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Patentes na Alemanha (Artigo)

Por:   •  3/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.102 Palavras (9 Páginas)  •  127 Visualizações

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Patentes na Alemanha

Cabe introduzir, que a patente é a maneira de proteger juridicamente uma invenção, visando garantir o monopólio da exploração econômica ao inventor durante um período. O retorno financeiro de uma invenção representa fator relevante na estrutura de P&D, já que, na origem, são os investimentos e financiamentos em pesquisa e desenvolvimento, que viabilizam descobertas e invenções. Portanto, proteger a propriedade intelectual é fator fundamental.

Costumamos associar os registros de patentes como um indicativo do nível de atividade de P&D de um país, associamos que há uma atividade animada quando os números de registros aumentam. Mas o desafio é fazer das invenções um produto competitivo que se possa ser explorar economicamente. Em uma leitura mais precisa, os números de patentes mostram o quanto intensamente as empresas se esforçam em proteger suas propriedades intelectuais.

O melhor caminho para investigarmos a contribuição de um País para inovação, é observamos o seu desempenho no GII (Índice Global de Inovação) – elaborado todos os anos pela WIPO (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL). O Índice classifica o desempenho em inovação de mais de 130 economias em todo o mundo. A pesquisa leva em conta o resultado de empresas, o investimento e o suporte a inovação oferecidos por cada país.

A Alemanha ocupa a 9º posição neste ranking, quando olhamos para o índice percebemos que os países mais inovadores são também aqueles que investem na implementação das tecnologias mais recentes. Vejamos o caso do 5G, os países que mais ocupam espaço e somam mais pontos nesse ranking, estão à frente na implementação dessa tecnologia. Isso acontece porque a inovação exige um ecossistema específico quanto à tecnologia. Ainda tomando o exemplo da TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação), vejamos exemplos do que ocorreu com a chegada do 4G, a tecnologia foi suporte essencial para serviços que inovaram, exemplo: Uber, Ifood, etc. O 4G e o 5G são destaques importantes que ressaltam o quanto a TIC é base importante da Inovação, inclusive da inovação Tecnológica.  

        Ainda mais afundo no caso da inovação alemã, o Fórum Econômico Mundial, traz relevante contribuição. Anualmente a organização elabora um estudo sobre a capacidade competitiva de cada país, 1 dos 103 indicadores utilizados trata da capacidade de inovação. A Alemanha foi ranqueada em 1º lugar por 2 anos consecutivos (2018 e 2019), já no ranking geral de competitividade ficou na 7º posição.

        O país é considerado um dos mais eficientes em tirar do papel os projetos tecnológicos, isso se deve a rapidez com que as novas tecnologias são desenvolvidas em solo alemão. Por exemplo o pioneirismo para obtenção da tecnologia dos carros cem por cento autônomos, o plano é que em até 2022 o país possua frotas de carros sem necessidade de motorista. Juntamente com a rapidez na execução de projetos, a estabilidade econômica, o baixo índice de inflação e dívida baixa, formam o ambiente ideal para inovação.

Por sua vez, a 7º posição no Ranking geral de competitividade, demonstra que a Alemanha tem pontos que podem ser melhorados, o principal destaque são as tecnologias da informação e comunicação (TIC), o país ainda tem muito espaço para crescer nessa área e avançar ainda mais no desenvolvimento de Inovação Tecnológica.

        Os bons resultados nos índices são observados também em na prática com patentes relevantes e contribuições científicas. O país é o 4º que mais contribui com patentes relevantes para o mercado mundial por milhão de habitantes, é ainda o 5º país que mais contribui com publicações científicas por milhão de habitantes.

        As contribuições práticas com patentes, invenções e descobertas são muitas, cabe destacar as seguintes:

Carros Autônomos, a Alemanha é pioneira e já contribuiu muito com o desenvolvimento de inúmeras patentes no domínio da tecnologia de carros autônomos, quase 70% das patentes relacionadas a carros autônomos pertencem a empresas automobilísticas alemãs. Quando falamos sobre carros autônomos fica subentendido o quanto essa tecnologia é disruptiva, é mais uma tecnologia que substituirá o homem em suas atividades.

A Invenção do carro com motor movido a gasolina, quando nos referimos a automóveis a contribuição alemã vem de muito antes, a invenção do primeiro carro com motor movido a gasolina é atribuída ao engenheiro mecânico alemão chamado Kral Benz. Obteve em 1886 a primeira patente de automóvel movido a gasolina. Outros feitos da empresa construída por Carl Benz e seu cofundador Gottlieb Daimler, foram: o primeiro ônibus movido a gasolina e o primeiro caminhão movido a diesel.

A primeira bicicleta, ainda mais no passado, mas também um meio de transporte, os alemães foram responsáveis por uma invenção que ainda é um dos meios de transportes mais usados no mundo, a bicicleta – no ano de 1817. No entanto, ela era diferente do conceito atual, pois a primeira bicicleta não tinha pedais e a propulsão era dada com os pés diretamente no solo. O conceito estava certo, o nome da invenção era máquina de correr e hoje em dia existem vários esportes que utilizam a bicicleta desde modalidades olímpicas como o ciclismo a esportes como montai bike e BXM, este último inspirado no moto cross.

O primeiro Helicóptero totalmente controlável, mais um meio de transporte com grande contribuição alemã, o primeiro Helicóptero com sistema de movimentos totalmente controlável foi desenvolvido na Alemanha em 1936.

A próxima tem um péssimo “cartão postal”, a fissão nuclear foi descoberta em experimentos com átomo urânio realizados em solo alemão, por dois Físicos alemãs - Otto Hahn e Fritz Strassman, mais tarde quem decifrou plenamente o fenômeno químico foi Lise Meitner, também Física, que trabalho por 3 décadas com Otto no Instituto berlinense. Lise havia fugido para Suécia devido a perseguição nazista, sendo ela judia.

Otto identificou que havia um delta entre a massa do núcleo de um átomo de Urânio e a massa dos núcleos dos elementos gerados pela fissão (Bário e Criptônio). Lise foi quem conseguiu concluir que esse delta era devido a reação gerada pela fissão do urânio, que provocava além da liberação da energia e radiação gama, a liberação de dois nêutrons do núcleo, que por sua vez estando livres na reação eram capazes de atingir o núcleo de outros átomos de urânio e provocarem uma reação em cadeia.

Logo se percebeu o potencial da reação nuclear para utilização em reatores e bombas por fissão nuclear. Neste ponto vale uma ressalva, apesar da contribuição teórica destes cientistas, eles não estiveram envolvidos em projetos de bombas nucleares. Assim como Einstein, também não trabalhou em projetos atômicos, tal como o projeto Manhattan que foi responsável pelas bombas de Hiroshima e Nagasaki.

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