O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
Por: Ruan Alves • 15/6/2018 • Trabalho acadêmico • 3.138 Palavras (13 Páginas) • 217 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
Eduan de Oliveira Claro
Prof.ª Sônia
Física Experimental 1 - 198
Maringá, 25 de agosto de 2009
Resumo
No experimento reproduzido o objetivo foi deduzir as equações que regem o movimento de um corpo que se encontra em movimento circular uniforme. Um corpo com massa conhecida foi preso a uma plataforma rotatória. Após a determinação do raio de sua trajetória e a força resultante do sistema, foi então colocado em MCU. Através de uma série de medidas feitas a partir de forças resultantes diferentes a equação do movimento do corpo foi encontrada. O resultado obtido satisfaz a teoria do movimento circular uniforme e sua exatidão está de acordo com os padrões esperados para o tipo de aparelhagem utilizada.
I – Introdução
Quando uma partícula se move ao longo de uma circunferência com velocidade escalar constante, diz-se que está em movimento circular uniforme.
Nessa situação a velocidade escalar, que é o módulo do vetor velocidade, permanece constante pois não há componente da aceleração paralelo (tangente) à trajetória. A aceleração atua totalmente perpendicular (normal) à trajetória e tem sentido apontado para o centro da circunferência, causando mudanças apenas na direção do vetor velocidade.
A aceleração, chamada nesse caso de aceleração centrípeta (palavra cujo significado é “que se dirige para o centro”), pode ser relacionada de forma simples com o Raio e com a Velocidade Escalar da partícula. [1]
Para tal demonstração foram analisados os dados de uma partícula que se encontra em MCU.
Na figura 1 (A), determinaram-se dois pontos A e B, e as velocidades respectivas em cada um dos pontos. Em (B), a variação do vetor velocidade ∆ foi encontrada. Em (C), o deslocamento escalar ∆S, que é o segmento de reta . [2][pic 1][pic 2]
[pic 3]
Figura 1 [2]
(A) - Movimento circular uniforme de uma partícula indo de uma posição A para B. VA = VB = V.
(B) - Determinação do vetor diferença ∆.
(C) - Medida do arco ∆S = .[pic 4][pic 5]
Como os triângulos de (B) e (C) são semelhantes, pode-se chegar à seguinte relação:
[pic 6]
O módulo da aceleração média durante o intervalo de tempo ∆ é, portanto:[pic 7][pic 8]
[pic 9]
E através do limite dessa expressão quando , obtêm-se a aceleração instantânea denominada :[pic 10][pic 11]
[pic 12]
A fórmula da aceleração centrípeta, que é a única componente ativa da aceleração no MCU, foi então encontrada. [1]
Através da segunda lei de Newton, . Como no movimento circular uniforme existe uma aceleração, obrigatoriamente deverá existir alguma força resultante que atua no sistema responsável por essa aceleração.[pic 13]
Tal força é chamada força centrípeta , tem mesma direção e sentido da e é calculada através da expressão:[pic 14][pic 15]
[pic 16]
O objetivo do experimento a seguir foi determinar, através de métodos experimentais, as mesmas equações da fundamentação teórica.
II – Metodologia
Para a realização do experimento foi utilizada uma plataforma rotatória da Pasco.
Esse aparelho consiste em um eixo vertical rotatório preso a uma base horizontal regulável; ligado no eixo encontra-se uma haste horizontal milimetrada e, acoplados nela, um suporte vertical central e outro lateral. (figura 2)
No suporte lateral um fio inextensível suspende a massa M. Uma linha vertical indica o seu centro de rotação.
No suporte central uma ranhura vertical permite que se desloquem um anel e uma presilha. A presilha sustenta uma mola, um disco indicador e um fio inextensível que passa por uma pequena polia e prende-se à massa M. (ver detalhe da figura 2)
A distância entre os centros de rotação dos dois suportes é denominada raio R da trajetória circular que a massa M irá descrever.
Como a plataforma não dispõe de um dinamômetro, um corpo suspenso é preso por um fio inextensível à massa M através de uma polia no final da haste horizontal. Este “esquema” servirá apenas para medir a força resultante do sistema, não fazendo parte de qualquer etapa do experimento.
[pic 17]
Figura 2 – Ilustração da plataforma rotatória [3]
II.1 – Procedimento experimental 1
Neste procedimento o objetivo foi coletar dados através de diferentes forças resultantes aplicadas.
Em um movimento circular uniforme, a força resultante do sistema é na verdade a força centrípeta () que atua no corpo. Tal força possui direção horizontal e tem sentido apontado para o centro da trajetória. Através do “esquema” citado acima foi possível calcular já que a força resultante do sistema é igual à força peso do corpo suspenso.[pic 18][pic 19]
Um corpo suspenso de massa conhecida é pendurado. Sua força peso e consequentemente a são então determinadas. [pic 20]
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