PROPOSTAS PARA ATIVIDADES DO MOTOR
Tese: PROPOSTAS PARA ATIVIDADES DO MOTOR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 9/11/2014 • Tese • 2.043 Palavras (9 Páginas) • 467 Visualizações
PROPOSTAS PARA ATIVIDADE MOTORA
2.1 Anaminese Descritiva
A criança do sexo masculino de 9 anos, reside com pai de 28 anos, mão de 28 anos, 2 irmãs, uma com 6 anos e uma com 3 anos, com os avos maternos de 50 anos e 48 anos e com irmão de 29anos.
A mãe engravidou quando estava namorando e resolveu morar junto com o pai do namorado, mas na casa dos pais do namorado, foi uma gravidez bastante conturbado, pois a avó paterna não gostava muito da mãe da criança. O parto foi cesariana e ocorreu tudo bem, com 2 meses teve pneumonia e ficou internado 5 dias.
Estuda no ensino fundamental do Ciclo I, está no 4º ano no período integral.
A criança frequenta alguns especialista, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista com o pedido de encaminhamento da escola.
O andar, o engatinhar, o controle dos inficteres e do xixi foi um pouco mais tarde que o normal.
Desde pequeno a mãe percebeu que a criança já trocava palavras a hora da fala (rr-l) não conseguindo falar rápido.
Tem muitos problemas na convivência social, é minucioso e individualista, mesmo quando brinca com um amigo só ele consegue brigar.
Gosta muito de videogame, jogos de violência (luta, tiros) e os filmes de ação e brinca muito tempo sozinho.
Perde a paciência com muita facilidade e não gosta de esforçar diante das dificuldades (chora), não aceita limites, mas é super educado, principalmente com as pessoas mais velhas, é muito responsável. Na escola tem bastante problemas e convivência com amigos, mas é uma criança muito doce. Tem medo do escuro e dorme com a cabeça coberta.
E sua queixa é dificuldade em matemática, déficit de atenção e a socialização.
2.2 Sessões
Sessão 1
Na anaminese constatou que a aceitação dos pais para com o atendimento foi positiva. Ficou esclarecido a eles que a criança será acompanhada dentro de um determinado contexto familiar e escola onde eles precisam participar juntamente desse processo.
A queixa principal do aluno é dificuldade em matemática, déficit de atenção e a socialização.
Sessão 2
A criança estava apreensiva, pois não conhecia o trabalho que eu ia fazer com ele. Fizemos um diálogo e em seguida pedi que fizesse um desenho da sua família (anexo 2).
E sua queixa é que a irmã mais velha chame de orelhuda e o deixa muito irritado e também faz arte e culpa ele. E o mesmo acontece na sala de aula, os apelidos (orelhudo e etc) deixa muito agressivo. Gosta da professora do tempo normal, professora de educação física e professor de computação e diz ter dificuldade em matemática.
Sessão 3
Neste encontro a criança chegou ancioso perguntando o que nós íamos fazer. Trabalhei com o seguinte material: um jogo de dominó de adição e um jogo de dominó de subtração. A criança precisou de uma folha, lápis e borracha para começar o jogo. Fazia as contas na folha e procurava o número que encaixava no jogo, além do papel também usava os dedos para fazer as contas, foi tudo bem.
Sessão 4
Nesta sessão o aluno já estava mais calmo e feliz, o material usado foi jogos educativos o dominó de multiplicação.Também usou folha, lápis e borracha para fazer as contas.
Mas durante o jogo não teve dificuldade, mas ficou apreensivo porque eu tinha menos peça que ele. Ele usou a folha os dedos para chegar nos resultados, fiz algumas interferências mas consegue superar as dificuldades sem se estressar. (anexo 3).
Sessão 5
Neste encontro o aluno chegou feliz com um monte de figurinha que tinha ganhado no intervalo dos recreios.
A atividade de hoje foi divisão, com o jogo pedagógico, domino de divisão.
Dividimos as peças e demos início ao jogo, ele apresentou dificuldades, fiz algumas intervenções, mas ele conseguiu entender e superou com facilidade esta barreira, usou os dedos e folhas para fazer as contas, conseguimos terminar o jogo.
Sessão 6
Nesta sessão o aluno sempre animado com as novidades, apresentei a ele 4 problemas, usei as quatro operações, fiz algumas intervenções, por problemas de interpretação, ele conseguiu resolver. Depois jogamos um jogo pedagógico, desenvolvendo o raciocínio, resolvendo e cálculos, brincando com baralhos com cartas verde, amarelas e vermelhas, um tabuleiro e um dado. Joga o dado cai no nº. 4, anda 4 casas, a cor que caiu, jogador adversário pega uma carta da cor do tabuleiro e pergunta (7+80-2)= se acertar avance 3 casas e assim consequentemente. A criança precisou de uma folha, lápis e borracha para jogar.
