Os Compósitos da Construção Civil
Por: vinipramio • 23/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.466 Palavras (6 Páginas) • 277 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 A FIBRA DE COCO 4
2.1 TRATAMENTO DAS FIBRAS 5
2.2 TESTE E UTILIZAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO 6
3 CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS 11
- INTRODUÇÃO
Clube de Roma (1968). Foi a partir desse evento, em Roma, que o mundo passou a discutir sobre “Os limites do crescimento” e começou-se a pensar em medidas para preservar o meio ambiente e reduzir os impactos ambientais causados por diversos setores econômicos em virtude do crescimento global acelerado e desordenado.
Percebeu-se que a natureza e a saúde estavam sendo afetadas pela crescente quantidade de lixo que surgia a cada ano, e dentro desse contexto começaram a surgir ideias, propostas e ações para o desenvolvimento sustentável, dentre elas o uso de compostos orgânicos que influenciaria a reutilização de materiais.
Trazendo essa ideia para a construção civil tem-se, como exemplo, o uso de compósitos como reforços estruturais. Os compósitos são constituídos por dois ou mais materiais, que possui um reforço em sua estrutura.
Através disso está sendo estudado e reutilizado, no Brasil e no mundo, dentre outros, um material com grande índice de consumo, a fibra de coco verde, como material de reforço em matrizes.
A fibra de coco começou a ser utilizada na construção após observar-se o grande acúmulo de rejeito da casca e a constatação de elevado percentual de lenho e celulose presentes nela, oque a define como principal característica, a durabilidade, rigidez, difícil decomposição, seja pela água ou por bactérias, e dureza, excelentes para o uso em adição a matrizes cimentícias para fabricação de postes de energia elétrica, cruzetas, entre outros.
2 A FIBRA DE COCO
Conhecido por seu grande potencial hidratante o coco é comercializado em grande escala no mundo todo, principalmente em países de clima tropical. A fruta possui três camadas: Endocarpo (casca rígida e copra); Mesocarpo fibroso; e Epicarpo ou Epiderme, de onde utiliza-se o mesocarpo para a fabricação da fibra.
Figura 1 - Partes do coco
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Fonte: (PASSOS, 2005)
O coco verde, que antigamente era tratado como lixo, é utilizado hoje, através de suas fibras, de várias formas: como adubo na jardinagem; em substituição ao xaxim; como assento para carros; cordas; escovas; vassouras; tapetes; etc.
Seu manejo se dá, primeiramente, pela maceração (amolecimento) do mesocarpo do coco verde, onde as fibras se soltam naturalmente após ficarem imersas em água pura por um espaço de tempo que varia de dez a doze dias. Após isso é feito o desfibramento através de um equipamento que corta, tritura, prensa e separa as fibras do pó.
Depois de maceradas, as cascas seguem para o desfibramento, onde ocorre a separação da parte celulósica (fibra) da semicelulósica (pó). Este processo resulta em cerca de 25% de fibras aproveitáveis e 75% de pó (CLAUS, [200-?]; DUARTE; IMAI; NII, 2009)
As fibras obtidas através desse processo passam ainda por separação, agora por um processo de peneira que seleciona as fibras pelo comprimento e largura. Lembrando que o pó e o endocarpo, não são utilizados na construção civil, mas, apesar disso, servirão em diversas plantações como substrato de enraizamento.
2.1 TRATAMENTO DAS FIBRAS
Antes de utilizadas as fibras de coco são submetidas a um tratamento alcalino superficial com substância de NaOH (hidróxido de sódio).
Após submersas nessa substância, elas são filtradas e lavadas com água destilada até a água estar com pH neutro. Esse tratamento retira o excesso de lignina e óleos, presentes na camada externa da fibra, que a deixam mais lisa e inibem o efeito da pega no cimento.
Abaixo, imagens de microscopia eletrônica que apontam as rugosidades e cavidades antes e depois do tratamento, conferindo uma maior aderência da fibra na matriz cimentícia.
Figura 2 – Fibra de coco in natura
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Fonte: Artigo Acadêmico – RJ/2008¹
Figura 3 - Fibra de coco após tratamento com NaOH
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Fonte: Artigo Acadêmico – RJ/2008²
2.2 TESTE E UTILIZAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO
As fibras de coco são utilizadas, geralmente, com matriz de cimento do tipo Portland, argamassas e até mesmo em biocompósitos de poliuretanos, por conta de suas baixas alcalinidades, o que permite melhor resistência ao composto.
As normas que regem a quantidade e limites de resistência a impactos, tração, elasticidade, são: NBR 07211/1983 que fala sobre os agregados para concreto; e mais específica NBR 8451:1998 que trata dos postes de concreto armado para redes de distribuição elétrica.
Abaixo tabela de propriedades mecânicas de fibras vegetais e convencionais usadas como reforço:
Tabela 1 - Propriedade mecânica de fibras vegetais
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Fonte: Bledzki e Gassan, 1999.
Testes demonstraram que a inclusão da fibra de coco na matriz cimentícia pôde aumentar, significativamente, sua resistência à tração, deformidades, rachaduras, ações do tempo (chuva, vento, calor, frio) e umidade, e também proporcionar uma economia de cerca de 3% no uso do cimento.
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