OS SOLOS REFORÇADOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

HERIBERTO RODRIGUES DE FIGUEIREDO
VANESSA SOUSA SILVA

RODOVIAS VERDES

SANTARÉM
2015

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HERIBERTO RODRIGUES DE FIGUEIREDO
VANESSA SOUSA SILVA

RODOVIAS VERDES

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de Grau 1 da matéria Projeto de Pavimentação Rodoviário do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Santarém.

Professor: Sérgio

SANTARÉM
2015

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Sumário

1.        INTRODUÇÃO        

2.        O MEIO AMBIENTE E OS EMPREENDIMENTOS RODOVIARIOS        

3.        A SUSTETABILIDADE EM OBRAS DE INFRAESTUTURA E MORADIA        

4.        RODOVIAS BRASILEIRAS E SUSTENTABILIDADE        

5.        PROPOSTA PARA UMA CERTIFICAÇÃO VERDE RODOVIAS NO BRASIL        

6.        CONCLUSÕES        

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1. INTRODUÇÃO

A conscientização de que os recursos disponíveis para a sobrevivência humana são findáveis, tem levado o home a buscar, desenvolver e a valorizar praticas que proporcionam a economia e o uso racional de recursos naturais, o aproveitamento de fontes renováveis de energia, agregado ao mesmo tempo conceitos de segurança, satisfação, conforto e sustentabilidade. Esta busca tem sido implementada em praticamente todas as atividades do ser humano.

O projeto de implantação de uma rodovia contempla o desenvolvimento de uma série de levantamentos e estudos ambientais multidisciplinares cujos resultados são consolidados no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA RIMA. Se os danos ao meio ambiente decorrem de implantação de empreendimento rodoviário forem considerados muito pesados, o IBAMA impede a sua construção. Em menor escala a adoção de medidas mitigadoras e um ajustamento de conduta com medidas compensatórias e a licença ambiental é aprovada.

Porém, para ganhar o status de Rodovia Verde é necessário ir muito além de cumprimento da legislação. A rodovia precisa estar de bem com a natureza em todos os sentidos: preservando a flora e a fauna da região, protegendo os mananciais, respeitando a história e as comunidades que vivem ao seu entorno, utilizando matéria-prima reciclada ou subprodutos da indústria, minimizando o consumo de energia e de emissões de gazes na sua construção e manutenção além de ser amigável, segura e econômica ao usuário da sua operação.

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1. O MEIO AMBIENTE E OS EMPREENDIMENTOS RODOVIARIOS 

Alguns dos principais impactos ambientais, decorrentes da implantação de uma rodovia são:

• No meio Socioeconômico: conflito de uso e ocupação do solo; alteração nas atividades econômicas das regiões por onde a rodovia passa; mudanças nas condições de emprego e qualidade de vida para as populações; segurança do trafego, ruído, vibrações, emissões atmosféricas que pode ter efeito sobre a saúde humana; desapropriação; riscos ao patrimônio cultural, histórico e arqueológico; travessia/intrusão urbana, uso indevido da faixa de domínio (construção, escavação e descartes, depósitos de lixo orgânico).
• No meio biótico: impedimentos dos processos de intercambio ecológico por corte de áreas; riscos de atropelamento de animais; riscos a áreas protegidas e a biótopos ecológicos importantes; redução da cobertura vegetal; aumento da pressão sobre ecossistemas terrestres e aquáticos; incêndios nas faixas de domínio; poluição em ambientes aquáticos e riscos para a vida aquática (o lixiviado da lavagem das pistas que cai em corpos d´água superficiais, pode alterar a sua qualidade, aumentar seus nutrientes e gerar processos de eutrofização em lagos ou açudes).
• E no meio físico: retirada de solos; indução a processos erosivos/voçorocas em antigas áreas exploradas e taludes; instabilidade de taludes, rompimento de fundações; terraplenagem, empréstimos e bota-foras; degradação de áreas de canteiro de obras, trilhas e caminhos de serviço; rebaixamento do lençol freático; risco para a qualidade de água superficial (aumento da turbidez) e subterrânea por concentração de poluentes; assoreamento de terrenos naturais, bacias de drenagem e cursos d’água; Alagamentos, decorrentes do represamento por Obras de Arte Correntes e sistema de drenagem (pontes, viadutos) mal posicionados e/ou obstruídos.

No âmbito do DNIT no que diz respeito à implantação dos empreendimentos rodoviários, o meio ambiente é abordado no Manual de Implantação Básica de Rodovia dentro do “TEMAS ESPECÍFICOS OUTROS - O Tratamento Ambiental”. Segundo o Manual, o Tratamento Ambiental tem como objetivo “promover a preservação do meio-ambiente em toda a sua abrangência e considerando os seus componentes básicos (meio físico, meio biótico e meio antrópico), o complexo da atividade rodoviária deve ser submetido a adequado tratamento ambiental. O Tratamento Ambiental consiste, então, em buscar a adequada eliminação/mitigação/compensação de impactos ambientais negativos, susceptíveis de ocorrer, em toda a sua abrangência, como decorrência do processo construtivo e da posterior operação da rodovia”.

É no Tratamento ambiental que são desenvolvidos o Relatório Preliminar de Avaliação Ambiental – RPAA, os Estudos de Impacto Ambiental propostos no EIA RIMA, o Plano Básico Ambiental – PBA, a Implantação de Programas Ambientais – IPA e Monitoramento Ambiental, na fase de Operação da Rodovia. O PBA dever ser entendido como o documento que apresenta, detalhadamente, todas as medidas mitigadoras e de controle referentes aos Programas Ambientais propostos no EIA e eventuais exigências do IBAMA, e dever ser apresentado para a obtenção da Licença de instalação. Vale dizer que este instrumento tem, para o Tratamento Ambiental a ser implantado na área de influência do um empreendimento, mesmo significado que o projeto de Engenharia detém relativamente à execução de obras de construção.