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Operadores Logístico: Suas Funções e Aplicações

Por:   •  15/8/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.161 Palavras (13 Páginas)  •  530 Visualizações

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Operadores Logístico: suas funções e aplicações

Felipe Oliveira Campos (UFOP) felipeocampos@hotmail.com

Gisele Vichi Abel de Almeida (UFOP) gisele.vichi@yahoo.com

Leandro Machado (UFOP) leomachado13@hotmail.com

Roberto Thibau (UFOP) robertothibau@hotmail.com

Zahia Lima (UFOP) zahialima@yahoo.com.br

Resumo: Imaginar um cenário empresarial/industrial contemporâneo sem a aplicação do conceito logístico é algo difícil. Um grande diferencial para o mercado está na integração e bom serviço ao cliente, nesse contexto, entra em cena as funções do Operador Logístico, que são unidades contratadas para atuar como prestador de um ou mais serviços logísticos. A aplicação e explanação desse conteúdo e outros relacionados será consolidada por revisões literárias extras sobre o tema.

  1. Introdução

Por meio do processo logístico que materiais fluem para a capacidade produtiva de uma nação industrializada e produtos acabados são distribuídos aos consumidores. O recente crescimento do comércio global expandiu o tamanho e a complexidade das operações logísticas. (COOPER; CLOSS; BOWERSOX, 2007)

Essa expansão repentina vem trazendo, cada vez mais, novas características ao assunto tão abrangente que é a logística. Seguindo essa lógica, entra a definição de uma concepção que vem sendo utilizada por grandes empresas, Operador Logístico - OL: um fornecedor de serviços integrados, capaz de atender a todas ou quase todas necessidades logísticas de seus clientes de forma integrada. (FLEURY, 2000)

A ideia de integração logística é um conceito antigo definido por Bowersox, Closs e Helferich (1986): ´´o processo logístico é visto como um sistema que liga as empresas com seus clientes e fornecedores.`` E como  já dito, os OL’s surgem com o objetivo de facilitar essa ligação, lançando mão da sofisticação tecnológica e do custo reduzido para realização dos processos.

Entretanto, contratar um OL também possui suas desvantagens:

´´...o risco de se perder importantes informações dos mercado e clientes, obtidas através do contato feito dia-a-dia com estes.         Além disso, a falta de sintonia entre o contratante e o operador sobre os objetivos competitivos da empresa contratante, bem como a falta de capacidade do operador logístico de cumprir as metas combinadas com o contratante[...].`` (FERREIRA, 2009)

Ao observar pontos negativos e positivos do uso do Operador Logístico, é nítida a complexidade no momento de decisão para utilizar tal serviço. Nesse intuito, o seguinte texto apresentará uma revisão bibliográfica sobre esse tema, finalizando com um estudo de caso, em que será comparado dois artigos científicos, retirados da Revista Produção Online, sobre o tema

  1. Desenvolvimento

2.1 Operador para operacionalizar

O Dicionário da Língua Portuguesa trás as seguintes definições para a palavra Operador:

1.

aquele que opera

2.

responsável pelo funcionamento de algo

Os operadores são aqueles que gerenciam algo, uma palavra que vem sempre acompanhada de outra para complementar sua função específica.

Bowersox, Closs e Cooper (2007), definem que o escopo operacional interno das operações logísticas integradas são quatro elementos: empresa, suprimento, apoio à manufatura e atendimento às solicitações. Se esses são os itens que ilustram onde deve ser operado, obviamente é onde os OL’s devem atuar de forma eficaz e integrada.

2.2 Logística

Segue alguns conceitos por ordem temporal do tema:

´´um sistema lógico para guiar o processo de planejamento, alocação e controle dos recursos financeiros e humanos comprometidos com a distribuição física dando suporte a operações de produção e compras.`` (BOWERSOX, 1986)

´´A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.`` (CHRISTOPHER, 1997)

´´A logística refere-se à responsabilidade de projetar e administrar sistemas para controlar o transporte e a localização geográfica dos estoques de materiais, produtos inacabados e produtos acabados pelo menor custo total.`` (COOPER; CLOSS; BOWERSOX, 2007)

´´...a logística deve ser vista como o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa.`` (CORONADO, 2009)

A partir de tais literaturas, percebe-se que uma logística eficaz seria aquela mais integrada possível, além de mais ligada aos detalhes de todo o processo da cadeia de suprimento. Portanto, operacionalizar a logística é um desafio que necessita ser cumprido pela empresa ou por algum serviço terceirizado.

2.3 Operador Logístico

Fleury et al (2000) caracteriza os Operadores Logísticos integrados da seguinte forma:

  • Oferece serviços sob medida – personalizados;
  • Oferece múltiplas atividades de forma integrada: transporte, estoque, armazenagem;
  • Objetivo do contratante é reduzir os custos totais da logística, melhorar os serviços e aumentar a flexibilidade;
  • Contratos de serviço tendem a ser a longo prazo;
  • Possui ampla capacitação de análise e planejamento logístico, assim como de operação.

Fica clara a complexidade desse tipo de serviço, e, por isso, a capacitação desses profissionais tem de ser fiel aos seus contratantes. Segundo Bowersox e Closs (2001), quando são utilizados especialistas externos em um sistema logístico, esses prestadores de serviços devem estar dispostos a se enquadrarem na forma de trabalho de seus clientes, seja adaptando-se a suas diretrizes empresariais, seja submetendo-se a certo nível gerencial.

Os mesmo autores enfatizam que o motivo dessa utilização de especialistas externos é que as empresas começaram a examinar o papel que a competência logística poderia desempenhar no processo de agregação de valor para o cliente. Isso conduziu a um novo modo de pensar com relação à melhor maneira de alcançar o desempenho logístico integrado.

Nesse contexto, Novaes (2001) classifica os operadores logísticos em três grupos:

  • Operadores baseados em ativos: detém investimentos próprios, como transporte, armazenagem, etc. E alugam esses recursos a terceiros.
  • Operadores baseados em administração e tratamento de informação: não possuem ativos operacionais próprios, mas fornecem recursos humanos e sistemas para administrar toda ou parte das funções logísticas.
  • Operadores híbridos: formados pelos dois tipos acima.

Com tais definições, percebe-se a grande gama de serviços que os OL’s podem oferecer, e que são de extrema importância no enredo gerencial das empresas. Para aclarar de modo mais prático esse tema, segue um estudo de caso que apresentará dois artigos sobre a prática dos operadores.

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