O Relatório de Inflação
Por: emilio.stein • 16/6/2023 • Trabalho acadêmico • 657 Palavras (3 Páginas) • 47 Visualizações
INFLAÇÃO
No Relatório de Inflação, publicado pelo Banco Central do Brasil, em março 2020 os dados da atividade econômica mostravam que a economia no país estava em um processo de recuperação gradual, porém esses dados ainda não tinham sofrido os impactos da nova crise da covid-19.
As leituras mostravam que a meta da inflação estava se comportando em níveis esperados com o cumprimento da meta. A inflação em março 2020 estava em 3,04 p.p., ou seja, abaixo da meta que no momento era de 4%, conforme gráfico abaixo disponibilizado pela Focus. Um fator que contribuiu para redução da média, foi inércia do ano anterior e as expectativas de inflação projetadas. Por outro lado, o que elevou a média da inflação foi o choque de ofertas, principalmente os itens relacionados a alimentação em domicílio, sendo que neste critério o componente que mais influenciou foi o preço das carnes, que ficaram em níveis elevados.
Em março 2020 as expectativas de inflação publicadas pela Focus, para 2020 era de 3,1%, 3,65% para 2021 e 3,5% para 2022.
Fonte: BCB (Focus)
Sob um cenário externo, em março de 2020, o preço das commodities estavam em queda devido a nova crise do Covid-19 o que também gerou um aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros, de acordo com Weltton Máximo da “Agência Brasil” em 18 de março de 2020 .
A previsão para 2021 é a continuidade da elevação no preço de commodities internacionais na moeda local, principalmente através dos efeitos nos preços dos combustíveis.
Seguindo em março 2021, as estimativas Focus para o IPCA tiveram uma alta importante nos primeiros meses. As expectativas do BC são de 5% para 2021 e de 3,5% para 2022 e 2023, conforme Mariana Ribeiro e Estevão Taiar na “Valor Investe”, de 25 de março 2021 .
A inflação do IPCA em 2020 foi de 4,52%, 0,52% superior à meta da inflação. Isso é um reflexo do efeito da pandemia da Covid-19 e de outros fatores como, programas de crédito e recomposição de renda, juntamente com os custos decorrentes dos aumentos dos preços das commodities e da taxa de câmbio em níveis elevados. Entre os fatores que contribuíram para o aumento estão, inflação importada, choque nos preços dos alimentos, inércia do ano anterior e bandeiras de energia. Já entre os que contribuíram para a diminuição, podemos citar, expectativas de inflação e hiato do produto.
A tabela abaixo mostra como é usual as projeções do Copom para os próximos meses. Para os meses de março e abril, a principal razão, para os os números elevados, é a contribuição do alto preço contínuo do combustível na inflação e nos serviços.
Fonte: BCB (Focus)
Com o objetivo de minimizar a elevada alta de preços nos últimos meses, o Copom decidiu por aumentar a taxa de juros (Selic) em 0,75 p.p., chegando a 3,75% a.a, segundo reportagem publicada pela “Valor Investe” em 22 de março de 2021 . A alta na taxa básica de juros foi algo acima do esperado pelo mercado.
CONCLUSÃO
A pandemia da Covid-19, somado com o alto preço das commodities, tem um papel fundamental na alta da inflação
...