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O Indice de Serventia Urbano

Por:   •  15/6/2022  •  Seminário  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  126 Visualizações

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THAYANE MONTEIRO

 

 

 

 

 

ATIVIDADE – ÍNDICE DE SERVENTIA URBANO

 

 

 

 

 

CAMILLE S. GOMES TEIXEIRA

 

  1. INTRODUÇÃO

Embora a maior parte das vias urbanas sejam projetadas e restauradas com a mesma metodologia utilizada para as rodovias, existe uma grande diferença entre elas. As rodovias apresentam tráfego contínuo de veículos e altas velocidades, enquanto que nas vias urbanas o tráfego opera com fluxo descontínuo e baixa velocidade operacional, devido a existência de semáforos, interferências de serviços públicos, circulação de pessoas, etc.

Diante disso, visando a implantação de um sistema de gerência de manutenção de pavimentos, na malha viária urbana, foi desenvolvido, no país, por técnicos e pesquisadores da área, um modelo empírico e simplificado de gerência de pavimentos que permite rápida assimilação e imediata aplicação pelos órgãos gestores municipais e estaduais, através da padronização dos levantamentos para se inventariar os defeitos existentes (VILLIBOR et al., 2000).

Conhecido como Índice de Serventia Urbano (ISU), tem-se uma metodologia de avaliação, proposta especialmente para pavimentos urbanos, considerando o tipo de via e o tráfego incidente. O que torna mais fácil identificar o momento oportuno para uma intervenção, utilizando-se do mínimo de recursos financeiros para elevar o nível de serventia a valores próximos da condição inicial do pavimento.

  1. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo baseia-se no método proposto por Villibor et. al. (2009) para determinação do Índice de Serventia Urbano. Para a classificação das patologias de acordo com sua área de incidência e severidade foi utilizado como referência um relatório feito anteriormente segundo a normativa 008/2003 - PRO do DNIT, onde se estabelece o processo de levantamento visual.

Para a determinação do ISU, os avaliadores devem verificar a ocorrência de patologias como trincas, remendos, panelas e ondulações, além de levar em consideração a sua área de incidência e a severidade dos defeitos, conforme Quadros 1 e 2, respectivamente.

Quadro 1 - Área de incidência dos defeitos (A)

[pic 1]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

Quadro 2 - Severidade dos defeitos (S)

[pic 2]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

De posse destas informações é estruturada uma matriz, em que os valores correspondem ao produto da severidade pela área de incidência, que exprimem o grau de deterioração do trecho avaliado, conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Matriz do produto da severidade pela área de incidência (G)

[pic 3]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

Conforme Villibor et al, (2000), o grau de deterioração analisado isoladamente não define a condição do pavimento, visto que cada tipo de defeito representa uma condição peculiar quanto à degradação do pavimento e ao desconforto causado aos usuários. Portanto, para obtenção das condições reais do pavimento, ponderam-se os diferentes tipos de defeitos.

Os fatores de ponderação para os diversos defeitos constam na Tabela 2.

Tabela 2 - Fatores de ponderação (F)

[pic 4]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

O valor resultante do somatório dos diversos defeitos ponderados é denominado Índice de Serventia Urbano (ISU) que é calculado através da seguinte expressão:

𝐼𝑆𝑈 = 100 − (100/90 (𝐺𝑅 𝑥 𝐹𝑅 + 𝐺𝑇 𝑥 𝐹𝑇 + 𝐺𝑃 𝑥 𝐹𝑃))

Onde:

- GR, GT e GP = Grau de deterioração para remendos, trincas e panelas.

- FR, FT e FP = Fator de ponderação para remendos, trincas e panelas.

O método propõe que para cada intervalo do Índice de Serventia Urbano seja associada uma condição do pavimento, conforme Tabela 3.

Tabela 3 - Intervalos para o ISU e respectivas condições do pavimento

[pic 5]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

Após a determinação do ISU, se necessário, serão indicadas alternativas de manutenção, conforme as sugestões de intervenção que constam no diagrama apresentado na Figura 1. Esse diagrama relaciona o valor obtido com o cálculo do índice à vida de serviço do pavimento, e fornece, para cada intervalo, a intervenção adequada, conforme a Tabela 4, que também expressa o custo para realizar cada tipo de intervenção.

Figura 1 - Desempenho da curva de um pavimento para tráfego muito leve a leve[pic 6]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

Tabela 4 - Custo de manutenção para tráfego de veículos muito leve a leve

[pic 7]

Fonte: (VILLIBOR et. al., 2009)

  1. COLETA DE DADOS

A obtenção do ISU se deu conforme as seguintes etapas, respectivamente:

(1) reconhecimento do trecho avaliado e dos registros fotográficos das patologias encontradas;

(2) classificação das patologias de acordo com sua área de incidência e severidade;

(3) cálculo do Índice de Serventia Urbano.

Para esse estudo avaliou-se um trecho da via coletora conhecida como Rua João José Rodrigues, localizada no bairro Jardim Tarumã, na cidade de Tangará da Serra – MT. A partir da avaliação foram encontradas inúmeras patologias, dentre elas cerca de 7 são remendos, 6 são panelas e aproximadamente 35% são ondulações e 20% são patologias de trincamento. O levantamento dos dados está apresentado de forma mais detalhada no Tópico a seguir.

Para exemplificação das patologias verificadas estão apresentadas as imagens abaixo.

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