O Departamento de Engenharia Ambiental
Por: Fernando Meletti Maciel • 3/4/2022 • Projeto de pesquisa • 2.421 Palavras (10 Páginas) • 118 Visualizações
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas
Departamento de Engenharia Ambiental
Fernando Meletti Maciel
APA do rio Uberaba: gerenciamento simplificado para pequenas bacias hidrográficas
Uberaba – MG
2021
Fernando Meletti Maciel
APA do rio Uberaba: gerenciamento simplificado para pequenas bacias hidrográficas
Projeto de Pesquisa apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, edital nº 12/2021/PROPPG/UFTM, a ser realizado junto ao Departamento de Engenharia Ambiental, do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula Milla dos Santos Senhuk
Uberaba – MG
2021
RESUMO
Os estudos sobre a composição florística e as estruturas das formações florestais são de fundamental importância para a compreensão da dinâmica destas formações, servindo como subsídio para práticas sustentáveis e em projetos de recuperação de áreas degradadas. O presente estudo tem como objetivo diagnosticar as condições ambientais e levantar as espécies arbóreas de um fragmento florestal na bacia do rio Uberaba, de propriedade da EPAMIG. Primeiramente, será realizado o georreferenciamento/geoprocessamento dos recursos hídricos locais em todo o percurso do córrego do fragmento florestal, a fim de determinar se há afloramentos d’água dentro das limitações da área de estudo, levantar e diagnosticar os possíveis impactos ambientais antrópicos negativos. Para o levantamento florístico será adotado o método qualitativo de florística, que consiste em uma listagem das espécies que ocorrem em um determinado local. As coletas de exemplares botânicos serão realizadas quinzenalmente no período de agosto de 2020 a julho de 2021, em transectos aleatórios. As amostras com flores e/ou frutos serão prensadas e secas em estufa, para armazenamento da coleção no herbário da UFTM. A identificação dos táxons será feita com base nas características do material examinado, utilizando-se chaves de identificação, revisões taxonômicas, comparações com exsicatas incorporadas no HUFU (Herbarium Uberlandense, da Universidade Federal de Uberlândia) e, se necessário, por consulta a especialistas.
Palavras-chave: Cerrado, inventário florístico, herbário
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................5
3. OBJETIVOS ...........................................................................................................................5
3.1 Geral .....................................................................................................................................5
3.2 Específicos ............................................................................................................................5
4. MÉTODOS .............................................................................................................................6
4.1 Área de estudo .......................................................................................................................6
4.2 Coleta e análise dos dados .....................................................................................................7
5. CRONOGRAMA ...................................................................................................................8
REFERÊNCIAS .........................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
É fato a crise ambiental vivenciada nos dias de hoje, como aponta MORAIS (2019), e dentro dela, a água como seu elemento indispensável para a vida no planeta. Á água é um bem comum e inalienável, porém sua gestão é alvo na sociedade capitalista onde passa a ter valor de troca e ser alvos de disputa em todo globo. No Brasil, a gestão das águas se inspirou em um modelo francês que pressupôs uma gestão descentralizada, participativa e integrada que abriu portas para a ascensão de um setor elétrico. Esta gestão, portanto, confere o poder a grupos ligados a cada uma das bacias hidrográficas do país, criando, consequentemente, os Comitês de Bacias Hidrográficas.
De acordo com SANTOS (2012), quando se estuda Bacias não se leva em conta apenas as características hidrológicas presentes nela, mas também envolve uma análise do uso e ocupação do solo no entorno de suas extensões. Além disso, o comportamento hidrológico de uma bacia é função de suas características geomorfológicas (forma, relevo, solo, área, geologia, drenagem e outros), e também do seu tipo de cobertura vegetal. A ocupação de um entorno de bacia com um solo desordenado, se não realizada com uma devida gestão, gera diversos problemas, nos quais pode-se destacar a erosão.
É inegável a importância das bacias hidrográficas em âmbito mundial. Por isso, segundo SILVA (2008), problemas na gestão de bacias tem inevitável causa o uso de terras no entorno de cursos d’água que formam tal bacia. A constante incidência de problemas em cursos d’água tem reflexos evidentes na rede de drenagem o que prejudica a vazão de tais afluentes.
Tanto bacias como microbacias têm inúmero cursos d’água em decorrer de sua extensão, sendo eles, inúmeros localizados em propriedades privadas na zona rural. A fatídica localização desses cursos em âmbito privado leva a uma alta incidência de ações humanas dentro desses recursos hídricos, sendo inevitável os problemas de vazão pela falta de cuidado de tias locais.
Um exemplo de bacia que leva sua extensão a diversas propriedades privadas é a da APA do rio Uberaba, localizada pelas extensões do município de Uberaba, tem sua área utilizada em diversos estudos de recuperação de nascentes e medição de vazão.
Destinada, portanto, ao presente estudo, espera-se como resultados o levantamento de dados que permitam a recuperação de nascentes e controle da erosão e, consequentemente, o aumento da vazão de água para o rio Uberaba a partir da utilização racional e integrada dos recursos hídricos na microbacia do ribeirão Saudade. Também se espera que o diagnóstico das nascentes e o monitoramento da água superficial e subterrânea possam ser relacionados com medidas de controle da erosão já adotadas na fazenda, como a criação de bolsões de água, curvas de nível e reflorestamento de matas de galeria e ciliares, subsidiando ações futuras para ampliação dessas medidas.
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