períodos de tempo ou com frequência uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível.
Zona 21 — área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a formação ocasional de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível.
Zona 22 — área onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a formação de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível, ou onde essa formação, caso se verifique, seja de curta duração.

Referecia:

https://www.youtube.com/watch?v=ZHieUcDpQiE

https://www.apsei.org.pt/areas-de-atuacao/seguranca-contra-incendio/atex-atmosferas-explosivas/

Segurança em atmosfera explosiva?

De acordo com a associação portuguesa de segurança (apsei), deve-se evitar a formação de atmosferas explosivas através de medidas técnicas e organizacionais apropriadas a natureza das operações, e caso não seja possível extinguir a formação da atmosfera explosiva, deve-se tomar medidas afim de evitar que ocorra a ignição causando assim uma explosão.

A prevenção da formação de atmosferas explosivas deve ser efetuada através de medidas técnicas e organizativas apropriadas à natureza das operações, tendo em conta os princípios de prevenção consagrados no regime aplicável em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, sendo da responsabilidade do empregador.
Se a natureza da actividade não permitir evitar a formação de atmosferas explosivas, as medidas técnicas e organizativas devem ser no sentido de evitar a ignição dessas explosões e de atenuar os efeitos prejudiciais das mesmas, de forma a proteger a vida, a integridade física e a saúde dos trabalhadores (apsei).

De acordo com Mantecon, a principal fonte de ignição que ocorre em áreas com atmosfera explosivas é devido a presença de equipamentos elétricos.

A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas constitui uma das principais fontes de ignição dessas atmosferas, quer pelo centelhamento normal como na abertura e fechamento de contatos, como devido a temperatura elevada atingida pelo mesmo em operação normal ou em falhas (Mantecon).

Os métodos de proteção para equipamentos elétricos são divididos em:

Confinamento: A explosão é confinada em um compartimento capaz de resistir à pressão desenvolvida durante uma possível explosão, não permitindo a propagação para as áreas vizinhas

Segregação:  separa fisicamente a atmosfera potencialmente explosiva da fonte de ignição

Prevenção: Controla a fonte de ignição de forma que ela não possua energia térmica ou elétrica suficiente para detonar a atmosfera explosiva

Supressão: A probabilidade do equipamento elétrico se tornar uma fonte de ignição é reduzida pela adoção de medidas construtivas adicionais.

De acordo com estes métodos de proteção são estabelecidos os Tipos de Proteção, que são características construtivas específicas capazes de permitir que os equipamentos Ex operem em segurança dentro de atmosferas explosivas, atendendo as suas limitações técnicas específicas (Erthal, 2021). Os tipos de proteção para proteger os equipamentos Ex, são escolhidos de acordo com as características especificas da atmosfera explosiva em que estão instalados, para conferir o nível de proteção adequado.

De acordo com Mantecon os tipos de proteção são os seguintes:

À Prova de Explosão Ex d: O Invólucro à prova de explosão é um sistema suficientemente resistente e vedado para não propagar uma explosão, e cuja temperatura superficial não provoque a ignição de uma atmosfera explosiva.

 Segurança Aumentada Ex e: Equipamento elétrico de segurança aumentada é aquele que “sob condições normais de operação não produz arcos, faíscas ou aquecimento suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para a qual foi projetado.

Equipamento Elétrico Imerso em Óleo - Ex o: O equipamento elétrico é imerso em óleo de tal modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do líquido ou na parte externa do invólucro.