PONTOS DE COLETA DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NO CAMPUS DO UNIBAVE EM ORLEANS
Por: Bruna Jung • 1/8/2017 • Artigo • 1.903 Palavras (8 Páginas) • 238 Visualizações
PONTOS DE COLETA DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NO CAMPUS DO UNIBAVE EM ORLEANS
Ana Elise Chuch; Bruna Destro Jung; Douglas Nascimento Monteiro; Helliton Silva Machado; Micaella Borgert Miguel; Msc. Josué Alberton
Resumo: O projeto desenvolvido vem de encontro com a necessidade do reaproveitamento dos resíduos poliméricos visando a maior qualidade de vida do meio ambiente e educação ambiental da população do UNIBAVE. O mesmo está sendo desenvolvido em conjunto pela 4ª e 6ª fase do curso de Engenharia de Produção do Unibave – Orleans, e tem como principal objetivo o desenvolvimento de um Moinho de Facas que será a máquina utilizada para triturar todos os resíduos plásticos recolhidos nos pontos de coleta indicados pelo mapa criado neste artigo.
Palavras-chave: Moinho de facas. Projeto. Polímeros. Resíduos plásticos. Educação ambiental.
Introdução
A degradabilidade é um fenômeno constatável tanto em condições normais, quanto em condições aceleradas. Para a natureza os materiais deveriam ser altamente degradáveis e com efeitos inócuos sobre seus elementos: ar, solo, água, flora e fauna. (BURITY, 2011, p. 5).
Podemos observar que a degradação natural dos materiais são diferentes umas das outras. Materiais com maior tempo de degradação não conseguem colaborar com o “equilíbrio” da natureza, favorecendo assim a poluição do dado meio no qual o resíduo foi descartado.
Atualmente, no Brasil, o meio de descarte para os resíduos sólidos ainda tem sido os aterros sanitários, onde os resíduos são acumulados em áreas pré-determinadas e isolados do restante da sociedade.
Tabela 1 - Produção diária brasileira de resíduos sólidos.
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Fonte: Burity, 2011, p. 3.
O aterro sanitário, segundo Martinho; Gonçalves (2000, p. 191), é uma obra de engenharia de forma a atingir os seguintes objetivos: a redução dos incômodos e de riscos à saúde pública provocada por cheiros, ruído, vetores de doenças, entre outros; minimização dos problemas da poluição relacionados com a água, o solo, o ar e a paisagem; gestão de empreendimento orientada para uma possível utilização futura, dentre outros.
De acordo com Magrini (2012, p. 233), a pior solução ambiental para os rejeitos plásticos, dentre todas as analisadas, era sempre a disposição do material descartado em aterros sanitários. De forma comparativa, essa solução promove o aumento da emissão dos gases do efeito estufa, do consumo de água limpa, da disseminação de doenças como a dengue e de outras consequências indesejadas.
Podemos notar uma ambiguidade no que se diz respeito às opiniões relacionadas à implantação dos aterros sanitários. De certo modo, sua inserção se torna relevante para países em desenvolvimento, pois pode evitar a disseminação de doenças e vetores como ratos, moscas e baratas. Porém, se buscamos uma maneira mais sustentável para a destinação desses resíduos, devemos pensar na reciclagem e reaproveitando desses materiais.
Devido aos problemas causados pelo descarte incorreto dos materiais no meio ambiente, a reciclagem funciona para que esse mesmo produto já utilizado seja reutilizado e aumente o seu ciclo de vida, contribuindo assim, para a sustentabilidade ambiental.
Segundo Miller (2013), existe diversas vantagens para o meio ambiente, utilizando das práticas de reciclagem, sendo algumas delas: economia de energia, menos poluição do ar e da água e menor quantidade de resíduos sólidos descartados no meio ambiente.
Tendo em vista essa abordagem, podemos considerar a reciclagem dos materiais o melhor meio economicamente executável para a contribuição da qualidade do meio ambiente e sua preservação para as gerações futuras.
Procedimentos metodológicos
Para a elaboração do mapeamento dos pontos de coleta de resíduos plásticos no campus do Centro Universitário Barriga Verde – Orleans foram necessárias inúmeras pesquisas que se deram por meio de livros, artigos científicos e trabalhos de conclusão de curso, ainda foram necessárias ajudas de membros responsáveis dentro do UNIBAVE como: coordenadores, acadêmicos de engenharia civil e funcionários da limpeza que nos auxiliaram na obtenção do mapa atual da instituição e a destinação que está sendo tomada para esse resíduo.
Atualmente, o campus da UNIBAVE – Orleans conta com apenas um ponto de coleta para resíduos comuns. Os outros pontos de coleta são para destino dos lixos gerados no laboratório de saúde e hospital veterinário. Observe o anexo A, pág. 10.
É importante salientar que os lixos são separados corretamente em algumas dependências e corredores da instituição, que possuem uma lixeira para cada tipo de resíduo. Porém, na maioria dos ambientes a realidade que observamos é outra; há uma desorganização quanto à disposição de lixeiras para o fim correto, elas estão postas em pouca quantidade e não possuem identificação quanto ao lixo a ser depositado. Podemos observar também, ambientes com poucas lixeiras considerando o fluxo de pessoas que por lá passam e ainda um ambiente que não possui qualquer tipo de local para deposito de resíduos.
Outro ponto negativo observado é que mesmo nas dependências onde existe a correta separação do lixo, quando ela chega ao ponto de coleta final, todos são aglomerados e se misturam. Desta forma a separação que era feita anteriormente não possui qualquer relevância.
Os resíduos depois de encaminhados ao ponto de coleta ficam sob responsabilidade da prefeitura de Orleans (exceto os lixos do laboratório de saúde e hospital veterinário), que faz o recolhimento do mesmo duas vezes por semana no período da manhã. Em seguida a prefeitura encaminha todo o lixo para o aterro sanitário do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Sul – CIRSURES.
O aterro sanitário do Consórcio CIRSURES se localiza no município de Urussanga, localidade de Rio América e é inserido na bacia hidrográfica do Rio Urussanga. O terreno tem aproximadamente 5 (cinco) hectares. Tal aterro é preparado para receber somente resíduos que não geram danos à saúde. Resíduos contaminantes e que oferecem risco biológico como seringas e lixo hospitalar não são recebidos.
Imagem 2 – Parcela de lixo distribuída no aterro do Consórcio CIRSURES
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Fonte: http://www.cirsures.sc.gov.br/galeria
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