O LABORATÓRIO DE CONFORMAÇÃO E USINAGEM
Por: Caio Brettas • 10/11/2022 • Relatório de pesquisa • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 88 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA MECÂNICA
LABORATÓRIO DE CONFORMAÇÃO E USINAGEM – PROF. ION WILLER DOS SANTOS
RELATÓRIO N° 03 TÍTULO: Avaliação do Efeito da Variação dos Parâmetros de Corte no Processo de torneamento.
ALUNOS: Caio Brettas Veloso, Mellina Vieira Medina. DATA: 17/10/22
1. INTRODUÇÃO.
Sabe-se que a variação dos parâmetros de usinagem causa efeitos diversos na qualidade do resultado final da peça usinada. Para isso utilizam-se vários setups para definir os melhores fatores a serem aplicados visando a otimização do resultado final.
2. OBJETIVOS DA PRÁTICA
Esta prática tem o objetivo de analisar os parâmetros de usinagem: velocidade de corte (VC), avanço (f) e profundidade de corte (aP), num corpo de prova padronizado usando insertos de usinagem também padronizados. O objetivo específico é estuda-los de forma separada e analisar o acabamento superficial, acústica e vibração no corte e características do cavaco formado.
3. DISPOSITIVOS E MATERIAIS
Em vista de alcançar o objetivo foram usados os seguintes dispositivos:
- 1 torno CNC;
- 1 amperímetro;
- 1 inserto Mitsubishi CNMG120408-MA (inserto MA);
- 1 inserto Mitsubishi CNMG120408-MJ (inserto MJ);
- 1 termômetro digital;
- 1 rugosímetro;
- 1 paquímetro;
- 1microscópio;
- 6 corpos cilíndricos de material SAE 1045 com medidas aproximadas de Ø2" x 150mm.
4. PROCEDIMENTOS
A principio desejava-se avaliar os efeitos da variação da velocidade de corte (VC) no processo de torneamento. Para isso, posicionou-se o corpo de prova no torno CNC, definiu-se um avanço padrão de 0,2mm/rotação. Definiu-se também as 3 velocidades de usinagem para teste: 50m/min para usinagem na primeira parte do cilíndro, 80 m/min para a segunda parte e 150 m/min para a parte final do cilindro a ser usinado. Os parâmetros Voltagem (V), avanço (f) e profundidade de corte (aP) foram mantidos constantes em: V=220V, f = 0,2mm/rot e aP = 1mm. Primeiro posicionou-se o inserto MA e dando início do acionamento do torno para cada velocidade, observou-se as correntes em vazio e em corte. Após cada etapa de usinagem tomou-se nota das temperaturas do cavaco, ferramenta e peça obtendo os seguintes resultados:
INSERTO MA | |||||
TEMPERATURA (ºC) | CORRENTE (A) | ||||
VC [m/min] | Cavaco | Ferramenta | Peça | Vazio | Em Corte |
50 | 146 | 29 | 75 | 1,8 | 4,25 |
80 | 171 | 30 | 26 | 2,24 | 5,7 |
150 | 140 | 30 | 26 | 2,9 | 7,8 |
Para o inserto MJ repetiu-se os mesmos parâmetros, observando os seguintes resultados:
INSERTO MJ | |||||
TEMPERATURA (ºC) | CORRENTE (A) | ||||
VC [m/min] | Cavaco | Ferramenta | Peça | Vazio | Em Corte |
50 | 140 | 32 | 25 | 1,9 | 3,8 |
80 | 130 | 30 | 23 | 2,2 | 5,2 |
150 | 120 | 29 | 24 | 2,9 | 7,6 |
Observou-se também que quanto maior a velocidade de corte menor era o ruído apresentado pelo torno e também menor era a vibração do mesmo.
Com a ajuda do microscópio pôde-se observar o desgaste na ponta das ferramentas:
FIGURA 1 - Desgaste das ferramentas
[pic 1]
Fonte: Próprios autores.
Onde (a) é o inserto MA antes da usinagem, (b) é o inserto MJ antes da usinagem, (c) o inserto MA após usinagem e (d) inserto MJ após usinagem.
Com o auxílio do rugosímetro mediu-se também as rugosidades nos cilindros usinados como mostram as tabelas:
MA | ||||
Ra [𝜇m] | Rt [𝜇m] | Rv [𝜇m] | Rp [𝜇m] | |
Parte usinada a VC=50m/min | 2,34 | 11,78 | 4,4 | 6,63 |
Parte usinada a VC=80m/min | 2,42 | 11,79 | 4,26 | 6,7 |
Parte usinada a VC=150m/min | 2,26 | 11,28 | 4,13 | 6,65 |
MJ | ||||
Ra [𝜇m] | Rt [𝜇m] | Rv [𝜇m] | Rp [𝜇m] | |
Parte usinada a VC=50m/min | 3,11 | 17,74 | 6,92 | 8,96 |
Parte usinada a VC=80m/min | 2,95 | 14,5 | 5,54 | 8,3 |
Parte usinada a VC=150m/min | 3,25 | 14,89 | 6,15 | 8,26 |
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