Processos de Usinagem - Madriladoras
Por: Jean Robert Rodrigues • 20/4/2019 • Resenha • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 168 Visualizações
MANDRILADORAS:
Esta operação consiste em alargar uma câmara cilíndrica, ou um furo, a fim de levá-los para a medida desejada. O mandrilamento executado pela clássica máquina mandriladora apresenta muita analogia com o torneamento, pelo fato que a ferramenta remove cavaco segundo uma trajetória circular; mas no que diz respeito ao movimento de trabalho, ao posicionamento da ferramenta e da peça, apresenta diferenças substanciais. De fato o modo de trabalho é assumido pela ferramenta, ao passo que o modo de avanço (retilíneo e constante) é assumido pela peça ou pela ferramenta . Por esta notável razão, em comparação com o torneamento , a ferramenta é colocada por um especial mandril rotatório., enquanto que a peça é presa no barramento da máquina. O mandrilamento admite uma certa semelhança com a furação, visto que o ferramenta roda em volta de um eixo e a peça fica presa à mesa. Mas na furação é a ferramenta que roda e avança axialmente em direção à peça.
As operações na mandriladora são preferidas para aquelas peças de notáveis dimensões, e por isso pouco manuseadas, como armações de máquinas, bases de motores, etc.; para as quais torna-se difícil o um posicionamento sobre a placa rotatória de um torno.
Com o mandrilamento se obtém superfícies cilíndricas ou cônicas internas (furos e câmaras) segundo eixos perfeitamente paralelos entre eles e com afastamentos precisos dentro da tolerância.
Mandriladoras Universais Horizontais:
Como mostrado, as mandriladoras são máquinas construídas para alargar furos até determinadas medidas, com estritas tolerâncias. Devido à outras necessidades, a mandriladora invadiu o campo de outras máquinas operatrizes, transformando-se funcional e estruturalmente até tornar-se universal.
Com as mandriladoras atuais pode-se executar faceamentos, fresagens, rosqueamentos, segundo eixos ortogonais, ou diâmetros opostos, usando ferramentas apropriadas.
Uma mandriladora normal possui as seguintes partes principais:
- O embasamento;
- O montante, para o cabeçote;
- O cabeçote portamandril com anexos cinematismos para os vários movimentos;
- O montante para a luneta;
- a luneta;
- o carro com a mesa porta peça.
Embasamento::
Tem a forma de uma caixa com algumas nervuras internas para tornar mais sólida a estrutura. É fundido em gusa de elevada resistência e dureza. Por cima do embasamento abrem-se com cura as guias para o carro, que deve ali deslocar-se.
Montante para o cabeçote :
Eleva-se à esquerda do embasamento e é fixado sobre este último . É oco e sua secção é quadrangular . Leva na frente as guias de corrimento para o cabeçote, que deve-se poder ajustar em altura.
Cabeçote portamandril :
É uma das partes essenciais da mandriladora, quer porque o mandril porta- ferramenta recebe dele o movimento fundamental de rotação, quer porque da sistemação do cabeçote sobre as guias do montante depende a precisão da própria máquina e, então, a precisão nas cavidades que aparecerão nas peças após o mandrilamento.
O cabeçote portamandril compõe-se : da caixa, do berço, da placa giratória com mandril e dos comandos.
A placa tem finalidade de poder executar faceamentos perfeitamente normais ao eixo de rotação, ela pode ser desmontada facilmente da máquina.
O mandril central apresenta-se, em sua extremidade, com um furo cônico, no qual podem ser engatadas as várias ferramentas, como brocas, alargadores, fresas, de modo que a máquina pode cumprir diversas operações numa mesma peça, além do mandrilamento e do faceamento. Para o ajuste e a alimentação das citadas ferramentas, o fuso tem a possibilidade de translação axial.
Para o mandrilamento de câmaras de profundidade limitada, emprega-se um mandril especial que consente uma variação radial, pelo que podem-se obter diversos diâmetros na medida exigida. Também este dispositivo, dispondo de haste cônica , aplica-se no furo do mandril central.
Ao fim da transmissão do movimento de trabalho será possível - além do engate, desengate, inversão de marcha, variação de velocidade e de alimentação- obter:
- A rotação do mandril, com placa parada;
- A rotação da placa, com mandril parado,
- A rotação contemporânea do mandril e da placa com igual número de rotações;
- A rotação contemporânea do mandril e da placa com diferente número de rotações .
O cabeçote contém:
Cinematismo de transmissão entre motor, placa e mandril : O motor elétrico, fixado ao lado do cabeçote, transmite o movimento para o eixo 1 por trâmite do par engrenado segundo uma certa relação . Do eixo 1 o movimento transmite-se aos eixos 2,3,4,5, através dos pares engrenados correspondentes. Note-se que as engrenagens são vinculadas aos eixos, as duplas de engrenagens são vinculadas aos seus eixos, mas deslizantes sobre eles .
...