Foi muito divertido.
Sessão 7
Nesta sessão a criança chegou animada, perguntando se trouxe o jogo anterior, eu disse que sim. Começamos a sessão jogando, claro que a folha, lápis e borracha para ele fazer as contas. Tinha dificuldade em algumas mas com minha intervenção ele conseguia e as vezes errava, eu também errava algumas vezes para ficar a partida bem divertida.
Percebi que ele ficava ansioso quando estava perdendo o jogo.
Sessão 8
Neste encontro a criança apresentava feliz, continuei trabalhando com ele o jogo pedagógico gênio da matemática. Ele gostava muito o jogo diferente e divertido, pois ele estava brincando e aprendendo.
Sessão 9
Nesta sessão a criança sempre feliz e ansiosa, esperando que eu trouxesse as atividades e os jogos.
Neste encontro trabalhei com o jogo cara a cara, fisionomia das pessoas. São dois tabuleiros um para cada jogador, e as cartas com pessoas iguais as do tabuleiro, eu escolha uma carta e o adversário outra, sem que nenhum vê a carta do outro e o jogo começa com as características das pessoas ( tem bigode, a pessoa responde não, abaixo todos que tem bigode e assim consequentemente até o que descobre primeiro quem é a pessoa que você escolhei e vice e versa e ganha o jogo.
Observei que ele ficou ansioso por que perdeu várias vezes a partida e pediu para voltar o jogo de matemática que era mais interessante.
Sessão 10
Nesta sessão eu conversei com a professora da sala do ano passado (2011) e ela me passou a seguinte informação:
No início apresentava problemas de comportamento, com tempo foi socializando com o decorrer das atividades (regras de convivência e afetiva).
No meio do ano ela já observava mudanças no seu comportamento foi até o final do ano.
Mas esse desenvolvimento foi com seu próprio amadurecimento, através das quebras de barreiras, que ele próprio desenvolvia nas atividades pedindo sempre auxilio da professora.
Gosta muito de ler, inclusive na aula de matemática, como o deixava irritado por ser difícil, ele pegava livros de histórias e lia. Mas na primeira avaliação de matemática ele despertou o interesse, por que não conseguindo fazer a avaliação, ficou desesperado, e perguntou a sua professora eu não sei, a professora disse deita lá no chão e pegar um livro de história que você vai aprender matemática.
A partir daquele dia a criança nunca mais deixou de fazer as atividades de matemática, mesmo diante das dificuldades.
Sessão 11
Nesta sessão minha visita foi ao psicólogo da criança. E ela apresentou um pequeno relatório a respeito do seu paciente. Que ele apresenta sinais de imaturidade, aspectos de ansiedade e no intelectual não apresenta nenhum rebaixamento na aprendizagem. Tem Déficit de Atenção e a oposição está concentrado no contexto escolar devido os amigos irrita-lo com apelidos constantemente.
E também mostrou o diagnóstico que a mesma encaminhou o paciente para o Neurologista Infantil.
E o resultado do neurologista foi que o paciente tem: Transtorno do Déficit de Atenção / hiperatividade sub tipo opositor e desafiante.
Sessão 12
Neste encontro o aluno estava disposto e contente. Pedi para ele escrever numa folha todas as dificuldades.
Ele escreveu da seguinte forma:
• Eu tenho dificuldade de raiva de amigos, de contas, de jogo de futebol, de textos e ler algumas palavras.
• Eu tenho raiva por que os meninos ficam me chamando eu de ET, orelhudo, orelha de abana.
• Eu não consigo fazer conta de X porque todo mundo fica falando 1.015 x 15.
• Eu tenho dificuldade de jogar futebol porque eu só faço coisa errada, jogo a bola na lateral, jogo a bola no escanteio e faço falta, e meu time perde.
• Eu tenho dificuldade porque eu não me lembro do texto que foi lido a semana passada.
• Eu tenho dificuldade de ler e falar as palavras com r, porque a minha língua tem problema.
Sessão 13
Nesta sessão o aluno estava feliz e contente. A atividade desta foi desenhar um ET e um menino orelhudo (anexo 4). Depois de pronto fiz algumas intervenções. Pedi para que ele olhasse para o ET que o mesmo pintou de verde. Perguntei a ele: Se era verde. Ele disse que não e continuamos a conversar, se ele já viu alguma pessoa sem orelha, ele me falou que não, que todos tem orelha.
