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PROVA - Sociologia e Modernidade

Por:   •  11/6/2017  •  Exam  •  13.529 Palavras (55 Páginas)  •  504 Visualizações

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PROVA 1

Sociologia e Modernidade

  • As referências máximas do conhecimento no século XIX eram as ciências naturais. O termo Sociologia surgiu em 1939 e, antes, usava-se o de Auguste Comte, “Física Social”. A razão por detrás da mudança do nome foi o marketing. Foi Auguste quem conseguiu reunir o pensamento de vários filósofos e intelectuais da época e quem propôs que a Sociologia seguisse o modelo das ciências naturais (como biologia, química e física). Foi, no entanto, E. Durkheim, que estava destinado a ser rabino, quem levou a filosofia à faculdade.

Manchester – Engels

  • F. Engels
  • 1820-1895. Bom vivant e atleta, era um homem de seu tempo, até no sentido mundano do termo.
  • Livro: A Situação da Classe Operária na Inglaterra, elaborado entre 1842 e 1844 e publicado em 1844. A partir de 1830, quando a industrialização se expandiu, inúmeros estudos e discursos foram iniciados. O diferencial de Engels é que ele escreve sob a ótica da própria Inglaterra.
  • De família burguesa que morava na Renânia, Alemanha, tinha como projeto paterno (único filho homem) ser um empresário, não iria para a escola e seria um autodidata. Teve envolvimento com o chamado “jornalismo revolucionário”, com os jovens hegelianos que criticavam o Estado Prussiano. Com ideias liberais radicais, almejava um Estado republicano e democrático. Teve um “exílio” familiar em Manchester, a primeira cidade industrial, onde foi cuidar dos negócios da família (fábrica de papel). Lá, conheceu Mary Burns, uma irlandesa muito envolvida com os setores operários, que apresentou a ele o outro lado da cidade: os sindicatos, a vida dos operários.

  • O texto
  • Manchester: modelo de cidade industrial, do novo. Maior centro têxtil da Inglaterra. Amplo movimento operário: início da formação e da atuação de sindicatos. Cheia de pestes.
  • Bairros operários X bairros burgueses: por ser uma típica cidade industrial, a ocupação segmentada do espaço é a expressão da divisão entre duas classes nascentes – a burguesia e o proletariado. Divisão e ocupação espontâneas.
  • Bairros operários: áreas antigas degradas e miseráveis, não havia “serviços públicos” (como saneamento básico), as casas eram precárias e se estendiam ao longo do rio Irk – poluído, morto e transformado em esgoto. Representam a degradação do ambiente.
  • Nova classe social: operariado. Classe diversificada (tanto os salários quanto as qualificações variavam) e precária.
  • Polarização: sistema que produz riqueza, opulência e abundância concomitantemente à miséria e à degradação.
  • Engels chama a atenção para um tipo novo de cidade, para a expressão de um novo modo de vida.

CIDADES MEDIEVAIS

CIDADES INDUSTRIAIS

  • Antiga Manchester
  • Baixa Idade Média
  • Artesãos, comerciantes
  • Corporações de ofício
  • Nova Manchester
  • Não nascem das cidades medievais, engolem-nas e as destroem

Sociologia e Sociedade Industrial – Dahrendorf

  • Modernidade Capitalista
  • Origens numa “tripla revolução”:
  1. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: ocorrida na Inglaterra, com novas classes sociais, a burguesia e o proletariado. Grande tensão social e instabilidade: lutas de classe, conflitos, em parte devido ao empreendedorismo e às criações tecnológicas. Crises periódicas e urbanização caótica.
  2. REVOLUÇÃO FRANCESA: destruição do “Antigo Regime” (absolutismo, laços feudais), ascensão da burguesia ao poder como classe hegemônica e mobilização das massas populares como agentes políticos.
  3. REVOLUÇÃO INTELECTUAL: não é dramática como a Revolução Industrial, nem tampouco radical como a Revolução Francesa. De lenta formulação e fermentação, teve sua eclosão no século XVIII. Racionalismo Científico:

- Século XVI: empirismo, F. Bacon  critério da observação da experimentação.

- Século XVII: dedução cartesiana, R. Descartes  conjunto de deduções lógicas.

- Século XVIII: método analítico, I. Newton  observação, experimentação e dedução lógica. Razão como guia necessário do conhecimento. Busca regularidades, leis gerais. Método científico.

  • Iluminismo
  • Filosofia das luzes, da ilustração, desenvolvida na França no século XVIII.
  • Princípios básicos:

 Natureza humana: todos os homens são naturalmente dotados de razão, perfectibilidade e a capacidade humana de aperfeiçoamento, liberdade, felicidade.

 Indagação crítica das instituições sociais: adequação ou não à natureza humana. Método: racionalismo científico aplicado na Igreja, na educação, na produção, no trabalho e no Estado. Análise crítica ao Antigo Regime e destruição do que era contrário à natureza humana. Espécie de arma intelectual e crítica da burguesia para a destruição do Antigo Regime e justificação ideológica da Revolução Francesa.

  • Os Estados Unidos foram o primeiro país a fazer uma revolução pautada no Iluminismo.

Iluminismo

Sociologia

  • século XVIII;
  • expressão intelectual da “burguesia revolucionária”: ascensão ao poder e destruição da velha ordem;
  • dimensão crítica e científica.
  • meados do século XIX;
  • expressão intelectual da “burguesia no poder”;
  • nova ordem constituída, modernidade, ordem e progresso;
  • dimensão científica;
  • primeira versão da Sociologia: a Positivista.
  • Sociologia
  • Aparece com o propósito de ser a “ciência da sociedade” produzida pela modernidade. É a manifestação do pensamento moderno (que valorizava a ciência como conhecimento) na medida em que se propõe à feição científica: é a tentativa de interpretar, entender e compreender situações novas, problemas inéditos para os homens.

  • Sociologia no século XIX: dimensão “conservadora”; neutralidade.
  • Pensamento crítico da modernidade capitalista: socialismo utópico, sindicatos/trade unions; Marx e Engels.

  • SOCIOLOGIA POSITIVISTA: modelo e metodologia das ciências naturais; Durkheim; França. Conservadora, visava se distinguir da sociedade negativista que ia contra o regime. A proposta era a de que uma ciência da sociedade deveria ser neutra e avalorativa e, por isso, buscava o desaparecimento da crítica. Foi contestada no final do século XIX na Alemanha.
  • SOCIOLOGIA COMPREENSIVA: nega o modelo das ciências naturais. Vê a sociologia como sendo a ciência do espírito e da cultura. Rejeita e critica o positivismo. Representada por Max Weber, na Alemanha.
  • SOCIOLOGIA CRÍTICA: século XX.
  • Ciência
  • Estudo da sociedade, que se transforma em objeto de reflexão. Século XVIII/XIX. Por que a sociedade torna-se objeto de reflexão?
  • Concepção da desigualdade:

 Antiguidade: origem da desigualdade é natural.

 Idade Média: origem da desigualdade é vontade de Deus.

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