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O Laudo Técnico Engenharia Civil

Por:   •  24/3/2020  •  Ensaio  •  1.151 Palavras (5 Páginas)  •  1.236 Visualizações

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Rhayanny Laryssa Shiraishi Amano – Engª Civil; CREA - MG 226285

Rua Francisco Rodrigues Pereira 89, Bairro Angélica, Conselheiro Lafaiete – MG

Contato: 31 99723-8586

PERICIA DE ENGENHARIA - PARECER TÉCNICO

Rhayanny Laryssa Shiraishi Amano, Engenheira Civil, registrada no CREA - MG sob nº 226285, conforme solicitação, apresenta seu parecer técnico conforme segue:

  1. Considerações Preliminares
  1. Finalidade

Tem o presente a finalidade de relatar as anomalias relacionadas à infiltrações e umidades apresentadas na edificação localizado na Rua Pernambuco, nº 103, Bairro Jardim América, Conselheiro Lafaiete - MG, de propriedade de Lucas Evangelista da Fonseca, CPF: 143 543 306-87, bem como fissuras que se apresentam, conforme vistoria efetuada in loco no dia 09 de novembro de 2018, no período da manhã, visando descobrir as causas das patologias apresentadas e apresentar possíveis soluções para sanar os problemas relatados. Tal laudo foi contratado pelo próprio Sr. Lucas Evangelista da Fonseca, porém totalmente imparcial, cabendo descrever apenas as situações devidamente observadas.

  1. Características do Edifício Objeto do Presente Estudo

Edifício de condomínio misto (comercial e residencial) constituído por 3 andares, sendo o térreo locado a uma farmácia, o segundo a um chaveiro que o utiliza para fins habitacionais e de trabalho e o terceiro a um terceiro inquilino que o ocupa como habitação. Esse edifício tem um dos seus lados em contato com uma obra que está em construção e justamente esse lado está apresentando problemas que serão descritos posteriormente.

  1. Histórico Apresentado

  1. Fissuras

O revestimento interno do térreo (farmácia) apresenta-se com algumas fissuras, tanto no chão quanto nas paredes. As da parede, inclusive, têm mais de 2 metros de altura, se propagando verticalmente por toda a alvenaria (parede). Esse tipo de patologia tem suas causas mais prováveis as de movimentação estrutural devido a dilatação térmica ou de recalques diferenciais de fundação (acomodação estrutural sobre o solo). Porém, como a edificação é antiga e as fissuras só apareceram agora, é conveniente pensar que existam causas externas.

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Figura 1: Fissuras no chão da Farmácia.

Figura 2: Fissuras na parede da Farmácia.

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Figura 3: Fissuras na alvenaria da Farmácia.

O aparecimento das fissuras na alvenaria se justificam com a etapa de fundação da construção adjacente, que foram profundas e causaram vibrações no solo, provocando o ajustamento do mesmo e consequente recalque na edificação em questão. Vale ressaltar que as fissuras não representam um problema estrutural, visto que as vigas e colunas não foram diretamente atingidas. O problema é a princípio visual, apesar de potencializar a passagem de água e consequente mofo e claro, afetar o valor do imóvel, pois leigos no assunto podem achar que a edificação tem problemas estruturais, sejam essas pessoas os locadores ou em caso de futura venda.

O ajustamento no solo causado pela fundação profunda na vizinhança é absolutamente normal e acontece sempre, mas é inegável que causou danos que precisam ser reparados na edificação vizinha.

  1. Umidade

Outro problema apresentado é que tanto o primeiro quanto o segundo andar apresentam umidificação elevada em vários pontos, situação bem mais acentuada no segundo andar. As causas de se apresentar umidificação elevada, se dá principalmente pela infiltração e percolação da água de forma sequencial e constante no reboco. A infiltração com o acúmulo de umidade causa mofo e a proliferação de fungos, com consequente perda de qualidade de vida (problemas respiratórios) e valor financeiro do imóvel.

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Figura 4: Mofo em decorrência da umidade na parede da Farmácia.

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Figura 5: Infiltração na parede do segundo pavimento.

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Figura 6: Mofo em decorrência da umidade no segundo pavimento.

A umidade se explica pela quantidade de água que entra na construção vizinha no período de chuvas e que se empoça, além da que se infiltra na alvenaria. Em obras, para se evitar esses problemas, deve-se fazer uma impermeabilização da parede vizinha para evitar a percolação da água (o que claramente não aconteceu. Outra possibilidade que teria minimizado o problema, era uma adequação do método construtivo, fazendo primeiro os elementos estruturais e só após, a alvenaria (que é a principal responsável por absorver a água e fazer com que a mesma atravesse para a parede vizinha).

Além de terem sidos observados que as causas das patologias têm ligação direta com a obra ao lado, de acordo com os habitantes dessa edificação e com os funcionários da farmácia, os problemas apareceram justamente quando a construção começou a se instalar, ou seja, os relatos vão de encontro ao observado in loco.

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Figura 7: Poça de água na construção vizinha.

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Figura 8: Alvenaria úmida sem devida impermeabilização na construção vizinha.

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Figura 9: Detalhes das paredes da construção e da edificação vizinha afetada.

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