O que é um protocolo
Trabalho acadêmico: O que é um protocolo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kladms • 10/2/2015 • Trabalho acadêmico • 5.798 Palavras (24 Páginas) • 336 Visualizações
O que é um protocolo?
Um protocolo é um método standard que permite a comunicação entre processos (que se executam eventualmente em diferentes máquinas), isto é, um conjunto de regras e procedimentos a respeitar para emitir e receber dados numa rede. Existem vários, de acordo com o que se espera da comunicação. Certos protocolos, por exemplo, serão especializados na troca de ficheiros (o FTP), outros poderão servir para gerir simplesmente o estado da transmissão e os erros (é o caso do protocolo ICMP),...
Na Internet, os protocolos utilizados fazem parte de uma sequência de protocolos, quer dizer, de um conjunto de protocolos. Esta sequência de protocolos chama-se TCP/IP.
Esta contém, designadamente, os seguintes protocolos: HTTP FTP ARP ICMP IP TCP UDP SMTP Telnet e NNTP
Protocolos orientados e não orientados para conexão
Classificam-se geralmente os protocolos em duas categorias, de acordo com o nível de controlo dos dados que se deseja:
• Os protocolos orientados para a conexão: Trata-se dos protocolos que operam um controlo de transmissão dos dados durante uma comunicação estabelecida entre duas máquinas. Em tal esquema, a máquina receptora envia avisos de recepção aquando da comunicação, assim a máquina emissora é fiadora da validade dos dados que envia. Os dados são assim enviados sob a forma de fluxo. O TCP é um protocolo orientado para a conexão
• Os protocolos não orientados para a conexão: Trata-se de um modo de comunicação no qual a máquina emissora envia dados sem prevenir a máquina receptora, e a máquina receptora recebe os dados sem avisos de recepção à primeira. Os dados são assim enviados sob a forma de blocos (datagramas). O UDP é um protocolo não orientado para a conexão
Protocolo e aplicação
Um protocolo define unicamente a maneira pela qual as máquinas devem comunicar, quer dizer, a forma e a sequência dos dados a trocar. Um protocolo não define, em contrapartida, a maneira de programar um software de tal maneira a que seja compatível com o protocolo. Chama-se assim implementação à tradução de um protocolo em linguagem de programação.
As especificações dos protocolos nunca são exaustivas, assim é habitual que as aplicações sejam objeto de uma certa interpretação das especificações, o que conduz às vezes às especificidades de certas aplicações ou, pior ainda, à incompatibilidade ou falhas de segurança!
Introdução TCP/IP.
Com o crescimento cada vez mais acentuado das redes de computadores surge a
necessidade interconecta-las haja visto que uma grande rede é formada por pequenas
unidades de LAN (Local Area Network ), MAN (Metropolitan Area Network) ou WAN
(Wide Area Network).
Como existem diversos tipos de usuários e diversos tipos de aplicações, existem
tecnologias de redes que se adequam melhor a cada perfil de usuário. O problema começa a surgir quando precisamos conectar diferentes tecnologias de redes de forma transparente.
Torna-se então necessário um protocolo (ou linguagem) comum que independente da
tecnologia de rede utilizada permita uma comunicação (ou internetworking) de forma
transparente. Neste contexto, o protocolo TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet
Protocol) vem suprir esta necessidade dando total transparência aos usuários finais das
diversas tecnologias de rede empregadas pelas diversas LANs, MANs e WANs existentes, mascarando todos os detalhes da tecnologia de Hardware utilizada.
Na Internet é usado o conceito de Open System (Sistemas Abertos), onde as especificações são públicas, não têm dono, ou seja, qualquer pessoa pode produzir software para esta tecnologia sem que seja preciso autorização ou pagamento de royalties para terceiros.
A Internet já possui milhares de aplicações, e outras tantas estão diariamente sendo criadas. Dentre todas as aplicações algumas merecem destaque especial, como:
• Correio Eletrônico (SMTP)
• WWW (HTTP)
• Resolução de Nomes (DNS)
• Transferência de Arquivos (FTP)
• Terminal Remoto (TELNET)
• Gerenciamento (SNMP)
A plataforma TCP/IP surgiu através dos trabalhos do DARPA (Defense Advanced
Research Projects Agency) dos Estados Unidos, em meados da década de 70, constituindo a ARPANET, que mais tarde se desmembrou em ARPANET, para pesquisa, e MILNET, voltada para as instituições militares.
Vale ressaltar que desde o princípio a arquitetura TCP/IP foi concebida em um contexto de guerra (Guerra Fria), onde uma das grandes preocupações era interligar os diversos
computadores (independente da tecnologia de rede utilizada), de forma simples e não
centralizada, ou seja, se determinados computadores fossem eventualmente destruídos a
rede continuasse funcionando independente daqueles computadores, o que inclui um conceito muito forte de descentralização, característica essa que não era comum na época.
Para encorajar os pesquisadores universitários a adotar o TCP/IP, o DARPA fez uma implementação de baixo custo, integrando-o ao sistema operacional UNIX da Universidade de Berkeley (BSD) já em uso em todas as universidades americanas.
Mais tarde a NSF (National Science Foundation) estimulou o seu crescimento criando a NSFNET, que ligava centros de supercomputação espalhados por todo o Estados Unidos, numa rede de longa distância, também o utilizando o protocolo TCP/IP para interligar as diferentes tecnologias de redes.
Devido a sua grande facilidade de implementação, baixo custo e as vantagens que esta rede oferecia, ela cresceu rapidamente e se espalhou por diversos países, construindo o que hoje conhecemos como Internet.
Quando alguém nos fala do protocolo TCP/IP logo nos vem à cabeça a palavra Internet, porque
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