Pedi que não mas, ficasse nervoso com a situação, se responderia aos chamados de seus amigos se fosse chamado pelo nome.
Sessão 14
Neste encontro o aluno apresentava feliz. A atividade de hoje era ler o livrinho de historinha o Bambi e fazer uma reescrita. E assim, o fez (anexo 5).
Sessão 15
Neste encontro o aluno veio a sessão disposto. E atividade proposta de hoje, como ele é um aluno leitor, dei uma folha para ele desenhar uma historia em quadrinhos.
Ele desenhou 3 quadros cujo o título é cascão e desenvolveu a história em quadrinhos. (anexo 6)
Sessão 16
Nesta sessão o aluno vem sempre feliz e contente e a atividade da sessão de hoje é a seguinte:
Deixei uma revista recreio com curiosidades sobre o ET, ele leu, e viu os ETs. Pedi a ele que escrevesse uma carta de despedida.
“O ET indo embora da minha vida para sempre”
E a despedida dele foi assim:
“O ET foi embora para Marte em uma espacionave para sempre e foi pelo portal, para marte !” Ass. A criança!
Depois jogamos uno, explique a regra, e um jogo de cartas com algumas cartas que pode definir as jogadas.
Sessão 17
Neste encontro o aluno vem feliz. A atividade proposta é que o aluno lê histórias do patinho feio e depois desenhe não os patinhos, mas sim uma família com as mesmas quantidades de filhos da patinha inspirado na história. Como no anexo 7.
Depois jogamos o jogo de cartas Uno.
Sessão 18
Neste encontro o aluno encontra-se feliz. Disse a ele que as sessões ou encontros já estão terminando.
A atividade de hoje foi novamente problemas de matemática, as quatro operações. Teve dificuldade nas interpretações, sempre tive que fazer intervenções para que ele conseguisse resolver a situação problema. Basta alguns toques que ele consegue resolver.
Sessão 19
Nesta sessão o aluno que está sempre feliz, conversei com ele e disse que era a última, não ficou triste, continuamos a dialogar, perguntei como seus amigos estavam lhe tratando, ele me disse que estão chamando pelo nome.
A atividade de hoje foi carta de despedida e o que ele acha que melhorou durante a minha vinda aqui com você nas sessões.
Ele respondeu na carta o seguinte:
“Eu melhorei em contas, problemas, jogos (uno). Meus amigos só me chamam pelo nome. E gostei dos jogos que a Bete deu.”
Sessão 20
Neste último encontro foi com a professora do aluno (2012).
Conversamos bastante e depois ela descreveu o comportamento e aprendizagem do aluno até o momento.
Foi o seguinte:
O aluno apresenta até o momento bons rendimentos, mais concentrado e responsável com seus deveres.
Gosta demais de leitura e tem facilidade pela produção de texto.
Bom relacionamento dentro da sala de aula com o professor e o aluno. Desde que começou a tomar o remédio (Ritalina 10ml) ele vem melhorando a ansiedade e a agressividade, tem mais equilíbrio em suas atitudes.
CONCLUSÃO
Em uma sala com 30 alunos, ele disperça mais facilmente e individualmente ele produz mais. Percebi que ele apresenta sinais de imaturidade no seu convívio social, mas ele consegue atingir aprendizagem.
Dando algumas intervenções mínimas ele consegue pegar a mensagem e produzir no contexto escolar.
Mas com o medicamento ele consegue manter o equilíbrio emocional.
Durante as sessões eu percebi que ele apresenta dificuldade na interpretação e que esse processo tem que ser trabalhado não só com ele, mas com os demais alunos
REFERÊNCIA
Godall, Tereza; Hospital, Anna: 150 proposta de Atividades Motoras para a Educação Infantil. Editora Artmed: Porto Alegre, 2004
Sugestão de Intervenções do Professor.
CONCLUSÃO
Em uma sala com 30 alunos ele disperça mais facilmente e individualmente ele produz mais. Percebi que ele apresenta sinais de imaturidade no seu convívio social, mas ele consegue atingir aprendizagem.
Dando algumas intervenções mínimas ele consegue pegar a mensagem e produzir no contexto escolar. Mas com o medicamento ele consegue manter o equilíbrio emocional.
Durante as sessões eu percebi que ele apresenta dificuldade na interpretação e que esse processo tem que ser trabalhado, não só com ele, mas com os demais alunos.
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