OS PROCESSOS DE CORROSÃO

Walk de P. da Costa1, Rafael S. Ferreira1, Denis H. O. da Silva1, Walberth B. Moreno1, Júlio Cezar S. Castro1, José Hélio2

1Graduação em Engenharia Mecânica – Faculdade Pitágoras. E-mail: [e-mail]

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1Graduação em Engenharia Mecânica – Faculdade Pitágoras. E-mail: julio.castro97@hotmailcom

2Coordenação de Engenharia Mecânica - Faculdade Pitágoras. E-mail: [e-mail]

PROCESSO DE CORROSÃO EM EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS (TRANSPORTADORES DE CORREIAS)

Resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre a avaliação das principais causas da deterioração precoce por corrosão de um transportador de correia. Para essa avaliação, seguiu-se uma metodologia que engloba vários pontos, dentre estes, temos revisão literária sobre corrosão, visita ao local onde está instalado o transportador, para que dessa forma fosse possível fazer uma caracterização do ambiente de serviço da estrutura e associar as condições estruturais da mesma, com as informações obtidas na revisão literária, e ainda avaliou-se a viabilidade da realização de ensaios que viessem a contribuir para melhor entendimento do problema ali encontrado. Tendo-se feito essa visita, tornou-se possível estabelecer quais as melhores técnicas corretivas e/ou preventivas baseadas nos princípios de engenharias dos materiais, manuais técnicos de tintas, deveriam ser implementadas afim de aumentar a vida útil da estrutura em estudo.

INTRODUÇÃO

A corrosão como uma importante forma de deterioração prejudica a integridade dos equipamentos e instalações e, desta maneira, tem impacto direto na confiabilidade (ABRACO, 2007). Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamento ou instalações é necessário que resistam à ação do meio, além de apresentar propriedades mecânicas e características de fabricação adequadas (ABRACO, 2007). Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos presentes no meio, particularmente o oxigênio e o enxofre, produzindo compostos semelhantes ao encontrados na natureza, dos quais foram extraídos (IBP, 2011). A corrosão é um processo que corresponde ao inverso dos processos metalúrgicos de obtenção do metal (PINTURA INDUSTRIAL NA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA/Laerce de Paula Nunes, Alfredo Carlos O. Lobo – 5. Ed.). Os processos corrosivos estão presentes em todos os locais e a todo instante na nossa vida diária. Assim, a deterioração de automóveis, eletrodomésticos, estruturas metálicas, instalações industriais, etc. são problemas com os quais o homem se depara a todo instante. Sendo a corrosão um processo espontâneo, poder-se-ia prever que a maioria dos metais seria imprópria à utilização industrial. Essa utilização é, no entanto, possível graças ao retardamento da velocidade das reações, que se consegue, entre outras formas, pelos fenômenos de polarização e passivação, os quais, associados aos processos de proteção, proporcionam a utilização econômica e segura dos materiais metálicos (PINTURA INDUSTRIAL NA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA/Laerce de Paula Nunes, Alfredo Carlos O. Lobo – 5. Ed.).

Em linhas gerais, podemos dizer que estando o metal em um equilíbrio meta estável, ao existir condições propícias à perda da energia, haverá a corrosão e o retorno à sua composição original estável.[pic 1]

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Composto + Energia                       Metal[pic 3][pic 4]

Ao definirmos a corrosão, já obtemos algumas pistas sob como podemos controlá-la. Para que o metal sujeito à corrosão permaneça em equilíbrio estável, faz-se necessário a     cessão contínua de energia em quantidade adequada, feita através de métodos de proteção.

Baseado nesses conceitos, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão literária no que tange aos mecanismos que favorecem a iniciação e propagação da corrosão em estruturas metálicas, para que dessa forma, seja possível estabelecer melhorias, através de medidas preventivas, para que assim seja possível um retardamento no processo de corrosão em equipamentos portuários, mais precisamente em transportadores de correias.

Material e Métodos

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1. Revisão literária

Visando obter informações sobre como ocorre o mecanismo de corrosão e quais fatores contribuem para a propagação da mesma, fez-se pesquisas em livros, sites, TCC’s e outras fontes de materiais que viessem a contribuir com o desenvolvimento desse trabalho.

1. Vistoria no Transportador de correia

Com o objetivo de saber o estado de deterioração e as reais condições da estrutura do transportador de correia em estudo, tornou-se necessário fazer uma visita ao mesmo, e dessa forma foi possível conhecer e caracterizar o ambiente de serviço em que ele está submetido.

1. Levantamento de Dados

Ainda durante a visita, foi possível fazer um levantamento dos dados de projeto do citado transportador, bem como qual o tipo de material que o mesmo foi fabricado e a severidade do local onde o mesmo está instalado.

Durante a visita de campo, dentre outras descobertas, obtivemos a confirmação que o material constituinte do equipamento estudado é o aço ASTM A36 e que o mesmo possui um revestimento, cuja aplicação deu-se da seguinte forma:

1. 01 demão prime (Epóxi);
2. 01 demão intermediária (Epóxi);
3. 01 demão de acabamento (Acrílico);

Esses revestimentos utilizados constituíram à estrutura uma proteção à corrosão de 320 µm.