Os Tempos Modernos
Por: Samella08 • 28/6/2020 • Relatório de pesquisa • 1.529 Palavras (7 Páginas) • 473 Visualizações
QUESTIONAMENTOS:
1) Quais as principais características da medicina do trabalho (na sua origem e na sua evolução)?
2) Por que o modelo da saúde ocupacional se mostrou insuficiente?
3) Em que contexto surge a saúde do trabalhador?
4) Quais as principais características da saúde do trabalhador?
5) Discorra a respeito da abordagem mecanicista utilizada pela Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional.
6) Em sua opinião, a coexistência de modelos, atualmente, traz-lhe alguma confusão no papel de cada um dentro do sistema ligado à saúde e segurança do/no trabalho?
7) A partir do vídeo apresentado, que traz o histórico das doenças profissionais e daquelas relacionadas ao trabalho mesmo antes da Revolução Industrial, relate o papel de alguns estudiosos clássicos no desenvolvimento do nosso atual conhecimento em saúde e segurança do/no trabalho.
8) A evolução das práticas cotidianas se alinha à própria dinâmica do contexto social, como a evolução do conceito de saúde, a abordagem centrada na prevenção ou na cura bem como os investimentos ligados ao sistema de saúde e de
capacitação dos profissionais ligados à área. A partir do caos sanitário que temos enfrentado, de que forma – em sua opinião – podemos extrair conhecimentos para a melhoria das condições de trabalho e de vida das nossas populações?
9) Como visto no vídeo, o passado parece se repetir nos dias atuais. De que forma a maior articulação dos modelos podem se desdobrar na melhoria das condições de trabalho a partir de políticas públicas oriundos do próprio trabalho?
10) O corpo que produz e gera renda é o mesmo que adoece e morre no trabalho. Em sua opinião, a Covid-19 pode ser uma doença relacionada ao trabalho? Justifique? De que forma a Engenharia de Saúde e Segurança poderia atuar
neste contexto de caos sanitário e de isolamento social
Respostas:
1) A Medicina do Trabalho surgiu na Inglaterra durante o período da Revolução Industrial, o qual se fazia presente a necessidade da intervenção médica diante do processo desumano de produção.
A Medicina do Trabalho foi muito benéfica tanto para os donos de empresas quanto para os trabalhadores, e por essa razão, expandiu rapidamente para outros países.
O papel da Medicina do trabalho se tornou muito importante dentro dos órgãos de trabalho, passando a ter uma relação particular e dependente com o trabalhador. Diante disso, no ano de 1959, surgiu um instrumento chamado “Serviços da Medicina do Trabalho” que foi aprovado pela Conferência Internacional do Trabalho, os quais eram designados a intervir nos locais de trabalho, a fim de assegurar a proteção e incentivar a adaptação física e mental dos trabalhadores às tarefas que lhes eram atribuídas.
2) A saúde ocupacional se mostrou insuficiente uma vez que mantinha um modelo médico mecanista que interferia negativamente nos modos de produção, além de não atuar de forma interdisciplinar. Ademais, houve outros fatores que fizeram a saúde ocupacional não atingir os objetivos propostos, como por exemplo, o fato dela designar o trabalhador como “objeto” das ações de saúde.
3) A saúde do trabalhador surge num contexto de mudanças sociais onde a classe trabalhadora deixa de ser totalmente passiva e passa a atuar como classe ativa na relação saúde-doença. As mudanças nas condições de trabalho atropelaram as teses da saúde ocupacional baseada na lógica ambiental. As mudanças ocorridas durante este processo, bem como o deslocamento no perfil de morbidade dos trabalhadores, sugere a mudança na forma de se tratar a saúde surgindo à ideia de “promoção de saúde“ cuja principal ideia é a educação em saúde, com o objetivo de mudar o estilo de vida das pessoas.
4) Como característica básica desta nova prática, destaca-se a de ser um campo em construção no espaço da saúde pública. Assim, sua descrição constitui, antes, uma tentativa de aproximação de um objeto e de uma prática, com vistas a contribuir para sua consolidação enquanto área.
Cabe ainda mencionar o esforço que vem sendo empreendido no campo da saúde do trabalhador para integrar as dimensões do individual x coletivo, do biológico x social, do técnico x político, do particular x geral. E um exercício fascinante, ao qual têm se dedicado os profissionais de saúde e os trabalhadores, que parece apontar uma saída para a grave crise da "ciência médica" ou das "ciências da saúde", neste final de século.
Entre outras características básicas, destacam-se:
Ganha corpo um novo pensar sobre o processo saúde-doença, e o papel exercido pelo trabalho na sua determinação;
Há o desvelamento circunscrito, porém inquestionável, de um adoecer e morrer dos trabalhadores, caracterizado por verdadeiras "epidemias", tanto de doenças profissionais clássicas (intoxicação por chumbo, mercúrio, benzeno, e a silicose), quanto de "novas" doenças relacionadas ao trabalho, como a LER (lesões por esforços repetitivos);
São denunciadas as políticas públicas e o sistema de saúde, incapazes de dar respostas às necessidades de saúde da população, e dos trabalhadores, em especial;
Surgem novas práticas sindicais em saúde, traduzidas em reivindicações de melhores condições de trabalho, através da ampliação do debate, circulação de informações, inclusão de pautas específicas nas negociações coletivas, da reformulação do trabalho das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), no bojo da emergência do novo sindicalismo.
5) Com tudo houve o reconhecimento do exercício de direitos fundamentais dos trabalhadores, como o direito a informações, o direito de recusa em casos de riscos para sua saúde, o direito a consulta prévia aos trabalhadores, pelos empregadores, antes de mudanças de tecnologia, processos e formas de organização do trabalho, e o estabelecimento de mecanismos de participação, desde a escolha de tecnologia à escolha dos profissionais que iriam atuar nos serviços de saúde no trabalho.
6) Sim,
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