O Tratamento de esgoto sanitário
Por: Ana Carolina F. Mazete • 7/1/2018 • Trabalho acadêmico • 923 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO DE VITÓRIA DA CONQUISTA
O município de Vitoria da Conquista é atualmente referência em questões acerca de saneamento básico, no ano de 2016 conseguiu saltar da 36ª colocação para o 14ª no ranking do Instituto Trata Brasil. Sua cobertura de coleta de esgotamento atinge cerca de 85% do seu território, é importante destacar que, se o município baiano ainda não tingiu a marca de 100%, esta é a meta para os próximos anos (VITÓRIA DA CONQUISTA, 2016).
Tal realidade ainda foi atestada pelo mais recente Ranking de Saneamento Básico e confirmado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a pesquisa avaliou o serviço de água e esgoto dos 100 maiores municípios do pais, onde Vitória da Conquista ficou à frente das capitais como Goiânia (28ª), Brasília (36ª) e Recife (66ª) (VITÓRIA DA CONQUISTA, 2016).
Um importante passo para que o local chegasse a 85% de cobertura de esgotamento foi a instalação, há cerca de dois anos, da nova Estação de Tratamento de Esgotamento Sanitário (ETE). O sistema foi construído com recursos federais e estaduais por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), e contou com o investimento de mais de R$ 120 milhões (VITÓRIA DA CONQUISTA, 2016).
Inicialmente a cidade contava com um local denominado pelos moradores com o “pinicão” o qual recebia todo o esgoto em seu período de atividade, localizava-se no extremo leste da cidade e foi considerado por mais de 20 anos um grande causador de danos ao meio ambiente e a população local. Ele provocou em partes a contaminação do Rio Verruga pois segundo a Embrasa, a ETE tratava apenas 54% do esgoto, que era o correspondente apenas ao lado leste da cidade. Com esse tratamento era eliminado 96% da carga orgânica e 99% de protozoários antes de ser lançado. Ainda, havia um grande mau cheiro provocado pela liberação de gases, a proliferação de animais peçonhentos e outros como ratazanas (SILVA, 2014).
Os responsáveis pelos danos causados pelo “pinicão” em suma foram os órgãos municipais, visto que estes respondiam pela gestão da cidade e não foram capazes de planejar a longo prazo o crescimento da mesma, inviabilizando o tratamento completo. Assim, a grande quantidade de resíduos eliminados de forma descontrolada foi outro agravante, favorecendo contaminações e dificultando o processo de manutenção da ETE (SILVA, 2014). O local pode ser visto na Figura 1.
Figura 1 – “Pinicão” instalado no bairro Candeias em Vitória da Conquista.
[pic 1]
Fonte: Silva, 2014
Assim sendo, o “pinicão” que possuía o tratamento realizado através de lagos de decantação deverá ser totalmente desativado com o passar dos anos e o esgoto será redirecionado por meio de cinco quilômetros de tubulação até a nova ETE que em seu projeto possuía a capacidade de tratar 533 litros por segundo (, 2012).
Segundo o Governo do Estado da Bahia (2012), em uma visita ainda em fase de construção da nova ETE do município de Vitória da Conquista, será utilizado o método de lodo ativado, o qual é um processo mais eficiente em questões de eliminação de carga orgânica e dos odores. O efluente final, após o último tratamento utilizando cloro deverá enquadrar-se dentro dos parâmetros de qualidade de águas determinado pela legislação ambiental em vigor para então ser lançado no Rio Verruga.
No ano de 2013 logo após a inauguração da ETE, esta já recebia cerca de 177 litros por segundo. Nesta primeira etapa esse sistema contemplou certa de 26 bairros, atingindo aproximadamente 85 mil habitantes, e quando esta foi finalizada, pode atingir 85% das áreas ocupadas do município. O sistema ainda possui sete novas estações elevatórias interligadas a sete novas subestações de energia elétrica, no total são cerca de 650 km de rede coletora, 15 km de interceptores, 8 km de linha de recalque além de 120 km de ramais prediais (ANDERSON, 2013). As Figuras 2, 3 e 4 são referentes a ETE atual de Vitória da Conquista.
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