Oxímetro De Pulso
Dissertações: Oxímetro De Pulso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cristianoefabian • 25/8/2013 • 1.516 Palavras (7 Páginas) • 543 Visualizações
INDICE
Oxímetro de Pulso
1. O que são Oxímetros
2. Para que servem
3. Como funcionam
4. Componentes
5. Instalação e uso
6. Principais problemas encontrados
7. Manutenção e testes
1. O que são Oxímetros
Os oxímetros de pulso são sensores ópticos que, posicionados externamente ao paciente, detectam o nível de oxigênio (SpO2) no sangue arterial.
Tipos de Oxímetro
Existem vários tipos de oxímetros disponíveis no mercado, entre os quais podemos destacar:
portáteis: para uso em mesa ou “rack”, necessitando de alimentação pela rede elétrica;
- portáteis com bateria: usados durante o transporte do paciente;
- modulares: para uso em monitores anestésicos ou fisiológicos, e
- manuais: alimentados por baterias e usados durante breves intervalos durante os quais o paciente está fora do leito.
2. Para que servem
O uso do oxímetro de pulso é considerado padrão no monitoramento do nível de saturação de oxigênio sanguíneo arterial em unidades de terapia intensiva (UTI), centros cirúrgicos onde são feitos procedimentos que precisam de anestesia, áreas de recuperação, unidades de queimados, de cateterismo cardíaco e ambulâncias.
A característica não invasiva dos oxímetros de pulso faz com que sejam desnecessárias punções para retirada de sangue arterial e sua análise gasosa em laboratório. Além disso, há a possibilidade do monitoramento contínuo e instantâneo dos níveis de oxigenação do sangue, detectando rapidamente eventuais reduções destes valores, antes que possa haver algum dano ao paciente ou observação de alguma manifestação física, como cianose, taquicardia ou bradicardia, por exemplo.
3. Como funcionam
A coloração do sangue varia em função dos diferentes níveis de oxigenação. O sangue com alta concentração de oxigênio apresenta coloração vermelha muito forte e brilhante, em função da alta presença de moléculas de oxihemoglobina (combinação de moléculas de hemoglobina com oxigênio). À medida que esta concentração se reduz, o sangue adqüire coloração mais azulada, em função da maior presença de moléculas de desoxihemoglobina (combinação de moléculas de hemoglobina com gás carbônico).
O princípio de funcionamento do oxímetro de pulso baseia-se na espectrofotometria sanguínea, que mede a quantidade de luz transmitida (ou refletida) através dos capilares do paciente, sincronizados com o pulso cardíaco.
Em função de seu modo de operação, os oxímetros de pulso se subdividem em dois grupos: os de transmissão e os de reflexão.
Oxímetros de transmissão
Nos oxímetros de transmissão, os feixes luminosos, produzidos por LEDs (diodos emissores de luz), atravessam o corpo do paciente, sendo captados por fotosensores posicionados do outro lado. Para que a atenuação luminosa não seja muito grande, os sensores desse tipo de oxímetros são geralmente usados em regiões periféricas do corpo, tais como ponta dos dedos, lóbulo da orelha ou pés - no caso de recém-nascidos.
Oxímetro de reflexão
Nos oxímetros de reflexão, parte do feixe de luz emitido é refletido e captado por sensores posicionados do mesmo lado dos LEDs emissores. Oxímetros desse tipo permitem a medida dos níveis de saturação de oxigênio sangüíneo em regiões mais centrais do corpo, como o peito ou testa do paciente.
A escolha do tipo de sensor depende do tipo de aplicação. Oxímetros de reflexão são mais indicados para pacientes que apresentam problemas de perfusão sanguínea ou que sofreram queimaduras, porque a vascularização periférica em algumas áreas pode estar comprometida.
Analisando a variação de coloração sangüínea para diferentes níveis de saturação de oxigênio, sabe-se que a oxihemoglobina apresenta menor transmissão de luz na faixa do espectro de 660nm (comprimento de onda correspondente à região do vermelho) quando comparada com a hemoglobina desoxigenada. No entanto, há regiões do espectro luminoso em que o coeficiente de absorção da oxihemoglobina é idêntico ao da hemoglobina. Estas regiões são denominadas pontos isobésticos.
Um dos pontos isobésticos situa-se na região do infravermelho, aproximadamente em 805nm. Sendo assim, os oxímetros de pulso usam dois LEDs, emitindo feixes luminosos com dois comprimentos de onda distintos (vermelho: 60nm e infravermelho: 930nm).
Apesar de o comprimento de onda central do LED infravermelho ser aproximadamente 930nm (este valor pode variar dependendo do equipamento) e não coincidir exatamente com o ponto isobéstico (805nm), a diferença entre os coeficientes de absorção não é muito grande, se comparada com a diferença na região do vermelho. Os dois comprimentos de onda são emitidos e transmitidos através da pele, sendo absorvidos de forma diferenciada pelo sangue.
A oxihemoglobina, que é vermelha, reflete a luz vermelha, enquanto que a hemoglobina é azul, absorvendo a luz vermelha. Como a luz infravermelha usada corresponde, aproximadamente, a um dos pontos isobésticos do sangue, esse comprimento de onda é absorvido na mesma proporção, tanto pela oxihemoglobina quanto pela hemoglobina. A razão entre as quantidades de luz vermelha
e infravermelha captadas pelos fotosensores é usada na determinação do nível de saturação do oxigênio sangüíneo.
Coeficientes de absorção luminosa em função do comprimento da onda, destacando-se a diferença na região do vermelho, infravermelho e o ponto isobético
Os fotosensores convertem a luz captada em sinais elétricos, que depois são enviados à unidade de processamento do oxímetro, geralmente composta de circuitos digitais e um microprocessador.
O caminho percorrido pela luz ao longo da pele do paciente compreende regiões de capilares com sangue arterial
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