O SURGIMENTO DAS CIDADES E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

O SUGIMENTO DAS CIDADES E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

Diogo Andrade Santana¹

INTRODUÇÃO

Segundo alguns arqueólogos as cidades mais antigas, surgiram na Mesopotâmia, na planície dos rios Tigre e Eufrates e se tratava de uma das regiões mais férteis, a região hoje é o atual Oriente Médio. O surgimento delas se deu por volta de 3500 a.C. e, pouco mais tarde, no vale do Nilo (Egito), vale do Indo (atual Paquistão), vale do Hoang Ho (China), na Grécia e, em Roma, entre 3000 e 1500 a.C.

A CIDADE

A criação das cidades se deu principalmente devido a necessidade da população de criar centros políticos e comerciais. A revolução agrícola possibilitou o surgimento dessas primeiras cidades. Porem neste momento não foi o suficiente para criar megacidades como as que vemos hoje em dia. Apesar da revolução na agricultura ter sido importante, não foi o suficiente para tirar as pessoas do campo. A atividade agrícola, todavia, demandava muita mão de obra, e a economia girava basicamente em torno da agricultura. Também podemos citar a necessidade das aldeias de se unir por proteção mutua como um dos fatores para o surgimento das cidades. A frente das cidades sempre havia alguma forma de governo sendo este representado por uma família, uma pessoa ou mesmo um líder religioso.

O desenvolvimento do trabalho e da mão de obra é um dos legados que o surgimento das cidades trouxe para a sociedade. A mesma só pôde se desenvolver e prosperar graças as condições favoráveis que a urbanização a trouxe. Sem a centralização e a organização das atividades econômicas seria impossível desenvolver outras profissões como a medicina, a engenharia e as demais especializações que se tem conhecimento. Se todos fossem obrigados a produzir seu próprio alimento, não se teria tempo para adquirir conhecimentos e consequentemente se especializar em outras áreas. A própria escrita se deve a necessidade de ordenamento do conhecimento e isso só foi possível devido o surgimento das cidades. As cidades foram surgindo ao longo da história, cada uma a sua maneira atendendo as necessidades que lhe eram imprescindíveis seja esta religiosa, politica, filosófica, econômica ou militar.

Podemos definir o atual modelo de cidade surgindo a partir da revolução industrial. Antes da revolução tínhamos pequenas populações vivendo quase que de maneira harmônica com a natureza. Porem a industrialização aliada com a necessidade de mão de obra no meio urbano e a escassez no meio rural foi um atrativo a migração dessa população para as cidades. Não somente isso pode-se definir a busca por melhorias na qualidade de vida como fatores determinantes também para essa troca da cidade pelo campo. E esse crescimento demográfico muitas vezes ou quase que em sua totalidade não se deu de maneira planejada ou ordenada. A urbanização nem sempre foi capaz de alcançar ou acompanhar o crescimento populacional. E, todavia, pode-se observar que cidades emergentes enfrentam problemas gravíssimos devido à falta de um planejamento adequado ou mesmo pela má execução deste.

URBANISMO

Pode-se resumir o urbanismo como sendo o conjunto de questões relativas a organização e ao planejamento das cidades e a sua evolução, incluindo a adaptação destas necessidades a dos seus habitantes. Seria imprescindível que o urbanismo andasse sempre à frente do crescimento populacional, porém devido a fatores políticos não é o que acontece. Mais não se deve culpar somente o poder público, também é culpada a população pelo desconhecimento das leis e o não cumprimento das mesmas.

O principal vilão do urbanismo são os atrativos que cada cidade gera para a imigração. Ou seja, quanto maiores as expectativas por empregos e qualidade de vida superior, mais pessoas buscarão viver nestas cidades. E por mais desenvolvida que seja a cidade sempre vamos encontrar problemas como insegurança, transito excessivo, problemas com o lixo e de abastecimento de água. Esses problemas podem-se dizer que se devem basicamente a que as cidades não comportam a quantidade de pessoas que nela habitam.

Existem dois tipos de cidades basicamente as planejadas e as não planejadas. Goiânia a capital do estado de Goiás foi planejada para comportar uma população de aproximadamente 50 mil pessoas, porém devido a uma série de fatores hoje a cidade possui uma população de aproximadamente 1,3 milhões de habitantes, sendo a 101º com maior crescimento no mundo, e até 2020 se prevê que estará entre as 5 cidades que mais crescem no país. Porém se forem analisados os problemas que este crescimento até certo ponto imprevisível já está causando, pode-se afirmar que caso não haja mudanças drásticas no planejamento estes problemas tendem a se agravar. Dentre os problemas podemos citar o abastecimento de água que já sofre bastante nos períodos de estiagem, o transito que nos horários de pico é caótico e o próprio sistema de drenagem que já não é eficaz como outrora.