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Os Tipos de Solo

Por:   •  14/11/2021  •  Artigo  •  4.405 Palavras (18 Páginas)  •  85 Visualizações

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Apresentação

A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa), tem a honra de apresentar à sociedade e, em especial, à comunidade

de Ciência do Solo, a terceira edição do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

(SiBCS).

Esta obra é o resultado da experiência coletiva em solos brasileiros, envolvendo colaboradores de diversas instituições nacionais, sob a liderança e

coordenação da Embrapa Solos. Sua estrutura organizacional é composta por um

Comitê Executivo, um Comitê Assessor Nacional, Comitês Regionais e Núcleos de

Discussão e Colaboração.

O desenvolvimento do SiBCS tem sido, desde a sua retomada em 1995,

o resultado do trabalho conjunto de estudiosos das áreas de gênese, morfologia e classificação de solos de várias instituições de pesquisa e ensino do Brasil.

À Embrapa Solos coube a coordenação deste trabalho, incluindo ainda o papel

de articuladora das ações necessárias para viabilizar a consecução dos objetivos

propostos. O Comitê Executivo, cujos membros são os autores desta publicação,

é o responsável pelo trabalho de avaliação, consolidação, organização e redação

final do documento.

O SiBCS é, hoje, um projeto de pesquisa e desenvolvimento inserido na

programação de pesquisa da Embrapa.

Além do grande e louvável esforço necessário para sobrepujar as dificuldades inerentes ao desenvolvimento de um sistema próprio para a classificação

dos solos brasileiros, incluindo as dificuldades de acesso e de recursos humanos e

financeiros, foram necessários arrojo e coragem para acreditar que já havia no País

cientistas bem formados e capacitados para investigar, entender e organizar o conhecimento sobre os solos tropicais. A diversidade e as peculiaridades desses solos

não eram totalmente contempladas nos sistemas existentes, desenvolvidos para

outras condições climáticas e de terreno. Na origem da Ciência do Solo no Brasil,

que veio a culminar no atual SiBCS, destacam-se os nomes do seu líder e, talvez,

senão certamente, o mais dedicado pesquisador deste tema, Dr. Marcelo Nunes

Camargo, e de outro importante colaborador, o Dr. Jakob Bennema (Universidade

de Wageningen, Holanda). Nos anos seguintes, o trabalho foi mantido por vários

pesquisadores e professores, em suas respectivas instituições de origem, em todo o

País, que se dedicam ao estudo e aprofundamento do tema “classificação de solos”.

Dentre os participantes, vários são membros dos Comitês e Núcleos de Discussão

e Colaboração, aos quais estendemos os agradecimentos de todos que atuam em

Pedologia no Brasil.

Apesar dos momentos difíceis por que passou nas décadas de 1980 e 1990,

a Pedologia vem ganhando novamente o interesse da sociedade, no Brasil e no

mundo, pois não se pode deixar de considerar o recurso solo em todas as questões

de produção de alimentos, fibras e energia, mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental. Assim, conhecer os solos para melhor manejá-los através da otimização da aplicação de práticas agronômicas sustentáveis, bem como para executar

planejamento de uso das terras através de zoneamentos, tornou-se indispensável,

inclusive para a definição de políticas públicas.

Vale destacar que as ideias e propostas emanadas das Reuniões de classificação e correlação de solos (RCCs), que contam com a participação de pedólogos de

todo o Brasil (formando uma rede de especialistas que passam de 10 a 12 dias no

campo, intensivamente discutindo os solos de uma região), são implementadas

sob os auspícios da Embrapa Solos e seus parceiros. Os resultados dessas reuniões

e outras sugestões e críticas recebidas, através do blog do SiBCS1

, de usuários que

aplicam o SiBCS desde 1999 têm sido avaliados pelo Comitê Executivo, e muitos

deles, quando há consenso, são incorporados ao SiBCS. Assim, desde a segunda

edição do SiBCS, foram realizadas 3 RCCs (em Santa Catarina, Acre e Mato Grosso do

Sul), as quais contribuíram significativamente para o aperfeiçoamento do sistema.

Para realização dessas RCCs, houve apoio estratégico e financeiro da Embrapa e

de outras instituições de ensino e pesquisa, bem como apoio financeiro de órgãos

de fomento à pesquisa científica, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (Capes), a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável

do Estado de Santa Catarina (Fundagro), a Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do

Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

A elaboração do SiBCS, na qual estiveram envolvidas diversas instituições de

ensino e pesquisa de todo o Brasil, representa um claro exemplo de parceria bemsucedida para a retomada desse tema como um projeto nacional, de interesse e

...

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